quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Mortes por diabete podem dobrar na próxima década, alerta a OMS


Seg, 15 de Novembro de 2010 08:22

Organização destaca efeitos da doença nos países menos desenvolvidos; dia mundial foi no domingo GENEBRA - Mais de 200 milhões de pessoas no mundo têm diabete e cerca de um milhão morre a cada ano por causa da doença, número que pode dobrar na próxima década se não forem adotadas medidas urgentes, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Os números foram divulgados por ocasião do Dia Mundial da Diabete, lembrado neste domingo, 14. Em comunicado, a OMS ressalta as consequências da doença, sobretudo na população dos países menos desenvolvidos. "A maioria das pessoas com diabete vive em países de renda baixa ou média e tem entre 45 e 64 anos", destaca a organização. Nesses locais, os meios para controlar e detectar a doença a tempo é insuficiente por causa da elevada despesa que representa para o sistema de saúde. Cerca de 80% das mortes por diabete no mundo são registradas nessas regiões, em decorrência de condições precárias.

Fonte:
Das agências de notícias

domingo, 14 de novembro de 2010

Princípios bioativos do arroz integral podem evitar doenças diversas, mostra estudo da FCF


Depois de passar oito anos estudando as propriedades nutricionais de todas as variações do arroz (polido, integral, parboilizado, preto e vermelho), pesquisadores da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da USP chegaram a conclusões que podem parecer surpreendentes aos olhos dos consumidores. Foi constatado que o arroz do tipo integral tem propriedades que vão muito além da tão valorizada presença de fibras: ele é rico em vitaminas, sais minerais e, acima de tudo, possui princípios bioativos que podem diminuir as chances de desenvolvimento de doenças cardíacas, câncer, diabetes e obesidade.


Mas por que, afinal, só o arroz integral possui essas propriedades? A professora Ursula Lanfer Marquez, coordenadora da linha de pesquisa Características nutricionais e propriedades funcionais do arroz, explica que a diferença está justamente no tipo de beneficiamento do grão. Enquanto o arroz integral, quando descascado, mantém o chamado "farelo" (camadas externas ao endosperma, onde estão os nutrientes e compostos bioativos), o arroz polido (ou branco) perde todas essas camadas, restando o endosperma, rico apenas em amido e proteínas.
O arroz parboilizado, por sua vez, pode ser integral ou polido. Porém, neste caso o grão passa por um pré-cozimento antes de ser descascado - portanto, mesmo quando é integral, perde algumas de suas propriedades no processo. "O pré-cozimento é feito pois evita que o arroz se quebre quando descascado, aumenta a vida de prateleira e, quando cozido, fica sempre soltinho. Como o arroz quebrado não tem valor comercial, o gasto com a parboilização é compensado pelos prováveis prejuízos com quebras", explica a professora Ursula.


Bioatividade - Assim, o arroz integral é o único que conserva os chamados compostos bioativos, que são aqueles que têm atividades sobre organismos vivos. No caso do arroz, já foram confirmados pelo menos dois tipos de atividades: antioxidante e hipocolesterolêmica (reduz a taxa de colesterol no sangue).


Um dos compostos responsáveis por essas atividades é o orizanol, substância própria do arroz, que possui as duas propriedades. Além dele, a vitamina E e os compostos fenólicos apresentam atividade antioxidante, capazes de evitar o estresse oxidativo no organismo, relacionado a problemas cardiovasculares, câncer e inflamações, isto é, a doenças crônico-degenerativas não transmissíveis, em geral. Segundo a professora Ursula, outros tipos de arroz, como o preto e o vermelho, apresentam uma atividade antioxidante ainda maior do que a do arroz integral.


Entre tantos grãos - É no mínino curioso que todos esses benefícios proporcionados pelo arroz, um alimento tão popular e acessível no país, sejam tão pouco conhecidos e estudados. Ainda mais numa época em que é crescente a preocupação com a alimentação, fato que a mídia e a própria publicidade tornam evidente.


Para a professora, isso ocorre porque o arroz não é uma novidade para a população. "Ninguém fala disso porque o arroz é consumido pelo homem há cinco milhões de anos. O consumidor não cria expectativas em relação ao produto", explica Ursula. "Por outro lado, há bastante interesse quando se fala de grãos diferentes, como a quinoa ou o amaranto. Mas o fato é que o arroz pode apresentar muito mais benefícios à saúde do que esses outros grãos", pondera.

