segunda-feira, 26 de abril de 2010

Alimentação e Diabetes

A alimentação que se recomenda para as pessoas com diabetes deve incluir alimentos variados, em quantidades adequadas para alcançar e manter o peso corpóreo ideal, evitar o aumento de glicemia, do colesterol e de outras gorduras no sangue, além de prevenir complicações, contribuindo para o bem estar e a qualidade de vida.

Para atingir esses objetivos, é necessário consumir diariamente e na medida certa para cada pessoa:

Alimentos Energéticos: Fontes de carboidratos complexos (pães, cereais, massas e raízes).

Alimentos Reguladores: Fontes de carboidratos, vitaminas, minerais e fibras (verduras, legumes e frutas).

Alimentos Construtores: Fontes de proteínas e cálcio (leite e derivados) e proteínas e ferro (carnes magras, ovos, feijões).

Uma boa dica para todas as pessoas é incluir, em cada refeição, alimentos dos três grupos. É importante que se diga que o plano alimentar atualmente recomendado às pessoas com diabetes, de forma geral, é o mesmo que orienta a alimentação de quem não tem diabetes.

Recomenda-se que as pessoas com diabetes evitem açúcares, doces, pães, farinhas e massas em excesso, bem como bebidas com açúcar ou alcoólicas. Entretanto, pessoas cujo diabetes esteja bem controlado, peso adequado, e seguem um tratamento intensivo e contagem de carboidratos, podem até usar pequenas quantidades de açúcares junto com refeições equilibradas.

Para tanto, é indispensável conversar com o nutricionista, que poderá orientar o planejamento alimentar com a contagem dos carboidratos e com o médico que irá prescrever o tipo e dosagem de insulina adequada, quando necessária.

Dúvidas mais comuns sobre alimentação e diabetes:

É verdade que o mel também faz subir a glicemia?

Sim! O mel também contém sacarose, além de outros tipos de açúcar (frutose e glicose), sendo desaconselhado o seu uso generalizado como substituto do açúcar comum. Em excesso o mel, assim como o açúcar cristal, mascavo ou demerara, também engorda e faz subir o açúcar no sangue.

O pão de glúten, centeio ou integral, as bolachas salgadas e as torradas podem ser usadas à vontade?

Não! Como qualquer outro tipo de pão, eles contêm amido que se transformará em açúcar no sangue, não podendo ser usados à vontade. Podem ser consumidos de maneira moderada, assim como o pão comum. Ressalte-se que o pão torrado e os biscoitos de água e sal têm seu amido transformado em açúcar mais rápido que o pão fresco, ou seja, fazem subir a glicemia mais rápido que os pães não torrados. Pães ricos em fibras, como os de aveia, trigo integral e centeio são os mais indicados, mas não podem ser consumidos em excesso.

A pessoa que tem diabetes pode comer macarrão (massas em geral) ou pão fresco?

Sim! Estes alimentos têm composição semelhante ao arroz e podem ser consumidos, desde que em quantidades não excessivas e em refeições mistas, complementadas com alimentos ricos em proteínas (como as carnes magras, peixes e aves; as leguminosas, como soja, feijão, lentilha, grão de bico, ou ovos) e ricos em fibras (como as hortaliças cruas e cozidas). Sempre que possível, deve-se dar preferência às massas e pães integrais, assim como arroz integral (os cereais integrais e seus derivados contêm fibras, que dentre outros efeitos benéficos retardam a passagem de glicose derivada da digestão do amido para o sangue. Massas, pães integrais e arroz integral podem ser substituídos por outros cereais integrais, como aveia ou milho ou ainda por raízes como cará, mandioca, batata ou inhame).

Os produtos dietéticos (alimentos “diet” ou “light”) podem ser usados à vontade?

Não! Alguns produtos dietéticos não contêm açúcar, outros contêm. Alguns, como os chocolates dietéticos, mesmo não contendo açúcar são desaconselhados para quem precisa emagrecer, pelo alto valor calórico. É importante sempre ler os rótulos dos produtos com muita atenção para saber se eles contêm ou não açúcar, qual a quantidade de carboidratos que contêm e qual seu valor calórico. (Um chocolate normal tem entre 440 e 550 calorias em 100 gramas; um chocolate “diet” de 100 gramas tem cerca de 530 calorias).

Todas as frutas são permitidas para as pessoas com diabetes?

Sim! As frutas contêm o açúcar natural, mas não prejudicam a saúde da pessoa que tem diabetes, desde que usadas em quantidades adequadas. Isso significa que uma criança poderá ingerir cerca de 3 frutas por dia; um adolescente ativo ou uma gestante, até 4 frutas; um adulto magro entre 2 e 4 frutas, dependendo de sua atividade física; e um obeso poderá ter seu limite fixado em 2 frutas ao dia. É importante lembrar que as frutas devem ser de tamanho pequeno ou médio e devem ser consumidas com casca e bagaço, sempre que possível. Vale destacar, também, que algumas frutas (como a uva, o caqui, a manga, e a banana nanica) têm mais açúcar que outras, o que não proíbe o consumo, mas indica a necessidade de controlar o tamanho da porção a ser ingerida. O abacate, por sua vez, quase não tem açúcar e é muito rico em um tipo de gordura que aumenta o bom colesterol, mas tem um valor calórico muito alto, o que recomenda consumo em quantidade pequena pelas pessoas com excesso de peso.

As carnes, ovos e queijos não contêm açúcar. Podem, então, ser usados à vontade?

Não! Carnes, ovos e queijos não contêm açúcar, mas possuem proteínas que, em excesso, também alteram a glicemia e sobrecarregam os rins. Esses alimentos também têm gorduras saturadas e colesterol que, em excesso, podem comprometer o sistema cardiovascular de quem tem diabetes e levar às complicações crônicas (pressão alta, doença renal, ou doenças cardíacas).

O leite e o iogurte devem ser consumidos pela pessoa que tem diabetes?

Sim! Leite e iogurte são alimentos fontes de proteínas e de cálcio, importantes não só para o crescimento da criança, como para a boa formação dos ossos do adolescente e para evitar perdas ósseas no adulto e idoso. Recomenda-se para o adulto a ingestão de 2 a 3 porções desses alimentos, diariamente. Gestantes, nutrizes e crianças pequenas podem precisar de 3 a 4 porções diárias. Para crianças até os 12 anos de idade, recomenda-se leite integral. Para os adultos leite desnatado. Uma observação que vale a pena ser feita é que o leite contém, naturalmente, um açúcar (a lactose) que também eleva a glicemia. Portanto, o leite também não pode ser ingerido em excesso, mesmo que desnatado. O iogurte também contem lactose, ainda que em menor quantidade. Já o queijo não a contem, sendo um bom substituto do leite, desde que branco ou magro (uma fatia grossa substituindo um copo de leite).

Feijão faz bem para quem tem diabetes?

Sim! O feijão é um alimento rico em proteínas vegetais, amido e fibras, substâncias importantes para a saúde das pessoas com diabetes. O excesso de feijão, assim como de qualquer outro alimento, deve ser evitado. O efeito da mistura arroz-feijão sobre a glicemia é melhor que o arroz sem feijão (ou seja, a mistura arroz-feijão faz subir menos o açúcar no sangue que o arroz puro). Se a refeição for complementada com verduras cruas e cozidas e carne magra, melhor ainda!

É verdade que tudo que nasce embaixo da terra (cenoura, beterraba, mandioca e batata) aumenta a glicemia?

Não! Essas raízes contêm carboidratos, que se transformam em açúcar (glicose) em nosso organismo. Mas isso não quer dizer que não possam ser utilizados pela pessoa com diabetes. A cenoura e a beterraba podem ser usadas para variar as saladas mistas, cruas ou cozidas (1 pires dos de chá por refeição). Já a batata, a mandioca, o cará e o inhame devem ser utilizados no lugar do arroz ou do macarrão, em quantidades não excessivas. Para saber a quantidade adequada para cada pessoa, avaliação e cálculos individualizados são necessários. Se seu peso e sua glicemia estão adequados, provavelmente as quantidades que você ingere estão corretas.

Quem tem diabetes pode consumir bebidas alcóolicas?

