sábado, 26 de fevereiro de 2011

HC da Medicina Unesp de Botucatu realiza 19 transplantes renais em menos de dois meses


Em apenas um mês e meio, a angústia da espera por um rim terminou para 19 pessoas que passavam por tratamento no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (HCFMB). Entre o dia 1º de janeiro e 15 de fevereiro de 2011 foram 17 transplantes com doadores falecidos e dois com doador vivo.

A expectativa da equipe responsável pelo Serviço de Transplante Renal é realizar 20 transplantes até o final de fevereiro e chegar a 100 ainda neste ano. O máximo que havia sido possível até então eram oito transplantes em um mês. Todos os transplantados passam bem.

Com esse desempenho, o HCFMB se firma na terceira posição do ranking dos centros transplantadores do Estado de São Paulo, que considera somente os procedimentos com doadores falecidos. O hospital da FMB ficou na frente, por exemplo, do Hospital das Clínicas da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).

O Serviço de Transplante Renal do HCFMB já realizou, desde o início de seu funcionamento, há duas décadas, 537 transplantes. Desses, apenas 79 morreram com o rim funcionando e 26 faleceram com o órgão transplantado inoperante. A taxa de óbito foi de apenas 18%.

Ainda segundo as estatísticas da equipe, em média após 10 anos do transplante 60% dos pacientes continuam com o rim funcionando. “Esses números nos deixam bastante satisfeitos, pois conseguimos oferecer melhor qualidade de vida para os pacientes, embora eles tenham que continuar permanentemente sendo acompanhados por nós”, comenta Dra. Maria Fernanda Carvalho, coordenadora do Serviço de Transplante Renal do HCFMB.

Remédios para emagrecer só devem ser usados para tratar a obesidade

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Faculdade de Medicina do câmpus de Botucatu realiza transplante pioneiro de pâncreas e rim

Soa o telefone. E o paciente entra para a história

Faculdade de Medicina do câmpus de Botucatu realiza transplante pioneiro de pâncreas e rim

Por volta das 22 horas do dia 1o de outubro último, o telefone soou na residência do advogado Sérgio Botti, 41 anos. Começava, naquele instante, o fim de um longo sofrimento. Morador de Itapetininga, a 136 quilômetros de São Paulo, Botti é diabético desde criança e, em razão disso, acabou por desenvolver insuficiência renal crônica. Diariamente, ele submetia-se a diálises peritoniais, tomava injeções de insulina e urinava por meio de tubos ligados ao seu abdômen.

O telefonema daquele 1o de outubro partiu do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da UNESP, câmpus de Botucatu (FM), e informava que a espera por um doador de pâncreas e rim havia terminado. Começava, assim, a primeira cirurgia de transplante integrado de pâncreas e rim da história do Interior do Estado de São Paulo.

MORTE CEREBRAL

O Departamento de Cirurgia e Ortopedia da FM recebeu a notificação da Central de Transplantes de Ribeirão Preto. O doador, um bombeiro residente em Marília, acabara de ser vítima de um trauma e recebera diagnóstico de morte cerebral. Imediatamente, uma equipe do HC, coordenada por Alexandre Bakonyi, especialista em transplantes de órgãos e docente da Universidade, rumou para a cidade e, numa cirurgia que durou toda a madrugada, retirou o pâncreas e o rim do doador. No dia seguinte, de volta a Botucatu, já com os exames preliminares feitos no paciente, Bakonyi e equipe deram início ao transplante. Cerca de oito horas depois, Sérgio Botti entrava para a história da Medicina do Interior de São Paulo como o primeiro paciente a receber, ao mesmo tempo, pâncreas e rim.

"O paciente foi bem até o nono dia do pós-operatório", diz Bakonyi. "Mas sobreveio uma trombose e tivemos que remover o enxerto pancreático. Ele permanece com o rim transplantado e está fora de perigo, aguardando novo doador de pâncreas." De acordo com o cirurgião, esse tipo de complicação é previsível nesta modalidade de transplante. "A incidência de trombose, após transplantes pancreáticos, chega a 7% nas estatísticas mundiais, e mais de 90% dos pacientes apresentam episódios de rejeição nos primeiros três meses", complementa.