Segundo Ursula, o grupo de pesquisadores do seu laboratório tem como objetivo divulgar cada vez mais esses benefícios, e desmistificar o vínculo existente entre os benefícios dos alimentos e o fato de eles serem ou não fontes de fibra. "Antes, tudo era ligado à fibra, mas nós já constatamos que os benefícios à saúde não dependem só dela. Os benefícios estão relacionados aos princípios bioativos", diz. A equipe ainda pretende incentivar o consumo de cereais integrais não-trigo, determinar as quantidades de ingestão mínima de arroz integral para que haja efeito sobre o organismo e tentar estabelecer um reconhecimento formal de todas as propriedades benéficas do arroz.

Texto: Mariana Midori Isagawa
Fonte: USP Online
Publicado em: 05/11/2010

Dia Mundial da Diabetes assinala-se hoje com alerta

domingo, 14 de Novembro de 2010



O Dia Mundial da Diabetes assinala-se este domingo com a primeira «Corrida Pela Diabetes», que pretende alertar as pessoas para uma doença que atinge cerca de 900 mil pessoas em Portugal, das quais 400 mil não estarão diagnosticadas.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a diabetes é a quarta causa de morte na maioria dos países desenvolvidos, morrendo, a cada dez segundos, uma pessoa vítima da doença.

Prevê-se que os índices de mortalidade aumentem 25% na próxima década, caso não sejam tomadas as medidas necessárias para travar o avanço da epidemia, pondo em causa a atual esperança média de vida, alerta a OMS, lembrando que esta doença tem graves implicações a nível cardiovascular, renal, de amputações e cegueira.

Diário Digital / Lusa

sábado, 13 de novembro de 2010

Dúvidas mais frequentes sobre Leis

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28/10/2008 - Portal Diabetes

Esclarecemos a seguir as dúvidas mais freqüentes em relação aos direitos do paciente com diabetes em seu cotidiano:

1. Quem pode fazer uso das ações judiciais para o fornecimento gratuito de medicamentos?

Com o aumento no número de ações judiciais voltadas ao fornecimento gratuito de medicamentos, algumas prefeituras, como a de São Paulo por exemplo, passaram a fornecer o tratamento para diabetes sem que o paciente tenha que entrar na justiça. No entanto, muitas pessoas ainda não estão sendo plenamente atendidas, seja porque em sua região o fornecimento não ocorre, seja porque o fornecimento não é mensal e seguro, seja ainda porque fazem uso de tratamentos diferenciados. Nesses casos, é necessária a propositura de uma ação judicial para exigir dos órgãos públicos os mesmos benefícios de quem vem sendo atendido – o fornecimento gratuito de todo o material de controle e dos medicamentos necessários ao tratamento do diabetes, ou mesmo de outras doenças daí decorrentes, inclusive se ele for diferenciado ou mais caro.

2. É possível usar o FGTS para custear o tratamento de diabetes?

Com base no caráter social do Fundo de Garantia, que é justamente o de garantir ao trabalhador o atendimento de suas necessidades básicas e de seus familiares, os Tribunais têm admitido o levantamento pelo trabalhador dos valores depositados em sua conta fundiária em casos excepcionais, além daqueles previstos no artigo 20 da Lei 8.036/90 (aids, neoplasia maligna e estágio terminal de doença grave). Significa dizer que o portador de diabetes pode requerer na justiça o levantamento do seu fundo de garantia para a aquisição, por exemplo, de uma bomba de infusão de insulina, devidamente prescrita pelo médico responsável, para seu próprio tratamento ou mesmo de qualquer de seus dependentes.

3. O portador de diabetes pode associar-se a um plano de saúde?

Todos os consumidores, independentemente da idade e do fato de terem alguma deficiência ou doença preexistente, como por exemplo o diabetes, estão protegidos e não podem ser impedidos de participar de qualquer plano privado de assistência à saúde. Hoje, é proibida a negativa de adesão e a exclusão de cobertura às doenças preexistentes à data de contratação.