Depende! Alguns estudos sugerem que bebidas alcóolicas, usadas com moderação (1 a 2 taças de vinho por dia) fazem bem para o coração. Entretanto, vale ressaltar que bebidas alcóolicas são ricas em calorias, provenientes do álcool e do açúcar que algumas contêm. Isso faz que não sejam recomendadas para pessoas com excesso de peso. Por outro lado, o álcool pode provocar efeitos adversos quando combinado com alguns hipoglicemiantes orais. Também pode provocar hipoglicemia, mesmo que a pessoa não faça uso de insulina ou medicação oral, aumento do triglicérides no sangue e agravamento de várias complicações do diabetes. Logo, seu uso deve ser bem orientado pelo médico e pelo nutricionista.

Existem planos alimentares para diferentes faixas etárias (crianças, adolescentes, adultos, idosos e gestantes)?

A alimentação de crianças, adolescentes, adultos, idosos e gestantes, diabéticos ou não, deve seguir planos diferenciados para atender as necessidades do crescimento, do envelhecimento ou da gestação. Os planos alimentares devem ser diferenciados pela idade ou estado fisiológico, mas as orientações gerais relativas ao diabetes são válidas para todos. É claro que quanto mais vulnerável o estado fisiológico, maior a necessidade de individualização do plano alimentar para a pessoa com diabetes.

Por que o consumo de gorduras deve ser controlado?

Gorduras devem ser utilizadas com moderação porque contribuem para o aumento de peso e para o aumento das gorduras do sangue (colesterol e triglicérides), agravando o risco de aterosclerose e doenças do coração. É bom esclarecer que nem todas as gorduras são igualmente perigosas. As mais prejudiciais são as de origem animal: carnes gordurosas, gema de ovo, banha de porco, toucinho, bacon, manteiga, creme de leite, maionese, ricas em colesterol ou nas chamadas gorduras saturadas, que aumentam a produção do colesterol em nosso organismo. As gorduras vegetais, como os óleos de milho, girassol, arroz e soja não contêm colesterol. Além disso, essas gorduras são insaturadas, o que contribui para evitar a aterosclerose. O azeite de oliva, óleo de canola e as gorduras dos peixes, por sua vez, ricos nos chamados ácidos graxos ômega 3 até ajudam a diminuir o colesterol total.

O azeite de dendê, o leite de coco e a gordura de coco são exemplos de gorduras vegetais saturadas, que aumentam o colesterol do sangue. As margarinas vegetais, em grande parte dos casos, são quase tão prejudiciais quanto a manteiga, pois se tornam saturadas no processo de hidrogenação. Há exceções, as margarinas cremosas pouco hidrogenadas (mais moles ou menos firmes que a maioria), produzidas com óleos insaturados, e em alguns casos enriquecidas com ômega 3. Todas as gorduras e óleos, se usados em excesso, engordam!

Para uma dieta balanceada e personalizada, consulte o médico endocrinologista e/ou nutricionista.
Fonte: Revista do Centro BD de Educação em Diabetes – www.bdbomdia.com

Nutricionista: Denise Giacomo da Motta – Professora do Curso de Nutrição da Universidade Metodista de Piracicaba e membro da Sociedade Brasileira de Diabetes.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Diabetes em família

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14/12/2009 - APDP
O aparecimento de uma situação não esperada numa família da qual uma doença como a Diabetes pode ser um exemplo, provoca sempre uma alteração no equilíbrio familiar.

Esta mudança exige por parte dos médicos, psicológos, etc, que trabalham com a doença, intervenções que levem em conta não só o paciente/doente como também os outros elementos da família para quem a doença do familiar também é uma situação nova.

O modo como as famílias reagem ao aparecimento da doença depende da fase em que se encontram, de qual dos elementos adoeceu e do tipo de comunicação existente na família.

O diagnóstico de Diabetes num filho único de um jovem casal, pode introduzir dúvidas quanto ao momento oportuno para ter um segundo filho ou ser um entrave à autonomização de um mesmo filho único que adoeça na adolescência.

As repercussões familiares que resultam do fato da doença surgir num jovem que já é pai, são seguramente diferentes daquelas que resultam quando o doente é um jovem da mesma idade numa família onde ainda “só” é filho.

Tal como para outras doenças., as famílias nas quais surge Diabetes, passam por períodos em que os sentimentos dominantes são a surpresa, a tristeza, raiva e às vezes a negação da doença. É frequente existir também nas famílias, dificuldade em exprimir sentimentos atribuíveis ao aparecimento da doença.

Existe a ideia de que em famílias onde um elemento sofre de doença crónica, há outro elemento a sofrer em silêncio. Muitas vezes o cuidador mais próximo é a mãe ou a mulher.

Quando é feito o diagnóstico da doença ou nos períodos agudos, as famílias tendem a unir-se. Passados estes momentos, as famílias podem ou centrarem-se excessivamente sobre o doente e a doença, prejudicando a autonomia e a dos outros elementos, ou pelo contrário, desorganizar-se de tal forma ao ponto de excluir o elemento doente.

Nestas famílias, a doença pode ser “utilizada” como regulador “das distâncias” tanto no sentido de “criar espaço” como no sentido de aproximar as pessoas à sua volta. O não cumprimento da terapêutica, pode ser um exemplo desta “utilização”.

São outros sinais de dificuldade de famílias em lidar com a doença:
o aparecimento de sentimentos de culpa, desinteresse ou preocupação excessiva;
a negação da doença;
o aparecimento de sintomas psicossomáticos.
Quando se suspeita desta dificuldade, constitui uma boa prática, a programação de uma consulta familiar que vai permitir ao psicológo/médico conhecer o que cada um dos elementos pensa e sabe sobre a doença; ajudar e mudar comportamentos inadequados e estabelecer com a família, tendo em conta os recursos de cada elemento, um plano terapêutico satisfatório.

E por que não generalizar também como regra de boa prática a realização de uma conversa/consulta familiar após o diagnóstico de Diabetes?

Esta consulta permitirá, identificando competências específicas em cada um dos elementos da família, antecipar as dificuldades descritas, fazendo circular o conhecimento da doença na família.

Permitirá que desde o início, o doente, a família e o médico, constituam uma equipe cujo objectivo é que todos vivam bem com a Diabetes.

DIETA ALIMENTAR PARA DIABÉTICOS

Necessidades energéticas

As necessidades calóricas variam de acordo com alguns parâmetros tais como: a idade, o peso, a altura, o estado nutricional e principalmente o tipo de atividade física.

Assim, se o diabético é uma criança ou um jovem, a sua alimentação deve ser caloricamente adaptada às diferentes fases de crescimento, desenvolvimento e actividade física. Em relação ao diabético adulto, se tiver excesso de peso ou obesidade será conveniente fazer uma alimentação com restrição calórica, variável consoante o caso.

Esta restrição, principalmente quando se associa a um programa de atividade física, vai permitir a redução do peso em excesso, o que é benéfico para a compensação da diabetes. Se pelo contrário o peso é normal, então a quantidade de calorias da sua alimentação deve continuar a ser suficiente para manter esse peso.

Modo de confecção

De preferência cozidos, grelhados, estufados ou assados sem molhos com gordura. As frituras, embora sejam pouco recomendáveis, devem ser feitas com pouco azeite, óleo de amendoim ou igualmente pouca banha.

Os óleos vegetais só devem ser utilizados para temperar (nunca para fritar) e, como já foi referido, o azeite pode ser utilizado para temperar e para cozinhar: nos estufados ou nos assados.

Produtos especiais para diabéticos

Estes produtos contêm freqüentemente outras substâncias nutritivas para substituir o açúcar, como: xarope de milho, mel, dextrose, maltose, frutose, açúcar invertido, sorbitol, manitol e outros. Embora apenas alguns deles possam ser absorvidos mais lentamente que o açúcar, não existem ainda razões suficientes para se pensar que o uso destas substâncias seja de fato vantajoso.

Alguns produtos até são mais calóricos porque têm mais gordura, outros podem provocar perturbações gastro-intestinais quando consumidos em grande quantidade e, por fim, são geralmente mais caros.

Proteínas

Todos os excessos têm mais desvantagens do que vantagens e as proteínas não são exceção. Devem ser consumidas em quantidades normais, ou seja, não mais do que a quantidade correspondente às necessidades de cada indivíduo, variando principalmente com a idade.

As proteínas são importantes para fazermos e mantermos a estrutura das nossas células e tecidos. São também importantes no combate às doenças. Mas é errado pensar que são as proteínas que nos dão energia para trabalhar e que, portanto, quanto mais melhor. Não! Essa energia deve vir dos hidratos de carbono (principalmente do amido).