De qualquer forma, o transplante é, na opinião de Bakonyi, uma importante conquista não só da UNESP, mas de toda a população, principalmente do Interior, que sofre com a enorme espera de doadores. "É grande a demanda de pacientes diabéticos renais crônicos na região, e a espera por um órgão pode levar até três anos."
http://www.unesp.br/aci/jornal/161/medmetinfleit.htm

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Aprenda a diferenciar produtos light, diet e zero

Falta de informações nos rótulos de embalagens é o principal vilão dos produtos

Quando os alimentos light surgiram depois da febre dos diet, a confusão para os consumidores teve início. Nos últimos tempos, os chamados produtos zero passaram a atrapalhar ainda mais a população. A legislação brasileira até obriga que os rótulos das embalagens tragam todas as informações necessárias. A obrigatoriedade, no entanto, ainda não é suficiente para esclarecer as pessoas que chegam até as prateleiras dos supermercados preocupadas com a saúde. Nem todo mundo consegue decifrar as informações impressas na embalagem dos produtos industrializados, por exemplo. Sem a devida orientação, os consumidores sofrem para selecionar aquilo que considera mais adequado ao seu perfil.

"Pelos relatos que nós ouvimos dos pacientes, muitos ainda tem dificuldades em entender os rótulos. Eles não consideram as embalagens tão esclarecedoras", relata a nutricionista Karine Zortea. De acordo com a profissional, existe até um risco caso a pessoa engane-se em trocar um produto. "Um diabético pode trocar por engano um produto dietético por um light por achar que é a mesma coisa", diz.

Entenda os rótulos

Diet: Tem isenção de açúcar e/ou proteína e/ou gorduras. Normalmente é indicado para portadores de doenças metabólicas como diabetes. Alimentos diet podem ter valor calórico maior que aqueles que contêm açúcar e nem sempre são úteis para perda de peso.

Light: Possui redução de calorias ou açúcares ou gorduras ou sódio ou outro nutriente em relação ao produto original. É indicado para pessoas que desejam reduzir o teor de açúcares, gorduras ou sal na alimentação. Nem todo alimento light é próprio para perda de peso. A redução calórica em certos alimentos é muito pequena.

Zero: Promete isenção de açúcar com redução de calorias ou isenção de nutrientes em relação ao produto original. De modo geral as indicações são semelhantes aos dos alimentos light. Quando o alimento é zero por isenção de açúcares também pode ser consumido por diabéticos.

Cuidado com as embalagens

Os consumidores devem estar muito atentos para não tomarem como referência o número de calorias exibido nas embalagens de alimentos. Segundo especialistas, as informações contidas nos rótulos podem estar até 25% acima do total de energia realmente fornecida pelo produto. A notícia é até animadora para quem vive lutando contra a balança, mas o sistema de contagem de calorias utilizado como referência atualmente é ultrapassado e também pouco eficaz.

Karine explica também uma outra pegadinha que estamos sujeitos a esbarrar nas hora das compras: "O alimento diet isento de açúcar pode ser ao mesmo tempo rico em gorduras. Para quem quer perder peso, por exemplo, o recomendável é buscar um alimento light".

Em outro exemplo, no caso de refrigerantes, os produtos diet, light e zero não contêm açúcar e apresentam nenhuma ou menos que 4 kcal por 100 ml. A mudança da terminologia não implica em diferenças nutricionais significativas e a diferença entre os produtos está no tipo e quantidade de adoçantes utilizados.

Nos refrigerantes a base de cola, uma lata de 350 ml, nas versões diet, light e zero, apresenta zero kcal (calorias) e zero grama de açúcar. Já a versão comum possui 148 kcal e 37g de açúcar.

O importante é que o consumidor compreenda as diferenças nas nomenclaturas utilizadas na rotulagem dos alimentos é um direito do consumidor e mais uma ferramenta para escolhas corretas e saudáveis, mas na hora de comprar evite se impressionar com os termos em destaque. Leia a embalagem, verifique as informações nutricionais e compare os produtos.

Farmácias e Drogarias Credenciadas no Aqui Tem Farmácia Popular

Estabelecimentos no Estado de São Paulo

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Novo medicamento contra diabetes recupera funções do pâncreas

O Brasil está participando de um estudo que, se comprovada a eficácia, pode mudar a vida dos diabéticos. Centros de pesquisa de diferentes países testam uma nova geração de uma classe de medicamentos que pode reduzir a quantidade de medicação utilizada por pacientes com diabetes tipo 2 e ainda recuperar parte do funcionamento do pâncreas. Os novos remédios devem chegar ao mercado dentro de um ano.
Produzidas por indústrias americanas, suíças e japonesas, as novas medicações estão sendo consideradas como a terceira geração de drogas já conhecidas de quem tem a doença. As incretinas são hormônios gastrointestinais existentes no organismo, que desaparecem quando a pessoa desenvolve diabetes do tipo 2. Os diabéticos tomam essa classe de medicamentos para aumentar a quantidade de insulina no organismo e produzir saciedade.