4. Existe alguma previsão de isenção de Imposto de Renda aos portadores de diabetes?

Embora exista lei que estabeleça uma lista de doenças cujos portadores gozam de isenção do Imposto de Renda, essa relação não inclui o diabetes. Mas essa mesma lista inclui algumas das complicações comuns ao diabetes, tais como nefropatia e cardiopatia graves, além de cegueira. Assim, os pacientes que portem as referidas agravantes podem requerer a isenção do imposto relativamente aos rendimentos de aposentadoria por invalidez, pensão (outros rendimentos não são isentos), aí incluída a complementação recebida de entidade privada ou a decorrente de pensão alimentícia.

Colaboração:
DAIDONE & TAVARES ADVOGADAS ASSOCIADAS
R. XV de Novembro, 200 Conjunto C 1o andar - Centro - São Paulo - SP
CEP: 01013-000 Telefones: (11) 3101-2157 / 3101-3273
E-mail: escritorio@daidonetavares.adv.br


quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Abad e Prefeitura iniciam Campanha Nacional da Diabetes



A Prefeitura de Botucatu, em parceria com a Associação Botucatuense de Assistência ao Diabético (Abad), apoia a 13ª Campanha Nacional Gratuita em Diabetes que tem início nesta terça-feira (9) e segue até sábado (13). A semana faz menção ao Dia Mundial da Diabetes, celebrado em 14 de novembro. A Abad fica na Rua General Telles, 171 – Centro. Telefone: (14) 3815-3244
A campanha, dentro de sua programação, oferecerá diversas atividades abertas à população como palestra sobre o uso correto do glicosímetro (dispositivo usado para medir a concentração de glicose no sangue), exames de glicemia de jejum, aferição de pressão arterial, orientações nutricionais, entre outras.
O slogan da campanha deste ano, “Vamos controlar a diabetes já!”, é uma chamada a todos aqueles que sofrem com a diabetes, para que se atentem à necessidade de controlar a glicemia.
A campanha tem como objetivo estimular governos a implantar e fortalecer políticas de prevenção e controle da doença e de suas complicações; disseminar ferramentas para apoiar as iniciativas nacionais e locais; aumentar a conscientização dos sinais de alerta da diabetes e promover ações que incentivem o diagnóstico precoce afim de reduzir os principais fatores de risco da diabetes tipo 2 que podem ser modificados, além de reforçar a prevenção ou retardar o aparecimento de complicações da doença.
O Dia Mundial de combate a Diabetes conta com o apoio da ONU (Organização das Nações Unidas), que assinou em 2006 uma resolução que reconheceu a Diabetes como uma doença crônica, debilitante e de alto custo, principalmente quando associada a complicações severas.

Círculo azul

A Federação Internacional de Diabetes desenvolveu mais uma forma de chamar atenção para o problema. Um círculo azul deve iluminar pontos turísticos e prédios públicos, simbolizando a união pelo diabetes.
De acordo com o órgão internacional, o azul representa o céu e é a mesma cor da bandeira das Nações Unidas, que representa também a união entre os países. A Prefeitura de Botucatu aderiu à causa e no próximo sábado (13) seu prédio será iluminado pela cor azul em respeito ao movimento.
A Secretaria Municipal de Saúde realizou a doação de 1.500 fitas reagentes e lancetas para a realização dos exames, confecção de banners educativos e faixas alusivas à campanha. Além da Prefeitura, a campanha também conta com apoio das alunas e professoras do curso de enfermagem e nutrição da Escola Técnica “Domingos Minicucci Filho” (Industrial).

Confira a programação:

Dia: 09
Local: Associação Botucatuense de Assistência ao Diabético (Abad)
Horário: Das 15 horas às 17h30min
Palestra sobre uso correto do glicosímetro
Vagas limitadas - agendar pelo telefone 3815-3244

Dias: 10, 11 e 12
Local: Associação Botucatuense de Assistência ao Diabético (Abad)
Horário: Das 8 horas às 10h30 e das 13 horas às 15h30
Exame de glicemia de jejum
Exame de glicemia pós-prandial (2 horas após a refeição)
Cálculo de Índice da Massa Corporal (IMC)
Aferição de pressão arterial
Orientações nutricionais
Avaliação dos pés (podologia) - Das 8 às 9 horas e das 13 às 14 horas