O excesso de proteínas repetido dia após dia, sobrecarrega o organismo com desperdícios energéticos e com maior «trabalho» para os rins. É também por esta razão que novamente se afirma que não é preciso comer grandes quantidades de carne ou derivados desta todos os dias.

Relativamente ao leite é suficiente a ingestão de 500 a 700 ml/dia, e uma parte pode ser substituída por iogurtes ou queijo pouco gordo. Não esquecer que cerca de metade das proteínas totais devem ser de origem vegetal. Neste contexto, destacam-se principalmente as leguminosas (feijões, grãos, ervilhas, favas e lentilhas), com uma qualidade nutricional invejável por conseguirem reunir simultaneamente um teor relativamente elevado em proteínas vegetais, fibras e hidratos de carbono de baixo poder hiperglicemiante.

Como não têm praticamente gordura, o consumo regular destes alimentos permite uma redução substancial da ingestão de gordura total e principalmente da gordura saturada porque substitui, em parte, o consumo de produtos de origem animal, especialmente de carne.

Vitaminas, Minerais e Fibras

Nunca é demais consumir abundantemente vegetais, hortaliças, frutas frescas e leguminosas, devido à sua riqueza em fibras, vitaminas e minerais. Como? No prato, cozidos ou em saladas cruas ou ainda na sopa, onde se aproveita o máximo de nutrientes diluídos no caldo.

As fibras são não só importantes para prevenirem ou até corrigirem as alterações dos níveis do colesterol no sangue, como também contribuem para tornar mais lenta a absorção dos hidratos de carbono (evita as hiperglicemias).

Mais uma vez se chama a atenção para as leguminosas que conseguem fornecer ao mesmo tempo fibras, amido e proteínas vegetais. Para fornecerem mais fibra, os cereais devem ser parcialmente completos e não totalmente refinados. Relativamente às frutas, vegetais e hortaliças, quanto mais vermelhos, amarelos ou verde-escuro forem, maior é a sua riqueza em vitaminas anti-oxidantes: vitamina C e Beta-caroteno.

Os diabéticos necessitam de um consumo muito superior destas vitaminas tão indispensáveis na prevenção e tratamento das manifestações tardias da doença. Funcionam como um meio de defesa que utilizam em grande quantidade e que precisam de ir repondo constantemente.

Hidratos de carbono

A alimentação de qualquer diabético deve basear-se na ingestão de alimentos fornecedores de hidratos de carbono como principal fonte da sua energia diária, devendo contribuir por isso com cerca de 60 % das calorias totais necessárias.

Isto implica muitas vezes uma alteração de hábitos já adquiridos em que, erradamente, se fazem demasiadas restrições em hidratos de carbono. Pelo contrário, a gordura deve contribuir com apenas 25 a 30% das calorias, enquanto que as proteínas devem contribuir com 10 a 15% das calorias.

Os hidratos de carbono que devem ser ingeridos em maior quantidade são do tipo de absorção mais lenta – a que se chama amido – porque provocam menores oscilações das glicémias. Ou seja, após a ingestão de alimentos ricos em amido, a glicemia aumenta muito mais devagar e a um nível muito mais baixo.

Os alimentos ricos em amido são: as massas, o feijão, o grão, as ervilhas, as favas, as lentilhas e o pão de mistura. Estes alimentos não só podem, como devem ser consumidos todos os dias em quantidades adaptadas às necessidades individuais. O arroz e a batata também são ricos em amido, embora se trate de um tipo de amido que tem uma absorção menos lenta.Devem por isso ser consumidos com alguma moderação.

Existem outros tipos de hidratos de carbono necessários em menor quantidade e com velocidade de absorção intermediária. São fornecidos pelo leite e pelos iogurtes – a que se chama lactose – e pelas frutas – a frutose.

Os hidratos de carbono que têm uma absorção mais rápida e até quase imediata são a sacarose (do açúcar) e a glucose. Por este motivo devem ser evitados todos os alimentos que os contenham em grandes quantidades. Por exemplo: refrigerantes, doces, bolos, mel, compotas, marmelada, frutas cristalizadas, passas, etc.

Toleram-se apenas em dias festivos, em quantidade muito moderada e no fim de uma refeição, à sobremesa. A ingestão de alimentos com hidratos de carbono de absorção muito rápida deve ser apenas reservada para corrigir uma hipoglicemia. Neste caso, a primeira escolha vai para o açúcar e para os refrigerantes ou outras bebidas com açúcar.

Fracionamento alimentar

Uma correta distribuição dos hidratos de carbono ao longo do dia é importante para toda a gente, mais ainda para o diabético. Deve-se comer pouco e várias vezes ao dia. Ou seja, os hidratos de carbono devem ser distribuidos por 6 ou 7 refeições diárias, com intervalos entre 2 a 3 horas entre cada uma delas durante o dia e com um repouso de cerca de 8 horas durante a noite.

Deste modo evitam-se as grandes variações da glicemia. Tanto se previne a hipoglicemia entre as refeições, como se evita a hiperglicemia após as refeições, resultante da ingestão de grandes quantidades de alimentos.

Gorduras

O consumo de gordura que tem aumentado muito, deve ser reduzido. E deve ser reduzido principalmente o tipo de gordura mais prejudicial – a que tem mais ácidos gordos saturados – contida principalmente na carne dos ruminantes e outros produtos derivados (manteiga, natas, queijos gordos, enchidos, charcutaria, etc).

Atenção às gorduras escondidas nos bolos, folhados, batatas fritas, empadas e outros salgadinhos. Relativamente à carne, é suficiente a sua ingestão algumas vezes por semana, devendo dar-se preferência às carnes mais magras como as das aves (sem a pele), do coelho e alguma carne de porco magra. Intercalar estas com os ovos (cozidos ou pochê) e principalmente com o peixe que merece especial destaque na alimentação por ter um papel importante na prevenção das doenças cardiovasculares.

Este efeito deve-se à excelente qualidade da gordura que os peixes contêm, com capacidade de tornar o sangue mais fluído e de diminuir os processos inflamatórios. Por isso, ao contrário da carne, devem preferir-se os peixes mais gordos (e por vezes os mais baratos), tais como: a sardinha, a cavala, o arenque, a enguia, o carapau, a sarda e o salmão.

A manteiga pode ser consumida numa quantidade equivalente a um pacotinho de 15 g/dia. Para temperar, destaca-se o grande benefício do uso do azeite, cujo consumo parece impedir o desenvolvimento da arterosclerose.

Para cozinhar também, porque é uma gordura que se degrada muito pouco quando sujeita ao calor. Os frutos amiláceos como a noz, a avelã e a amêndoa (não salgados), embora sejam ricos em gordura, podem ser consumidos em pequena quantidade cerca de 2 vezes por semana, porque contêm: gordura de excelente qualidade.

Água e outras bebidas alcoólicas e não alcoólicas

A água (não açucarada) deve ser sempre a bebida de primeira escolha. Pelo menos 1,5 litros por dia. Os refrigerantes não são mais do que uma água açucarada a que se adicionam alguns corantes. A quantidade de açúcar que fornecem por cada copo de 2,5 dl equivale a cerca de 3 pacotes de açúcar.

Têm por isso pouco interesse sob o ponto de vista alimentar, devendo recorrer-se a este tipo de bebidas só quando for preciso corrigir uma hipoglicemia. Os sumos de fruta 100% contêm apenas o açúcar natural da própria fruta. Podem ser consumidos com alguma moderação, mas nunca com o objetivo de substituir a fruta fresca.

Nos produtos "light" o açúcar é substituído por adoçantes artificiais, constituindo por isso uma alternativa aos produtos açucarados. Quanto às bebidas alcoólicas, apenas ao diabético adulto e bem compensado se permite a ingestão de vinho, de preferência tinto e só 250 ml por dia, às refeições.

Relativamente à cerveja, tolera-se o consumo de 200 ml, duas ou três vezes por semana. Não se tolera mais nenhuma bebida alcoólica. Nenhuma bebida é permitida durante a gravidez, ou em caso de pancreatite, neuropatia e hipoglicemias freqüentes.

2) DIABETES E O RISCO CARDÍACO

Muitos diabéticos desconhecem riscos cardíacos específicos
Muitos diabéticos desconhecem as complicações mais sérias que envolvem sua condição, mostrou um estudo divulgado pela Associação Norte-Americana de Diabetes.