Hoje, no mercado, existem dois tipos de incretinas sintetizadas, as orais e as injetáveis. Elas fazem parte da primeira geração dos medicamentos, que precisam ser tomados diariamente. As novas pesquisas testam a terceira geração desses remédios, feitas para serem tomadas (ou injetadas) apenas uma vez por semana. A segunda geração não produziu os efeitos esperados pelos cientistas.

São medicações sofisticadas, de ação prolongada e com menos efeitos colaterais, garante o endocrinologista João Lindolfo Borges, um dos pesquisadores envolvidos no estudo. Borges faz parte do Centro de Pesquisa Clínica do Brasil, instituto privado vinculado à Universidade Católica de Brasília (UCB). Para ele, as vantagens do remédio são inúmeras, inclusive na melhoria na produção de insulina.

Excesso de peso

Segundo o médico, essa é a única classe de remédios contra o diabetes – a doença não tem cura – capaz de reverter a perda do funcionamento do pâncreas, que entra em falência por causa da doença. Borges explica ainda que as incretinas sintetizadas em laboratório atuam no sistema nervoso central inibindo a fome mais rápido e retardando o esvaziamento do estômago. Isso significa que os pacientes demoram mais a comer.

Isso é importante porque 90% dos pacientes com diabetes tipo 2 têm excesso de peso. Se ele perde peso, outros benefícios são adquiridos. Por exemplo, a pressão melhora, a taxa de triglicerídeos também, afirma o pesquisador. A estimativa da Organização Mundial de Saúde (OMS) é que 250 milhões de pessoas em todo o mundo tenham diabetes e que 30% delas não saibam da doença.

No Brasil, dados do Ministério da Saúde mostram que 7,5 milhões de brasileiros com mais de 18 anos têm a doença diagnosticada. Desse total, 90% são pacientes com diabetes tipo 2. O professor da UCB lembra que, mesmo com os medicamentos, os pacientes precisam lembrar que manter a dieta alimentar e praticar exercícios são essenciais para o tratamento da doença.

Pesquisas constantes

No Centro de Pesquisa Clínica do Brasil, Borges desenvolve outros estudos com medicamentos já utilizados para tratar o diabetes. Um deles deve ser apresentado em junho no Congresso Americano de Diabetes, nos Estados Unidos. Há algum tempo pesquisadores alertaram para o perigo de uma droga comumente utilizada no tratamento do diabetes, as glitazonas.

Segundo esses estudos, elas aumentariam a incidência de doença cardiovascular e osteoporose os pacientes que a ingerem. A pesquisa Borges mostra como as glitazonas provocam a perda óssea nas pessoas que a utilizam. No estudo feito por ele, não houve aumento de casos de doença cardiovascular.

Ele explica que o precursor que produz as células dos ossos é o mesmo das células adiposas. Com a glitazona, esse processo pode sofrer intervenção e ser invertido, fazendo o corpo produzir mais gordura e menos osso. O médico conta que o remédio deve ser retirado do mercado em breve.

Testes em humanos

Como qualquer avaliação de medicamentos em seres humanos, a utilização desta nova geração de incretinas em brasileiros teve de ser aprovada pelo Conselho de Ética da universidade, pelo Conselho Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Os pacientes que participam da pesquisa recebem todo o tratamento gratuitamente.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Formiguinhas subindo no vaso sanitário devido a presença de açúcar na urina-Sintomas de diabetes.

Quais são os sintomas do diabetes?

Se a doença estiver no início, o paciente pode não perceber quaisquer sintomas que chamem a sua atenção. De fato, por ser uma doença relativamente assintomática no seu início, estima-se que cerca de 50% dos diabéticos não saibam do diagnóstico. Ou seja: metade dos diabéticos não sabe que tem diabetes!

Por isso é importante a avaliação médica e a dosagem da glicemia no sangue em pessoas com alto risco para desenvolver diabetes ou que apresentem quaisquer sintomas compatíveis com diabetes.
Em pessoas com doença mais avançada ou com glicemia mais alta, alguns sintomas muito sugestivos de diabetes são:

- vontade de urinar a toda hora, com grande quantidade de urina;
- formigas subindo no vaso sanitário, devido à presença de açúcar na urina;
- sede em excesso; - fome exagerada;
- perda de peso sem motivo aparente, apesar de estar comendo até mais que o normal;
- “borramento” da visão;
- fraqueza intensa, mal-estar, desânimo;
- “formigamentos” nas mãos e nos pés;
- feridas que demoram a cicatrizar ou não cicatrizam.

Que pessoas apresentam risco alto de apresentar diabetes?