Dia 13
Feira do Bairro
Exames gratuitos de detecção de diabetes e aferição de pressão arterial
Horário: A partir das 7h30
Local e Apoio : Farmácia e Manipulação Coração de Jesus
Rua Brás de Assis, 333 (em frente a Feira Livre do Bairro)

DIABETES: Diagnóstico da doença é o pior momento para os pacientes

http://www.douradosagora.com.br/noticias/ciencia-e-saude/diabetes-diagnostico-da-doenca-e-o-pior-momento-para-os-pacientes


Um estudo da Universidade de São Paulo, USP, realizado com mais de 400 diabéticos, revelou que para quase noventa por cento dos entrevistados, o momento mais complicado é o diagnóstico.

Muitas pessoas quando descobrem que estão com diabetes acham que a vida vai acabar.

O tratamento nunca deve ser interrompido e inclui medicamentos, atividade física e alimentação saudável.

Desta forma, é possível conviver com a doença sem maiores problemas para a saúde.

A jornalista Ana Cristina Silva, de 36 anos, durante um exame de rotina, descobriu que estava com diabetes do tipo um e levou um susto.

"Eu fui pega de surpresa, eu não tava esperando, e acho que a falta de informação me deixou ainda mais desesperada.

E aí eu pirei né, eu achei que eu não ia conseguir, eu não sabia o que era, se era tão grave quanto eu achava que fosse.

O que eu ia poder comer, o que eu não poderia comer. Eu não tinha essa preocupação com que eu estava comendo, eu era muito mais livre. Inclusive, eu sempre gostei muito de doce.

Quando eu descobri que estava com diabete a primeira coisa que eu pensei: eu nunca mais vou comer um brigadeiro."

Segundo a coordenadora Nacional de Hipertensão e Diabetes do Ministério da Saúde, Rosa Sampaio, realmente é preciso mudar os hábitos de vida.

"O que tem que ficar claro é que é uma doença digamos, administrada. Você pode gerir esse tipo de doença.

Você pode perfeitamente conviver com diabetes. Na realidade você vive com ela por que é uma doença que não tem cura, então você vai ter se transformar em uma outra pessoa.

Por que você vai ter que mudar os seus hábitos alimentares, atividades físicas você vai ter que fazer, determinados cuidadas de higiene pessoal.

Por que o auto-cuidado é fundamental, mais importante do que até os medicamentos."

Ainda segundo a coordenadora Rosa Sampaio, quanto mais rápida for diagnosticada a doença, melhor será o tratamento. No Brasil, o diabetes atinge cerca de 10 milhões de pessoas.

As informações sobre tratamento e diagnóstico do diabetes podem ser acessadas nos postos do Sistema Único de Saúde, onde também são feitos esses procedimentos.(Ministério da Saúde)


sábado, 6 de novembro de 2010

Microalbuminúria no diabetes

http://www.drashirleydecampos.com.br/noticias/5248
 17/08/2003

Detectando o primeiro sinal de problemas nos rins. Quando você tem diabetes, seus rins estão mais suscetíveis para ter algum dano (nefropatia diabética). Monitoramento regular dos rins para saber se há danos permite com que você previna ou adie as complicações. Um meio de checar um dano nos rins é o teste de microalbuminúria. O que o teste mede O teste de microalbuminúria na urina mede a quantidade de albumina na sua urina. A presença de albumina é sempre o primeiro sinal de um dano no rim.

A albumina é um tipo de proteína que normalmente está presente em grandes quantidades na circulação sangüínea. As proteínas do sangue protegem contra infecção, ajuda na coagulação do sangue e mantém a quantidade certa de fluido circulando no seu corpo. Rins que funcionam apropriadamente filtram produtos desperdiçados do seu sangue através de uma imensa rede de minúsculos vasos sangüíneos.