O estudo concluiu que embora os diabéticos estejam cientes de que a condição possa acarretar cegueira e amputação de membros, muitos não sabem que correm maior risco de sofrer um ataque cardíaco ou derrame.

E, embora 75 por cento dos diabéticos entrevistados tenham dito que já sofreram de hipertensão, colesterol alto ou mesmo um derrame, os problemas não foram relacionados a diabetes. Doenças cardiovasculares são a principal causa de morte entre os diabéticos norte-americanos.

A pesquisa mostrou ainda que:
. Mais de 50 por cento das pessoas que sofrem de diabetes não se sentem sob riscode sofrer um derrame ou problema cardíaco.
. Quase 60 por cento não se sentem sob risco de hipertensão ou colesterol alto.
. Diabéticos com mais de 65 anos são os maiores desconhecedores dos riscos.
. Quase 10 por cento dos diabéticos não são capazes de nomear uma complicação grave de sua condição.
. O desconhecimento é maior entre os mais velhos, os negros e a população de origem latino-americana.

Ainda segundo o estudo, muitos diabéticos não sabem como reduzir os riscos de um ataque cardíaco e de um derrame. A pesquisa também concluiu que embora os diabéticos visitem regularmente o médico, dificilmente falam sobre a prevenção de problemas cardíacos.

http://www.velhosamigos.com.br/Dicas/dicas44.html

Perguntas e Respostas sobre o mais recente adoçante: Sucralose

O que é sucralose?
Sucralose é o único adoçante derivado do açúcar. É o utilizado em todo mundo em alimento e bebidas de baixa caloria, e como também adoçante.

Do que é feito sucralose?
Sucralose é derivado do açúcar através de um processo patenteado de multi-passos, que substitui seletivamente 3 átomos de cloro, pôr 3 grupos de hidrogênio-oxigênio na molécula do açúcar. Essa oportuna troca de átomos de cloro cria uma estrutura molecular que é excepcionalmente estável e aproximadamente 600 vezes mais doce que o açúcar.

O sucralose é seguro?
Sim. Mais de 100 estudos científicos durante 20 anos, comprovaram que o sucralose é seguro. Importantes estudos toxicológicos foram feitos e ficou comprovado que o adoçante sucralose não e cancerígeno. Os dados dos estudos foram avaliados independentemente pôr vários peritos de diferentes disciplinas, incluindo toxicologia, oncologia, teratologia, neurologia, pediatria e nutrição.

O que os órgãos competentes comentam à respeito da segurança do sucralose?
Junto ao FDA, a segurança do sucralose foi confirmada pela Joint FAO/WHO Expert Comittee on Food Additives (JECFA); a Health Protection Branch of Health and Welfane Canada; a National Food Anthority of Australia; e os Ministerios da Saúde da Argentina, Brasil, China e México, num total de mais de 25 países pôr todo o mundo.

Produtos adoçados com sucralose trazem algum rótulo de advertência ou declarações?
Não. As agências reguladoras e os órgãos científicos que endossaram a segurança do sucralose, não exigiram qualquer informação de advertência para serem colocados nos rótulos dos produtos adoçados com sucralose.

Sucralose produz calorias?
Sucralose sozinho não tem nenhuma caloria. Quando usado para adoçar comidas ou bebidas, nenhuma caloria é acrescentada. Porem produtos feitos com sucralose algumas vezes contém calorias provenientes de outras fontes, como carboidratos, proteínas e gorduras

Que tipos de produtos contém sucralose?
Sucralose faz parte principalmente de produtos de baixa caloria, incluindo refrigerante, sorvete, laticínios e alguns "doces". Uma das qualidades deste adoçante, é que ele pode ser usado como açúcar, sem perder a sua semelhança com o mesmo, mesmo quando é exposto à temperatura elevadas. Assim produtos feitos com sucralose mantém a doçura quando o cozido ou assados, e quando armazenados pôr um longo período. Nos Estados Unidos, o FDA aprovou o uso de sucralose em 15 categorias de bebidas e comidas: Assados (doces) e cozidos - Bebidas - Chicletes - Café e chá - Confeitos e congelados - Laticínios - Tempero para saladas - Sobremesas congeladas e misturas para bolo - Gelatinas, pudins e recheios - Geleias e seus derivados - Produtos derivados do leite - Sucos de fruta e frutas processadas - Substitutos do açúcar - Molhos doces, coberturas e xaropes (melados).

Como o sucralose é absorvido pelo corpo ?
Embora a sucralose seja feita do açúcar, o corpo não o reconhece como açúcar ou outro carboidrato. A molécula de sucralose passa pelo corpo sem se modificar, isto é, não é metabolizada, e é eliminada após o consumo.

O cloro na sucralose é potencialmente prejudicial ?
Não. O cloro em forma de cloreto, é um elemento seguro e natural, presente em várias comidas e bebidas consumidas diariamente. É encontrado na maioria das águas, e é também achado na alface, tomate, cogumelos, melões, manteiga de amendoim e sal. Na caso da sucralose, a adição de cloro na molécula de sucralose é o que faz com que a sucralose fique livre de calorias.

O cloro restitui química e biologicamente a molécula de sucralose, de maneira que a sucralose passa através do corpo sem ser metabolizado e é eliminado após o consumo.

Quanto sucralose pode ser consumido seguramente por uma pessoa ?
Estudos demonstram que a quantidade de sucralose que pode ser consumido por indivíduos, mesmo que diariamente durante toda sua vida, continuará sendo seguro por uma larga margem, segundo as autoridades internacionais de saúde. A Dose Diária Consumida (ADI) para a sucralose estabelecida pelo U.S. Food and Drug Administration, é de 5mg/Kg do peso do indivíduo, por dia.

Pessoas com diabetes podem usar sucralose ?
Numerosos estudos demonstraram que o sucralose pode ser consumido com segurança por diabéticos. O sucralose não é reconhecido pelo corpo como açúcar ou carboidrato. Não é metabolizado pelo corpo como energia e não afeta a taxa de glicemia. O sucralose não afeta também na utilização da glicose no sangue, no metabolismo do carboidrato ou na produção de insulina. Produtos adoçados com sucralose proporcionam um bom sabor e baixas calorias, uma boa alternativa para pessoas diabéticas que desejam reduzir a entrada de calorias e açúcar. Qualquer dúvida quanto a nutrição, as pessoas devem consultar seu médico ou um profissional competente quanto a planejamento alimentar.

Mulheres grávidas ou que estejam amamentando podem consumir sucralose ?
Sucralose pode ser consumido por qualquer pessoa, inclusive mulheres grávidas e que estejam amamentando. Embora a sucralose possa ser usado como parte de uma saudável dieta pré e pós natal, mulheres grávidas devem sempre consultar seu médico ou nutricionista à respeito da melhor alimentação para assegurar sua saúde e a do bebê durante este tempo muito especial.

A sucralose é segura para crianças ?
Comidas e bebidas adoçadas com sucralose não são arriscadas para a saúde de jovens. Porém , podemos observar que alimentos com adoçantes de baixas calorias não são recomendados para uma dieta infantil, pois a energia dos carboidratos e necessária para uma criança em desenvolvimento.

Qual é o papel da sucralose em uma dieta saudável ?
A sucralose pode ser usado como parte de uma dieta saudável, a qual inclui uma variedade de alimentos nutritivos em porções moderadas. Como o sucralose oferece o doce sabor do açúcar sem as calorias do mesmo, e por ser ideal para cozinhar e assar, ajuda na exigência de consumo por alimentos de bom sabor e bebidas sem as calorias do açúcar.
http://www.diabete.com.br/biblio/sucra.html

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Sucralose versus Aspartame

A sucralose não contém calorias e não é metabolizada pelo organismo
Um dos adoçantes mais conhecidos e utilizados é o aspartame. Ele é derivado de uma combinação de dois aminoácidos: o ácido aspártico e a fenilalanina. Ele foi descoberto em 1965 pelo químico Jim Schlatter, da Companhia Farmacêutica G. D. Searle.

Esse adoçante é cerca de 200 vezes mais doce que o açúcar. Quando digerido, o aspartame se quebra em três componentes: ácido aspártico, fenilalanina e metanol.