Algumas pessoas possuem características que aumentam muito a sua chance de apresentar diabetes. As principais dessas características são as seguintes:

- excesso de peso ou obesidade;
- história familiar de diabetes (ou seja, parentes de primeiro grau – pais, irmãos ou filhos – que também possuem a doença);
- história de ter tido diabetes durante a gravidez (diabetes gestacional);
- história de macrossomia fetal (ou seja, ter dado à luz filhos pesando mais de 4 Kg), ou abortos de repetição;
- história de glicemias alteradas no passado;
- sedentarismo; - idade acima dos 45 anos;
- pressão alta;
- triglicérides altos ou HDL-colesterol (“bom colesterol”) baixo;
- doença coronariana (infarto do miocárdio, angina);
- uso de medicações que podem aumentar a glicemia.

O que fazer na presença de sintomas sugestivos ou fatores de risco para diabetes? Essas pessoas devem ser avaliadas por um médico e testadas para a presença de diabetes, através da dosagem da glicose no sangue (glicemia).

Existem 3 formas de avaliar a glicemia de um paciente:

a) Dosagem de glicemia de jejum – é a forma mais simples, prática e barata de diagnosticar o diabetes. Deve ser colhida amostra de sangue pela manhã, após um jejum de 8 a 12 horas.
b) Dosagem de glicemia casual – é a determinação da glicemia em amostra de sangue colhida em qualquer horário do dia, independente da pessoa estar em jejum ou não. Útil em casos de pessoas com sintomas muito evidentes e sugestivos de diabetes.
c) Teste de Sobrecarga de Glicose – indicado em pacientes com glicemia de jejum pouco alterada, ainda não atingindo o nível para diagnóstico de diabetes, ou em pacientes de risco muito elevado para diabetes com glicemia de jejum normal.Colhe-se uma amostra de sangue (geralmente em jejum), então o paciente ingere 75g de glicose dissolvida em água e colhe uma nova glicemia após 2 horas.

Quais os valores normais de glicose no sangue?

Atualmente, consideram-se normais os valores de glicemia:
a) menores que 100 mg/dL em jejum;
b) menores que 140 mg/dL após teste de sobrecarga com glicose.

Cuidado! Muitos laboratórios clínicos no Brasil ainda colocam o limite de 110mg/dL como "Valor normal", ou "Valor de Referência" para a glicemia de jejum. De fato, a glicemia de jejum foi considerada normal até 110mg/dL por muitos anos, mas isso mudou em 2004, quando a Associação Americana de Diabetes, baseada nos resultados de vários pesquisas novas, estabeleceu que o valor da glicemia de jejum não deve passar de 100mg/dL para ser considerada normal. Por isso, hoje em dia se considera normal apenas a glicemia de jejum menor que 100mg/dL.

Quais os valores de glicemia necessários para fazer o diagnóstico de diabetes?

O diabetes mellitus é diagnosticado quando se encontra:

a) glicemia de jejum maior ou igual a 126 mg/dL, em pelo menos 2 medidas em dias diferentes;
b) glicemia casual maior que 200 mg/dL, na presença de sintomas sugestivos de diabetes;
c) glicemia após teste de sobrecarga com glicose 75g maior que 200 mg/dL.

Valores intermediários entre o normal e o diabetes fazem o diagnóstico de pré-diabetes, que inclui a tolerância diminuída à glicose (glicemia pós-sobrecarga entre 140 e 200 mg/dL) e a glicemia de jejum alterada (glicemias de jejum repetidamente maiores que 100 e menores que 126 mg/dL).

Outros testes, como a glicemia capilar (medida em sangue da ponta do dedo, através de aparelhos chamados glicosímetros) e a detecção de glicose na urina (chamada glicosúria) em geral não servem para diagnóstico de diabetes, e devem ser preferencialmente confirmados pela dosagem de glicemia no sangue (glicemia).

Se algumas pessoas têm diabetes mas não sentem nada, então porque precisam de tratamento?

Todos os tipos de diabetes podem produzir complicações sérias com o passar do tempo, incluindo: cegueira, doenças do coração (infarto), obstrução (entupimento) dos vasos sangüíneos (principalmente nas pernas e pés) e perda de função dos rins. Algumas vezes, o comprometimento da circulação sangüínea chega a ser tão grave que exige a amputação de membros. Além disso, o paciente com diabetes do tipo 1 pode passar por situações graves, em que níveis muito altos ou muito baixos de glicemia podem ameaçar a sua vida. 