Os produtos desperdiçados então são excretados na sua urina. Por outro lado, proteínas benéficas como a albumina, não são filtradas, ao contrário, permanecem no seu sangue. Quando seus rins chegam a se danificar, o oposto acontece: Produtos desperdiçados permanecem no seu sangue e a proteína escoa para sua urina. Primeiro, quando o dano está no início, somente pequenas quantidades de albumina escapam para a urina, uma condição chamada microalbuminúria, também conhecida como proteinúria. Como o teste pode ajudar Grandes quantidades de proteína escoada pode fazer com que sua urina tenha um aspecto espumoso e o seu corpo retenha fluido, resultando em inchaço nas mãos, pés, abdômen ou rosto. Todavia, você pode não ter sintomas de doença nos rins por muitos anos. Pesquisando com testes especializados Uma rotina de análise urinária não pode detectar microalbuminúria – é uma boa maneira de detectar logo no início doença no rim. Apesar de não poder se desfazer do dano existente, você pode prevenir seu progresso. Se não tratado, a doença renal pode no final das contas resultar na falência completa dos rins, e exigir diálise ou transplante. Falha nos rins Controlando o açúcar no sangue e a pressão sangüínea pode ajudar a prevenir danos nos rins mais adiante. Mudanças na dieta podem ser necessárias. Algumas pessoas se beneficiam de dietas que reduzem a proteína, sódio ou fosfato. Todavia, devido às potenciais deficiências nutricionais, consulte um(a) nutricionista ou seu médico , ao invés de planejar uma refeição por sua conta. Como é feito o teste Vários métodos são usados para a microalbuminúria. Valores normais de albumina variam do método de teste empregado. O método mais preciso é a coleta de urina por 24h, e você tem que seguir as instruções cuidadosamente.

A clínica médica ou um laboratório dá um recipiente especial e especifica as instruções para completar o teste. Normalmente, após se levantar, no primeiro dia do teste, você esvazia a bexiga e descarta esta amostra no vaso sanitário. Pelas próximas 24 horas, você coleta todas as urinas subseqüentes no recipiente. Quando você se levantar na manhã do segundo dia de teste, você coleta a urina e também a coloca no recipiente. E depois é só levar para a clínica ou ao laboratório para análise, conforme instruções. Pode-se também fazer uma coleta ocasional. Para isso, você fornece uma amostra da urina no consultório médico ou laboratório. Uma tira de papel quimicamente tratada mudará de cor quando imergir se tiver muita proteína na urina. Como os níveis de albumina podem variar diariamente, você pode necessitar 2 ou 3 testes durante alguns meses para confirmar se você tem microalbuminúria.

Quantas vezes fazer o teste A freqüência do teste de microalbumina na urina depende da situação individual. Em geral, fazer o teste: No início, quando é diagnosticado o diabetes tipo 2 (diabete de adulto ou diabetes não insulino dependente) Cinco anos após o diagnóstico do diabetes tipo 1 (diabete juvenil ou diabetes insulino dependente) Ao menos uma vez ao ano após o primeiro teste, mas mais vezes se a microalbuminúria está presente ou se você tem vasos sangüíneos prejudicados em outras áreas do corpo, como seu coração, olhos ou nas extremidades, o que poderia indicar dano iminente nos rins. Converse com seu médico endocrinologista quantas vezes você deve fazer o teste. Limites do teste Apesar do diabetes ser uma causa comum de microalbuminúria, não é a única causa. Outras condições também podem causar excesso de vazamento de proteína na urina, incluindo pressão arterial alta, certas desordens imunes e infecções.

E também, se exercitar antes do teste ou estar desidratado pode causar elevações dos níveis de microalbumina na urina. Se os resultados do seu teste de microalbumina na urina estão elevados, você pode requerer um teste adicional para descobrir a causa. IMPORTANTE Procure o seu médico para diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios.

As informações disponíveis no site da Dra. Shirley de Campos possuem apenas caráter educativo. Publicado por: Dra. Shirley de Campos

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Obesidade- Uma doença de nosso tempo

Por Dra. Bibiana Prada de Camargo Colenci

Foto Malu Ornelas
 
A obesidade é uma doença que pode ter complicações como pressão arterial alta, colesterol elevado e diabetes melli¬tus, podendo finalmente levar ao infarto ou ao derrame cerebral. As causas da obesidade são múltiplas e cabe ao endocrinologista identificá-las corretamente para efetuar o tra-tamento adequado, juntamente com o controle de suas complicações. Al¬gumas vezes, as causas da obesida¬de são doenças bem definidas como o excesso de cortisol produzido pela glândula adrenal, o hipotireoidismo e a acromegalia, entre outras. Po¬rém, mais frequentemente sua causa é a ingestão excessiva de alimentos.