Essa quebra do aspartame na digestão é o grande problema. O metanol pode causar danos ao organismo, bem como a fenilalanina isolada. Para a maioria das pessoas, a fenilalanina é processada por meio de enzimas, mas pessoas portadoras de fenilcetonúria não conseguem produzir enzimas suficientes para quebrar a fenilalanina. O acumulo dessa substância no corpo pode ocasionar doenças mentais e danos cerebrais.

A sucralose, por outro lado, não é digerida, devido a sua estrutura molecular. Ela não é metabolizada pelo organismo, por conta das moléculas de cloro em sua composição. Por isso ela não tem calorias e nem restrições. Ela adoça 600 vezes mais do que o açúcar, mas entra e sai do corpo da mesma maneira, sem sofrer alterações.

As moléculas de cloro também são responsáveis pela resistência da sucralose a altas temperaturas, permitindo seu uso culinário, mesmo em pratos assados e cozidos, o que não é possível fazer com o aspartame e tantos outros adoçantes artificiais.
Fontes: Linea Sucralose, Diabete.com, HowStuffWorks, Wikipedia

Pâncreas artificial funciona em 11 pacientes, diz estudo

14 de abril de 2010 • 22h11

O teste de um "pâncreas artificial" que monitora o nível de açúcar no sangue e administra insulina e um hormônio regulador chamado glucagon ajudou pacientes a terem níveis quase normais de açúcar no sangue durante mais de 24 horas, disseram pesquisadores dos EUA na quarta-feira.
O sistema, constituído por um monitor de glicose, duas bombas e um laptop - é feito para melhor imitar o mecanismo natural do organismo para controlar o excesso ou falta de açúcar no sangue.

Em testes anteriores de sistemas equivalentes ao pâncreas, mas que administravam apenas insulina, alguns pacientes ficaram com uma grave hipoglicemia (baixo grau de açúcar no sangue).

O acréscimo de pequenas doses de glucagon, um hormônio liberado pelo pâncreas para aumentar o nível de açúcar no sangue, ajudou a superar isso, segundo o estudo publicado na revista Science Translational Medicine.

Após alguns ajustes para um programa sofisticado de computador que faz o papel do cérebro no sistema, todos os 11 adultos envolvidos no estudo tinham um bom controle de açúcar no sangue, sem hipoglicemia, mesmo depois de consumirem três refeições ricas em carboidratos.

"Este é o primeiro dispositivo de pâncreas artificial que usa tanto a insulina quanto o glucagon", disse Steven Russell, do Hospital Geral de Massachusetts, em Boston, um dos chefes do estudo.

Existe atualmente uma espécie de corrida pelo desenvolvimento do primeiro pâncreas artificial funcional, o que seria útil para vítimas do diabete tipo 1, doença autoimune em que o organismo destrói sua própria capacidade de produzir insulina e sintetizar o açúcar.

Há sistemas que monitoram constantemente a glicose e injetam insulina automaticamente, mas o risco de hipoglicemia permanece, pois em pessoas com diabete tipo 1, o glucagon não funciona direito.

O novo sistema foi desenvolvimento no laboratório de Edward Damiano, engenheiro biomédico da Universidade de Boston, e pai de um menino que tem diabete tipo 1.

Em fevereiro, pesquisadores britânicos testaram um sistema semelhante em 17 crianças e concluíram que ele mantinha seus níveis de açúcar próximos a níveis normais em 60 por cento do tempo.

http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI4382110-EI238,00.html

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Estudo: Pâncreas artificial efetivo e seguro

Fonte: American Diabetes Association
Publicado em: 24/06/2002)
Por: Reuters Health
Tradução: Dra. Claudia Pieper

São Francisco – Um pâncreas artificial desenhado para distribuir a insulina foi dado como seguro e efetivo num estudo preliminar realizado com dez pacientes. O pâncreas é a chave do controle da glicemia nos pacientes diabéticos e com seu perfeito funcionamento é desnecessária a aplicação de injeções de insulina para controlar a doença.

O dispositivo libera insulina na circulação sanguínea quando o sensor detecta aumento nos níveis da glicose no sangue. controle.

Dr. Eric Renard, do Hospital Lapeuronie, em Montpelier (França), trabalhou com pesquisadores da Medtronic MiniMed, de Northridge, (Califórnia), e testaram um sistema de longa duração em pacientes diabéticos tipo 1 com estabilidade relativa do diabetes.

O dispositivo é um reservatório de insulina implantado no tecido ligante da cavidade abdominal e conectado a um sensor implantado na veia jugular. O reservatório necessita de reposição de insulina mensalmente. Quando o sensor detecta um aumento na glicose sanguínea, o reservatório libera a quantidade de insulina necessária.

Dr. Renard relatou que os níveis de glicose foram controlados em mais de 60% do tempo do grupo estudado, comparado com 25% do tempo alcançado com pacientes que usaram injeções de insulina. O sensor mostrou-se capaz de manter uma leitura nos níveis de glicose através de mais de 288 mensurações durante um período de 24 horas.

Esta pesquisa foi apresentada recentemente no Encontro Anual da Associação Americana de Diabetes, em São Francisco.

domingo, 11 de abril de 2010

Rins

RINS

Problemas de Saúde Bucal podem ser um risco para Diabetes

Existe uma ligação entre a gengivite e o diabete?

A gengivite pode fazer com que as bactérias entrem na corrente sangüínea e ativem as células que produzem os sinais biológicos da inflamação, e que têm um efeito destrutivo no organismo. No pâncreas, as células responsáveis pela insulina podem ser danificadas ou destruídas. Com isso, pode surgir o diabete Tipo 2, mesmo em pessoas que não têm .
O relatório do Ministério da Saúde sobre saúde bucal afirma que a saúde bucal é parte integrante da saúde geral. Por isso, escove os dentes, use fio dental e consulte o dentista regular

Por ser diabético corro um risco maior de ter problemas com os dentes?

Se seus níveis de glicose no sangue não forem bem controlados, você tem maior chance de desenvolver gengivite e de perder dentes quando comparado a pessoas que não têm diabete. Como todas as infecções, a gengivite pode ser um fator que eleva o açúcar do sangue e torna o diabete mais difícil de ser controlada.
Outros problemas bucais relacionados com o diabete são: candidíase (sapinho- uma infecção causada por um fungo que cresce na boca), boca seca que pode causar aftas, úlceras, infecções e cáries.

Como evitar problemas dentários associados com o diabete?

Em primeiro lugar, o mais importante é você controlar o nível de glicose no sangue. Em seguida, cuide bem dos seus dentes e gengiva e faça exames minuciosos a cada seis meses. Para controlar as infecções por fungo, controle bem seu diabete, procure não fumar e, se usar dentadura, remova-a e limpe-a diariamente. O controle adequado da glicose do sangue também ajuda a evitar ou aliviar a boca seca causada pelo diabete.

Que posso esperar das minhas consultas com o dentista?

As pessoas que têm diabete necessitam cuidados especiais e seu dentista está preparado para ajudá-lo. Mantenha seu dentista informado sobre qualquer alteração em seu estado de saúde e sobre os medicamentos que estiver tomando. Exceto em caso de emergência, não se submeta a qualquer procedimento dentário se o açúcar no sangue não estiver bem controlado.

Proteínas e Aminoácidos

Qual é a importância das proteínas ?

Proteínas, formadas por uma cadeia de aminoácidos, são moléculas essenciais para manter a estrutura e funcionamento de todos os organismos vivos e podem ter diferentes propriedades e funções. Por exemplo : enzimas, hemoglobina, certos hormônios e o colágeno dos ossos, tendões e pele são todos proteínas. Entre outras coisas, as proteínas regulam a contração muscular, produção de anticorpos, expansão e contração dos vasos sangüíneos para manter a pressão normal.

Proteína vegetal X Proteína animal ?

Dos 20 aminoácidos, o nosso organismo não consegue fabricar 9, que devem ser supridos pela dieta. A forma mais fácil de se obter estes aminoácidos é através da proteína animal. Fontes de proteína vegetal (como feijões, lentilhas e soja), têm pouca quantidade de alguns destes aminoácidos essenciais.

A favor das fontes vegetais de proteína está o fato de que elas também fornecem outros nutrientes importantes como carboidratos e fitoquímicos que previnem algumas doenças. Além disso, vegetais são ricos em fibras alimentares.

Por outro lado, a proteína animal é rica em ferro, zinco e vitaminas B.

A principais fontes de proteína animal são: carnes, ovos e laticínios. Já as melhores fontes de proteína vegetal são: feijões, lentilhas, soja e amendoim.