Por isso, todos os indivíduos portadores de diabetes devem fazer um cuidadoso acompanhamento médico e participar ativamente do seu tratamento, com o objetivo de manter sua glicemia a mais próxima do normal possível, pois assim se evitam muitas das complicações da doença. Existem endocrinologistas especializados no tratamento de diabetes, que podem avaliar e tratar pessoas diabéticas da melhor forma possível. Em muitos casos, o paciente diabético também vai precisar da ajuda de outros profissionais, como, por exemplo: médicos oftalmologistas (que vão avaliar o acometimento dos olhos pelo diabetes), nutricionistas (que vão orientar a maneira correta do diabético alimentar-se), psicólogos e enfermeiras.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Medicamentos serão oferecidos gratuitamente a partir de 14 de fevereiro

É necessária apresentação de receita médica em farmácia conveniada.

Do G1, em Brasília

A presidente da República, Dilma Rousseff, e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciaram nesta quinta-feira (3) que, a partir do próximo dia 14, serão gratuitos os medicamentos para diabetes e hipertensão oferecidos pelo programa Aqui Tem Farmácia Popular (confira aqui a lista ). Para se adquirir o medicamento gratuito pelo programa, é necessária a apresentação de receita médica. Desde 2004, o programa Farmácia Popular oferece descontos de até 90% para 108 tipos de medicamentos. A diferença é que, a partir do dia 14, os medicamentos para diabetes e hipertensão do programa passam a ser gratuitos. Segundo o Ministério da Saúde, para se ter acesso aos remédios gratuitos, é preciso apresentar, em uma farmácia conveniada, o CPF, um documento com foto e a receita médica, seja de médico da rede pública, seja de médico particular. Não há, de acordo com o ministério, uma lista específica de medicamentos que podem ser retirados de graça nas farmácias. O paciente precisa verificar se a drogaria fornece o remédio prescrito pelo médico. O atendimento dependerá da disponibilidade do medicamento na farmácia. De acordo com dados do governo, cerca de 33 milhões de pessoas no Brasil sofrem de hipertensão e outras 7,5 milhões, de diabetes. O Ministério da Saúde informou ainda que fraldas geriátricas também foram incluídas no programa Farmácia Popular, mas não serão gratuitas. Promessa de campanha A gratuidade de medicamentos foi uma das promessas de campanha de Dilma durante a campanha eleitoral. Em seu primeiro evento público no Palácio do Planalto após a posse, em 1º de janeiro, a presidente afirmou que inaugurar a gratuidade de medicamentos seria uma das expressões de seu compromisso em erradicar a pobreza. "Não há diferença entre ricos e pobres no que se refere àqueles que precisam do medicamento. Vamos concentrar nosso esforço para impedir que o ônus da diferença da renda coloque em risco os portadores de doenças para as quais a medicina já tem tratamento.Talvez seja na saúde que a diferença de renda tenha a expressão mais perversa", disse a presidente. A presidente lembrou o compromisso assumido na campanha e afirmou que o anúncio da oferta gratuita de medicamentos para hipertensão e diabetes foi um "bom começo" para o seu governo. "Eu tenho a satisfação de honrar esse compromisso que assumi. Essas duas doenças prejudicam cada vez mais a saúde de homens e mulheres em nosso país. Por isso, durante a campanha e neste primeiro mês de governo, decidi que é dever do estado proporcionar a todos o acesso a medicamentos", declarou Dilma. Ela fez ainda um balanço do primeiro mês de governo. "Acho que o primeiro mês foi de muito trabalho e acredito que é um indicativo da quantidade de trabalho que tenho nos próximos [meses]". O programa Atualmente, o governo arca com 90% do custo dos 24 tipos de medicamentos que fazem parte do programa Farmácia Popular. De acordo com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, no caso dos medicamentos de hipertensão e diabetes, foi feito um acordo para que a indústria farmacêutica reduzisse as margens de lucro, a fim de permitir a gratuidade. Em todo o Brasil, segundo o governo, 15 mil estabelecimentos fazem parte do programa de farmácias populares. Por mês, o programa atende 1,3 milhão de pessoas, dos quais cerca de 660 mil hipertensos e 300 mil diabéticos. O orçamento do programa é de R$ 470 milhões por ano. Além de pacientes com hipertensão e diabetes, o programa oferece remédios para o tratamento de asma, rinite, mal de Parkinson, osteoporose e glaucoma. Auditoria No início da cerimônia, o ministro da Saúde afirmou que o governo também está investindo em controle e auditoria do programa para evitar fraudes. Além disso, disse que um grupo técnico vai acompanhar a implantação da nova fase. O controle dos medicamento fornecidos pelas farmácias populares é feito por meio da receita médica.