Muitas vezes ouço pacientes dize¬rem que, mesmo comendo em pouca quantidade, não emagrecem. Porque isso acontece? Ora, é porque temos no código genético informações que controlam nosso gasto de energia. Algumas pessoas são “programadas” a economizar mais energia (calorias) que outras. Estas pessoas podem co¬mer pouco, mas irão criar uma re¬serva energética que chamamos de gordura. No entanto, é interessante notar que também podem engordar, e muito, aqueles indivíduos que não têm esta programação de estoque energético. Isso ocorre porque o esti¬lo da vida moderna, com os excessi¬vos compromissos, o sedentarismo, e os fast foods, obrigam-nos a inge¬rir e reservar grande quantidade de calorias. Então, se não controlamos o que comemos, e não fazemos ativi¬dade física, acabamos engordando.

Porque comemos tanto no dia-a-dia? Existem diversos motivos para comermos mais do que nosso corpo necessita. A oferta de alimen¬tos gordurosos é um deles. Vocês já notaram quantas propagandas de comida vemos nos intervalos da televisão e nos outdoors? Uma vez contei durante o intervalo de uma novela: nove chamadas de comida. Todas recheadas e gordurosas. Não é à toa que depois de um capítulo da novela corremos para “fazer uma boquinha”. Outro motivo para co¬mermos muito é a correria do dia-a-dia. Temos trabalho, casa, família, reuniões. Tudo rápido demais. Não temos tempo para sentar e ter uma refeição como faziam nossos avós. Comemos “qualquer coisinha” para estancar a fome. De preferência algo rápido como um lanche, um salgado e refrigerante, que são riquíssimos em gordura e carboidratos. Sem falar que mastigamos muito rápido e con¬sequentemente comemos mais. Após 20 minutos de uma refeição, o hormô¬nio da saciedade é liberado em nosso corpo, não importando se comemos muito ou pouco. Como ele vai ser libe¬rado de qualquer modo, se mastigar¬mos devagar, o volume de comida que ingerimos será menor aos 20 minutos. Isto pode evitar que engordemos.

O excesso de refrigerantes é outro comportamento que engorda muito. Mesmo os diet e light. Eles contêm componentes que aumentam a fome após sua ingestão. O mesmo vale para o cafezinho, que abre o apetite, ainda mais quando servido com açúcar. O açúcar diluído num líquido é absorvi¬do de forma mais rápida, não precisa sofrer digestão. Soma-se o cafezinho ao açúcar e temos uma boa fórmula para ganhar peso. Três ou quatro xíca¬ras de café por dia pode ser saudável, contanto que seja sem açúcar.

Os problemas emocionais são ou¬tra causa da obesidade. Ansiedade e depressão, ambos podem fazer com que comamos mais. Nestes casos é importante ter um acompanhamen¬to psicológico e muitas vezes tomar medicamentos bem indicados.

Falando em medicamentos, os remédios para perda de peso são úteis para aqueles pacientes que não conseguem perder peso apesar de seguirem uma dieta saudável e rea¬lizarem atividade física. Eles devem ser prescritos por um profissional especialista, que entenda seu meca¬nismo de ação farmacológica, para evitar efeitos indesejáveis.

Vale lembrar que todas essas cau¬sas podem estar associadas.

Uma avaliação detalhada pelo en¬docrinologista permitirá descobrir a causa da obesidade e encontrar a fór¬mula para você perder e manter um peso adequado para seu organismo, prevenindo o desenvolvimento de doenças como pressão alta e diabetes.