Atletas precisam de mais proteína ?

Uma considerável quantidade de estudos já foi feita a cerca das necessidades de proteínas na dieta de atletas. A maioria aponta que atletas fundistas devem ingerir entre 1,3-1,8 gramas de proteína por kg de massa corporal. Esta quantidade é de 1,5 a 2 vezes o recomendado pelo governo americano na RDA para adultos.

Atletas que ingerem pouca proteína geralmente não se recuperam satisfatoriamente dos treinamentos. Entretanto os estudos mostraram que ingerir um quantidade de proteína maior do que a necessária não implica em ganho de força ou em massa muscular.

Pesquisas mais recentes mostraram que a ingestão após a atividade física de proteínas, juntamente com carboidratos, acelera a recuperação do atleta.

Liz Applegate recomenda que atletas procurem comer diariamente 140-170 g de carne magra ou 2-3 porções de produtos a base de soja, além de 2-3 porções de laticínios com pouca gordura e várias porções de grãos.

Lipidíos no nosso organismo !

A família de compostos designados por lípidos é muito vasta. A esta família pertence a gordura que quando hidrolisada, nos fornece ácido graxo e álcool. Por ser mais difícil de ser quebrada, o organismo a armazena sob a forma de gordura.

As gorduras ou lipídios funcionam como um isolante térmico do corpo, protegendo os órgãos internos e, também, fornecendo energia (de absorção mais lenta).

Entra na formação das membranas celulares, podendo ser encontrado também dentro das células, como substância de reserva nutritiva e fonte de energia. Os lipídeos podem formar alguns hormônios, vitaminas e pigmentos.

A ingestão de grandes quantidades de gordura podem levar o indivíduo a desenvolver obesidade e alterações dos níveis de colesterol e triglicérides circulantes (podendo acarretar secundariamente em doenças cardíacas).

Os lipídios apesar de também fornecerem grande quantidade de energia, não tem como principal função este fornecimento.

As gorduras auxiliam na absorção de vitaminas lipossolúveis (A, D, E e k), fornecem saciedade ao organismo, produzem hormônios, protegem e isolam órgãos e tecidos.

Lipídeos II
Os lipídeos, mais conhecidos como gorduras, são um grupo de heterogêneos de compostos que incluem os óleos e gorduras normais, ceras e componentes correlatos encontrados em alimentos e corpo humano.

Eles têm as propriedades de serem:

1. insolúveis em água;

2. solúveis em solventes orgânicos (éter, clorofórmio) ;

3. capacidade de ser usado por organismos vivos.

A maioria das gorduras naturais consiste se aproximadamente de 95% de triglicerídeos ou triacilgliceróis. Os outros 5% são traços de monoglicerídeos e diglicerídeos, ácidos graxos livres, fosfolipídeos e esteróis.


Existem dois tipos de lipídios:

Saturados
Os saturados, que são produtos de origem animal (carnes, manteiga, creme de leite, requeijão) ou origem vegetal sólidos (gordura vegetal hidrogenada, presente, por exemplo, em sorvetes).

Insaturados
Os insaturados, que são mais saudáveis e são encontrados na forma líquida como os óleos de canola, soja, oliva, de milho e girassol.

Lipídios


Saiba mais sobre os lipídios, funções básicas, características, composição dos lipídios, fontes, gorduras
Óleos vegetais e carne de peixes: alimentos ricos em lipídios
O que são lipídios

Os lipídios, também chamados de gorduras, são biomoléculas orgânicas compostas, principalmente, por moléculas de hidrogênio, oxigênio, carbono. Fazem parte ainda da composição dos lipídios outros elementos como, por exemplo, o fósforo.

Os lipídios possuem a característica de serem insolúveis na água. Porém, são solúveis nos solventes orgânicos (álcool, éter, benzina, etc).

Funções dos lipídios

Os lipídios possuem quatro funções básicas nos organismos:

- Fornecimento de energia para as células. Porém, estas preferem utilizar primeiramente a energia fornecida pelos glicídios.

- Alguns tipos de lipídios participam da composição das membranas celulares.

- Nos animais endodérmicos, atuam como isolantes térmicos.

- Facilitação de determinadas reações químicas que ocorrem no organismo dos seres vivos. Possuem esta função os seguintes lipídios: hormônios sexuais, vitaminas lipossolúveis (vitaminas A, K, D e E) e as prostaglandinas.

Principais fontes de lipídios (alimentos):

- Margarinas
- Milho
- Aveia
- Soja
- Gergilim
- Cevada
- Trigo integral
- Centeio
- Óleo de canola
- Óleo de soja
- Óleo de peixes

O que são carboidratos

Os carboidratos - também conhecidos como glicídeos ou hidratos de carbono - têm como principal função a de servir como combustível energético para o corpo. "Átomos de carbono, hidrogênio e oxigênio combinam-se para formar um carboidrato ou uma molécula de açúcar", explica a nutricionista Marlise Stefani.

Os tipos

Para quem não sabe, a unidade básica dos carboidratos é a molécula de açúcar e podem ser divididos em três tipos:
• Monossacarídeos - açúcares tipo glicose (encontrado no sangue), frutose (encontrado nas frutas e no mel) e galactose (encontrado nas glândulas mamárias);
• Dissacarídeos ou Oligossacarídeos - açúcares duplos: sacarose (dissacarídeo dietético mais comum, também encontrado na beterraba, na cana-de-açúcar, no sorgo, no xarope de bordo e no mel), lactose (açúcar do leite), maltose (encontrado em cervejas, cereais e sementes em processo de germinação);
• Polissacarídeos - contêm três ou mais açúcares simples: polissacarídeos vegetais ou apenas amido (encontrado em sementes, milho e nos vários grãos com que são feitos o pão, os cereais, as massas...)

Os grupos

Os carboidratos podem ser divididos em dois grupos: carboidratos simples e complexos:
• Carboidratos Simples - são mais facilmente quebrados no processo digestivo e assim, fornecem energia imediata. São encontrados em frutas e sucos, mas dificultam a perda de peso, pois, como são digeridos rapidamente pelo organismo, eles fazem com que os níveis de açúcar no sangue aumentem rapidamente, ocorrendo assim, a liberação da insulina que consegue colocar os carboidratos para dentro das células de gordura e músculos.

Essa liberação de insulina previne que o corpo utilize a gordura armazenada por causa do excesso de açúcar presente no sangue, dificultando a perda de gordura.
• Carboidratos Complexos - são mais lentamente digeridos, evitando assim, as grandes elevações e queda dos níveis glicêmicos. São eles: arroz, aveia, feijão, massas, batata, milho, pão... Mas tome cuidado para não exagerar!!!

O consumo de carboidratos complexos não pode ultrapassar de 60% das calorias totais ingeridas, ou o feitiço acaba virando contra o feiticeiro!

Funções dos carboidratos

Os carboidratos não têm como única função a de fornecer energia para o corpo. Esta é a principal, mas existem outras:
• Poupar a queima de proteínas com finalidade energética;
• Auxiliar a oxidação mais eficiente e completa de gorduras com finalidade energética;
• A glicose é o principal combustível para o cérebro. A falta deste nutriente pode causar danos irreversíveis ao cérebro, pois é ela que irá manter a integridade funcional dos tecidos nervosos.
• Auxiliar na absorção do cálcio;
• A lactose (dissacarídeo) permanece mais tempo nos intestinos, estimulando a ação laxativa.

Por isso, nem pense em reduzir a zero os carboidratos da dieta, pois o organismo passa a usar as proteínas para produção de energia, principalmente às custas da massa muscular, isto é, o atleta ou desportista que se exercita mal alimentado está comprometendo sua musculatura. A ingestão adequada de carboidrato previne o uso da proteína tecidual.

CONTROLANDO O DIABÉTES

Você sabia que o diabetes é uma das principais doenças do mundo?
Ela aparece quando há um aumento descontrolado das taxas de açúcar no sangue e é uma das causas de doenças cardiovasculares.
Conheça os dois tipos da doença:
O diabetes tipo 1 surge antes dos 30 anos de idade, quando o corpo não consegue mais produzir insulina (hormônio que reduz o teor de açúcar no sangue).
Por isso, quem tem esse problema precisa repor a insulina para viver.
Jovens com diabetes tipo 1 costumam emagrecer e têm sintomas repentinos, como aumento do apetite, sede e urina.