Dra. Bibiana Prada de Camargo Colenci

Endrocrinologia - CRD 93718

Especialista pela Sociedade Brasileira de

Endocrinologia e Metabologia

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Revista Botucatu Especial

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Nefropatia Diabética (ND): A importância da dosagem da microalbuminúria


http://www.fleury.com.br/Clientes/SaudeDia/Artigos/Pages/NefropatiaDiab%C3%A9tica(ND)Aimport%C3%A2nciadadosagemdamicroalbumin%C3%BAria.aspx

Publicado em: 14/06/2007 Atualizado em: 01/01/2003

Autor: Dr. André Fernandes Reis

Introdução


O diabetes mellitus é uma das principais causas de insuficiência renal terminal em vários países. Apenas como exemplo, nos Estados Unidos, a ND (nefropatia diabética) representa a causa de cerca de 40% de novos casos de insuficiência renal terminal. Vários estudos demonstraram que o curso da ND pode ser alterado por meio da implementação de uma série de medidas. Destacam-se os estudos prospectivos de intervenção, DCCT e UKPDS, (considerados marcos na diabetologia) que confirmaram, de forma inequívoca, que a manutenção de um controle glicêmico adequado, aferido pela taxa de A1C (hemoglobina glicada) em valores o mais próximos do normal, é acompanhada de redução significativa do advento e da progressão das complicações microvasculares (ND, retinopatia e neuropatia) do diabetes. No estudo do UKPDS também ficou definido o papel do controle dos níveis pressóricos na proteção contra a ND.

História natural da ND

A ND apresenta-se em três estágios evolutivos: nefropatia incipiente ou fase de microalbuminúria, nefropatia clínica ou fase de macroalbuminúria e insuficiência renal terminal (uremia).

A evidência clínica mais precoce da ND é o surgimento de pequenas quantidades de albumina na urina, chamada de microalbuminúria. Os pacientes que apresentam microalbuminúria são considerados portadores de uma fase de nefropatia incipiente. Sem nenhuma intervenção, perto de 80% dos pacientes portadores de diabetes tipo 1 que apresentam microalbuminúria irão progredir de estágio para uma fase de nefropatia clínica, com macroalbuminúria (³ 300 mg/24 h ou ³ 200 mg/min) em um período de dez a 15 anos. Ainda sem nenhuma intervenção, a taxa de filtração glomerular vai decaindo (1,0 ml/min/mês) e a insuficiência renal terminal aparece em 50% dos pacientes em dez anos e em perto de 75%, em 20 anos.

Nos pacientes com diabetes tipo 2, vários indivíduos já apresentam microalbuminúria no momento do diagnóstico (provavelmente secundária ao período de evolução da doença sem o diagnóstico estabelecido). Em uma população de diabéticos tipo 2, a prevalência de microalbuminúria varia de 13 a 26%. Sem nenhuma intervenção, entre 20 a 40% dos diabéticos tipo 2 com microalbuminúria irão progredir para uma fase de macroproteinúria, sendo que após vinte anos do início desta nefropatia estabelecida, cerca de 20% progredirão para insuficiência renal terminal. Nos pacientes com diabetes tipo 2, o declínio da taxa de filtração glomerular é mais heterogêneo, podendo variar de 0,5 a 1,8 ml/min/mês.

Além de ser a mais precoce manifestação de ND, a microalbuminúria é um marcador estabelecido de risco cardiovascular e mortalidade, tanto em pacientes com diabetes tipo 1 quanto tipo 2.

Fatores de risco implicados no desenvolvimento e progressão de ND

Fatores genéticos e ambientais são implicados no desenvolvimento e evolução da ND. Do ponto de vista genético, observou-se agregação de nefropatia em estudos familiares. História familiar de nefropatia e mesmo de hipertensão arterial caracteriza aumento de risco para ND. Inúmeros polimorfismos têm sido estudados como possíveis moduladores da evolução da doença, no entanto, os resultados ainda são pouco reprodutíveis.

O papel dos fatores não genéticos, portanto potencialmente modificáveis, tem sido intensamente estudado. A modificação destes fatores reduz a incidência e retarda a evolução da doença em pacientes com ND já estabelecida. Desta forma é possível interferir na sua progressão.

Estes fatores incluem:

A - Hiperglicemia

B - Hipertensão arterial sistêmica

C - Dislipidemia

D - Tabagismo

E - Hiperfiltração glomerular

F - Ingestão protéica

A retinopatia, a neuropatia autonômica são associados a nefropatia (consequência do diabetes) , não apresentando efeito causal. A excreção urinária de albumina ao mesmo tempo que é marcadora da lesão renal, parece influenciar sua evolução. Entre estes fatores não genéticos, a hiperglicemia e a hipertensão arterial são considerados fatores de risco bem definidos.

Em face da comprovada existência de medidas terapêuticas eficazes e fatores ambientais (não genéticos) modificáveis que atuam na prevenção primária, secundária e terciária da ND, é altamente recomendado o correto diagnóstico e a adoção, o mais precoce possível, das estratégias para retardar a progressão da ND e aumentar a sobrevida dos pacientes diabéticos.

Teste para microalbuminúria

Segundo várias associações médicas como a ADA (American Diabetes Association) e a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), o teste para a presença de microalbuminúria deve ser feito em diabéticos tipo 1 após 5 anos do início da doença e em todos os diabéticos tipo 2 desde o momento do diagnóstico. Se o exame resultar normal, deve-se repeti-lo anualmente em todos os pacientes.

A excreção urinária de albumina pode ser expressa em relação ao tempo total de coleta da urina, geralmente 12 ou 24 horas, por minuto ou, ainda, em relação à excreção de creatinina, para amostras isoladas. Dessa forma, define-se microalbuminúria quando a excreção urinária de albumina está entre 30 e 300 mg/24 h, o que equivale ao intervalo entre 20 e 200 mg/min.

Vários fatores podem interferir no resultado, tais como hiperglicemia grave, exercício físico, infecção urinária, febre, hipertensão arterial grave, insuficiência cardíaca, menstruação, gestação, hipoglicemia. Existe também uma grande variação individual de um dia para outro na excreção urinária de albumina. No Fleury , o exame de microalbuminúria é feito pelo método imunonefelométrico, em amostra de urina de 12 horas, colhida à noite, de maneira a evitar as interferências ocasionadas por exercício físico. Por estas razões, recomenda-se que o diagnóstico de microalbuminúria (nefropatia diabética incipiente) seja estabelecido se o paciente apresentar, pelo menos,doisexames positivosem um período deno máximoseis meses.

A presença de infecção urinária deve ser descartada através da realização concomitante do exame de urina tipo 1. Além disto, a presença de hematúria com microalbuminúria pode sugerir nefropatia de outra etiologia que a diabética.

Tratamento e seguimento

Uma vez estabelecido o diagnóstico de ND incipiente (microalbuminúria), todas as medidas de proteção renal e vascular devem ser implementadas:controles da glicemia, da pressão arterial e dos níveis lipêmicos. A prescrição de drogas inibidoras da ECA, mesmo na ausência de hipertensão, é sugerida por alguns centros, especialmente como prevenção secundária (passagem de micro para macroalbuminúria). Recomenda-se, também, restrição relativa da ingestão protéica. Como é estabelecido, o aumento de morbidade e mortalidade cardiovascular associadas à ND deve-se adotar todas as medidas de proteção vascular nos pacientes, como por exemplo, o uso de aspirina em baixas doses.

O controle posterior da evolução da nefropatia é ainda controverso. Alguns advogam o controle esporádico da microalbuminúria para avaliar a evolução e eficácia do tratamento, com controles no mínimo a cada seis meses. A clínica Joslin, nos EUA, sugere exames semestrais, ou mesmo em períodos menores para julgamento da eficácia do tratamento e da evolução da doença.

Nos pacientes com ND é importante avaliar a função renal com dosagens de creatinina e urina tipo 1, no mínimo, anualmente. No caso de elevação abrupta da creatinina (de 0,8 mg/dL para 1,4 mg/dL em um ano, ou presença de hematúria) deve-se suspeitar de uma outra causa para a nefropatia. Da mesma forma, especialmente em diabéticos tipo 1, a presença de nefropatia sem retinopatia associada, sugere fortemente outra etiologia para a doença renal. Nos diabéticos tipo 2 esta concordância entre retinopatia e ND é menos evidente A avaliação da depuração de creatinina pode ser muito útil no acompanhamento de pacientes com perda da função renal. Estas avaliações são importantes na fase de nefropatia clínica estabelecida, quando a dosagem de proteinúria (macroproteinúria) em amostra de urina de 24 horas deve substituir a de microalbuminúria no acompanhamento dos pacientes.

Microalbuminúria:


Referências

1. Allen KV, Walker JD. Microalbuminuria and mortality in long duration type 1 diabetes. Diabetes Care 2003;26:2389-2391.

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