O diabetes tipo 2 afeta 80% do total de pessoas com a doença e está muito ligada à obesidade. Nesse caso, o organismo não reconhece a insulina e para de produzi-la.
Entre os sintomas estão suor frio, sede, palpitações, cansaço, fome, ganho ou perda de peso repentino, dificuldade na cicatrização, visão embaçada e aumento da urina.
Existe uma dieta controlada para tratar o diabetes, equilibrando o teor de carboidratos (açúcar, massa, álcool), além de remédios. Ambos ajudam a regular a quantidade de açúcar no sangue.

É bom ficar de olhos bem abertos nos carboidratos. Os mais simples (que estão em alimentos como mel, açúcar, frutas, doces, leite e derivados) são os primeiros a entrar na corrente sanguínea.

Os mais complexos (presentes em cereais, massas, pães, mandioca, mandioquinha, cará, grãos, sementes e legumes) são melhores porque levam mais tempo para serem absorvidos, provocando o menor impacto do açúcar no sangue.

Açúcar e mel devem ser substituídos por adoçantes e produtos dietéticos. Bolos e biscoitos doces também não são a melhor pedida. Massas e pães até podem ser consumidos, mas com moderação.

Verduras, frutas, cereais integrais e leguminosas são indicados por causa das fibras, que fazem bem.
Bebida alcoólica, com muita moderação. Entre os diabéticos, só se a doença estiver bem controlada.

É aconselhável fazer de quatro a seis refeições por dia, evitando o jejum prolongado e as mudanças do nível de açúcar no sangue.
Qualquer atividade que faça mexer o corpo é bem-vinda. Ajuda a baixar o nível de açúcar no sangue e deixa os músculos mais sensíveis à insulina.

O que você pode fazer para controlar a glicemia
Procure comer de cinco a seis vezes por dia, em pequenas quantidades.
Inclua alimentos com fibras nos seus pratos, como legumes, verduras, frutas e leguminosas (feijões, lentilha, ervilha, grão de bico e soja).
Evite comer alimentos ricos em gordura saturada, trans e colesterol.
Dose bem as carnes gordurosas, os embutidos e defumados.
Prepare os alimentos com óleos vegetais (soja, milho, girassol, canola, azeite de oliva e margarina), margarina e temperos naturais (cebola, alho, ervas aromáticas, salsinha).
Use menos sal na comida.

Diabetes

Diabetes é um grupo de doenças metabólicas caracterizadas por hiperglicemia (aumento dos níveis de glicose no sangue), resultado de deficiências na secreção de insulina, em sua ação ou em ambos. Trata-se de uma doença complexa, na qual coexiste um transtorno global do metabolismo dos carboidratos, lipídios e proteínas.

Diabetes mellitus é atualmente uma doença crônica, sem cura, e sua ênfase médica deve ser necessariamente em evitar/administrar problemas possivelmente relacionados à diabetes, a longo ou curto prazo. É extremamente importante a educação do paciente, o acompanhamento de sua dieta, exercícios físicos, monitoração própria de seus níveis de glicose, com o objetivo de manter os níveis de glicose a longo e curto prazo adequados.

Um controle cuidadoso é necessário para reduzir os riscos das complicações a longo prazo. Isso pode ser alcançado com uma combinação de dietas, exercícios e perda de peso (tipo 2), várias drogas diabéticas orais (tipo 2 somente) e o uso de insulina (tipo 1 e tipo 2 que não esteja respondendo à medicação oral). Além disso, devido aos altos riscos associados de doença cardiovascular, devem ser feitas modificações no estilo de vida de modo a controlar a pressão arterial e o colesterol, se exercitando mais, fumando menos e consumindo alimentos apropriados para diabéticos, e se necessário, tomando medicamentos para reduzir a pressão.

Juntamente com as medicações e a atividade física, a dieta é importante para o controle da glicemia. Um dos métodos nutricionais utilizados é a contagem de carboidratos, onde se contabiliza os gramas dos carboidratos consumidos nas refeições e lanches durante um dia, sendo que cada grama de carboidrato gera 4 kcal.

Os carboidratos mais conhecidos são:

pães
leite
frutas
vegetais
cereais
tubérculos (mandioca, batata)
http://www.hc.fmb.unesp.br/nutricao/diabetes.php

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Tratamento médico para pacientes diabéticos: questões jurídicas

Leis e Judiciário garantem direitos dos diabéticos. Confira!
De acordo com dados divulgados pela Federação Internacional de Diabetes (IDF), existem hoje, no mundo, em torno de 250 milhões de pessoas com diabetes. A estimativa da entidade para 2025 é que esse número aumente para 380 milhões. Só no Brasil, existem 11 milhões de diabéticos e 50% deste total desconhece que possui a doença.

Ainda no Brasil, o último censo que dá conta do número de diabéticos no país foi realizado no final dos anos 80 pelo Ministério da Saúde em parceria com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD). À época, os dados indicavam uma prevalência média de 7,6% na população urbana entre 30 e 69 anos e dentro da mesma faixa etária, 7,8% tinham tolerância diminuída à glicose.

Mais recentemente, a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) da Bahia, realizou um levantamento epidemiológico que apontou que de cada quatro diabéticos do país, três, ou 75% não controlam a doença e estão com alterações nos índices de glicemia. Foram analisados 6.371 diabéticos com idade entre 18 e 98 anos, em 22 centros clínicos distribuídos em dez cidades brasileiras.

O estudo também apontou que as pessoas do grupo avaliado já apresentam alguns dos sintomas decorrentes da doença como retinopatia diabética, neuropatia e problemas renais.

O quadro, como se pode evidenciar é bastante complicado. Para que a doença fique sob controle, os portadores de diabetes dependem de insulina, aparelhos de medição da glicose (glicosímetros), seringas, pontas de agulha, lancetas, tiras reagentes, medicamentos e bombas de infusão. São produtos, cujos custos os tornam inacessíveis para a maioria dos doentes.

E apesar do avanço nos números da doença, ainda hoje, é na Constituição Federal de 88 que os diabéticos têm respaldo para fazer valer seus direitos ao tratamento gratuito. Assim reza o artigo 196 de nossa lei maior: A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.

Vale lembrar que a Constituição de 88 também criou o Sistema Único de Saúde (SUS), regulamentado por meio da edição, em 1990, da lei 8.080. Desde então, a obrigação do Estado, mencionada no artigo 196, deve ser compreendida como poderes públicos Federal, estaduais e municipais.

Com relação a leis específicas que garantem os direitos dos diabéticos, alguns Estados, entre eles, São Paulo, também criaram legislações próprias – a Lei 10.782/01 - para atendimento aos pacientes diabéticos. Em tese, a lei garante atenção integral aos diabéticos, mas na prática, não prevê quais itens do tratamento serão fornecidos e nem as condições para isso.

E somente em outubro de 2006 foi promulgada a Lei Federal 11.347, que dispõe sobre a distribuição gratuita de medicamentos e materiais necessários à sua aplicação e à monitoração da glicemia capilar aos portadores de diabetes inscritos em programas de educação para diabéticos.

A implementação da lei aconteceu um ano depois, em outubro de 2007, por meio da edição da Portaria 2.583 que definiu um elenco de medicamentos e insumos destinados ao monitoramento da glicemia capilar dos portadores de diabetes mellitus, desde que estes estejam inscritos nos Programas de Educação para Diabéticos promovidos pelas unidades do SUS.

Embora tais leis possam ser consideradas um avanço e uma conquista dos pacientes diabéticos brasileiros, elas não conseguem atender todos eles dadas as especificidades de seus tratamentos.

A alternativa que resta são as ações judiciais, no geral baseadas no disposto na Constituição Federal, exigindo que todos os produtos necessários ao tratamento sejam fornecidos gratuitamente.

Por fim, sempre é bom mencionar que todo portador de diabetes não pode ser impedido de participar, ou mesmo ser excluído de um plano ou seguro privado de saúde sob a alegação de doença preexistente. O diabetes também não está incluso na lista de doenças graves que prevê isenções tributárias ou aposentadoria por invalidez, direitos que podem ser conquistados via judicial.

Esse artigo é de autoria do Advogado Alvaro Trevisioli, consultor em Direito Trabalhista e Tributário.

http://www.sissaude.com.br/sissaude/inicial.php?case=2&idnot=1837

domingo, 4 de abril de 2010

Mantenha sob controle


Controlar o diabetes de forma adequada é, em primeiro lugar, um desafio para quem tem diabetes. Significa adotar mudanças de hábitos já bem conhecidos, mas complicados de colocar em prática: reeducação alimentar, exercícios, além de vigilância constante.

Mas como você conhece a expressão "prevenir é melhor que remediar", você tem uma razão muito forte para querer controlar adequadamente o diabetes: ficar longe das suas várias complicações. Vários estudos demonstram que vale a pena o esforço. Veja, por exemplo, os resultados do estudo DCCT (Diabetes Control and Complication Trial), mostrando o quanto você pode reduzir o risco das principais conseqüências do diabetes:

Redução dos riscos de complicações proporcionada pelo bom controle do diabetes • Retinopatia 76% • Nefropatia 54% • Neuropatia 60% Atenção!!! Se você adotar essa idéia, poderá reduzir em cerca de 60% os riscos de ter complicações causadas pelo diabetes. Procure o seu médico e faça o controle regularmente. Se for necessário, ele recomendará o uso de medicamentos para que você atinja os objetivos.

Diabetes e os olhos

Não importa o tipo de diabetes: o risco de acometimento da visão é extremamente preocupante!
O diabetes é a principal causa de lesões da retina (parte posterior do olho, onde a luz é focalizada e processada para que as imagens sejam enviadas para o cérebro) e, por conseqüência, uma das principais causas de cegueira em jovens adultos.

É a chamada retinopatia diabética. O excesso de glicose no sangue ataca os pequenos vasos sanguíneos que chegam até os olhos, principalmente à retina. Uma vez que esses vasos sejam destruídos, a retina não terá mais energia para funcionar e a cegueira poderá ocorrer rapidamente.

Por isso, é fundamental fazer o diagnóstico precoce de qualquer alteração. Atenção!! Se você tem diabetes procure um oftalmologista pelo menos uma vez ao ano. Hoje em dia há tratamentos à base de raio laser capazes de ajudar na prevenção da cegueira em pessoas com maior risco.

sábado, 3 de abril de 2010

Veja este video uma lição de vida

OVO DE PÁSCOA DE ALFARROBA SEM CHOCOLATE



















Já imaginou poder comer ovos de chocolate feito com um tipo de produto que não é chocolate mas é muito parecido. Isso existe e se chama Alfarroba. Ele é visto como um substituto do chocolate. As vantagens é que ele não contém glúten, leite, ovos, soja ou adoçantes artificiais. Este é o ovo de páscoa ideal para quem tem alergia a estes produtos.

A Alfarroba é um fruto de uma árvore chamada alfarrobeira sendo uma planta nativa do mediterrâneo. Ela parece uma vagem e sua polpa é torrada e moída como o chocolate. Outra vantagem deste tipo de chocolate para o chocolate tradicional de cacau é que ele não possui cafeína, teobromina que são estimulantes. Nem todo mundo pode se alimentar com alimentos estimulantes.

O chocolate de alfarroba também não contém feniletilamina presente no chocolate de cacau.Já existem ovos de páscoa feitos de alfarroba que são perfeitos para pessoas que não podem comer chocolate ou leite. Você encontra produtos de chocolate de alfarroba .Você também pode comprar mudas de Alfarroba para fazer chocolate de alfarroba em casa.

Alfarroba


















A alfarrobeira é uma árvore selvagem, nativa da costa do Mediterrâneo. A alfarroba é sua vagem comestível, semelhante ao feijão, de cor marrom escuro e sabor adocicado, utilizada pela indústria de alimentos na produção de gomas e espessantes.

O pó ou farinha de alfarroba derivado da polpa da vagem torrada e moída é utilizado para substituir o cacau.
Esse pó, contudo, possui expressiva diferença em relação ao cacau no conteúdo de açúcar e de gordura. Enquanto o cacau possui até 23% de gordura e 5% de açúcar, a alfarroba possui 0,7% de gordura e um alto teor de açúcares naturais (sacarose, glicose e frutose), em torno de 38 a 45%.

A alfarroba é um alimento saudável e de elevado valor nutritivo. Contém vitamina B1- colaboradora para o bom funcionamento do sistema nervoso, músculos, coração e melhora na atitude mental e o raciocínio - tanto quanto o aspargo ou morango, a mesma quantidade de niacina (mantém a boa condição da pele) do feijão fava, lentilha e ervilha, e mais vitamina

A, que é essencial para o crescimento dos ossos e dentes, vitalidade da pele e saúde da visão, do que a berinjela, o aspargo e a beterraba. Possui ainda alto teor de vitamina B2 (responsável por extrair energia de gorduras, proteínas e carboidratos no nosso corpo), cálcio, magnésio e ferro, bem como um correto balanceamento de potássio e sódio.

A alfarroba não possui qualquer agente alergênico ou estimulante tais como a cafeína e teobromina presentes no cacau. Embora apresente um alto teor de açúcares possui um baixo conteúdo calórico devido à quantidade quase imperceptível de lipídeos (gorduras) e alta quantidade de fibras naturais. O efeito benéfico dessas fibras naturais na flora intestinal se dá pela proteção da membrana mucosa do intestino, bem como pela redução significativa da incidência de diarréias indefinidas, desordens nutricionais e incidência de úlceras.

A alfarroba, também designada por "chocolate saudável" é utilizada em vários processos industriais, nomeadamente na cosmética, alimentar e farmacêutica, sendo nesta última empregada apenas como espessante para dar forma a alguns comprimidos. Estudos recentes mostraram que a alfarroba não contém glúten e possui potencial antioxidante muito elevado, semelhante ao do azeite e superior ao do vinho, o que leva os investigadores a acreditarem que os componentes do fruto podem ser úteis no combate aos radicais livres e doenças crônico-degenerativas.

Também reduz efetivamente a assimilação da ingestão diária do excesso de colesterol, devido ao seu teor e qualidade das fibras. Seu poder na redução do colesterol do sangue é o dobro de outras fibras.

Composição química da Alfarroba:
◦Umidade 1 - 4 %
◦Proteína 4 - 5 %
◦Fibra bruta 4 - 6 %
◦Açúcares totais 38 - 45 %
◦Sacarose 30 - 34 %
◦Glicose 5 - 6 %
◦Frutose 4 - 5.5 %
◦Outros carboidratos (NDF) 34 - 37 %
◦Gordura 0.4 - 0.6 % ◦Cinzas 2.5 - 3.5 %
◦Cálcio 0.3 - 0.4 % ◦Sódio 0.05 - 0.1 %
◦Fósforo 0.05 - 0.07 % ◦Potássio 1.2 - 1.4 %
◦Magnésio 0.02 - 0.03 %
◦pH 5.5

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Terça Diet: Aprendendo Novos Sabores 30/03/2010

Nesta última terça, dia 30 de março, logo após o preparo e degustação de um delicioso Bolo de Fubá preparado pela presidente da ABAD, Antonia.

Érica, a nutricionista  comentou sobre a importância de ler os Rótulos dos Alimentos antes de realizar a compra, e assim destacou as informações mais importantes a serem verificadas, sendo elas:

* Data de validade, modo de conservação e armazenamento: fiquem atentos, pois muitos alimentos têm seu prazo de validade reduzido depois de abertos.

* Lista de ingredientes: os ingredientes dos produtos são listados em ordem decrescente de peso, ou seja, aquele que vêm por primeiro, é aquele que se encontra em maior quantidade no alimento. Além disso, no caso dos diabéticos, devemos sempre verificar se ingredientes como açúcar, mel, açúcar mascavo, sacarose, entre outros, estão presentes na lista de ingredientes do alimento desejado, pois estes ingredientes devem ser evitados.

* Informação complementar: essa informação indica alguma propriedade especial do produto e para que possa ser declarada no rótulo obedece a normas específicas estabelecidas pela ANVISA. São exemplos de informação complementar: "baixo teor de gordura", "sem colesterol", "reduzido teor de sódio", “sem adição de açúcares”, etc.

* Informação nutricional: pode ser declarada em tabela ou por extenso e indica as quantidades de alguns nutrientes presentes em uma porção do alimento. Essa porção sugerida no rótulo, juntamente da sua medida caseira, é aquela que devemos consumir, assim, evitando consumo excessivo do produto.


Obs: A receita do Bolo de Fubá em breve estará no blog de receitas. Acesse.