terça-feira, 22 de março de 2011

O diabético pode comer ovos de Páscoa?

Poucos resistem a um chocolate. Muito menos na época da Páscoa, quando é impossível entrar em um supermercado e não se deparar com verdadeiras “tendas” decoradas com os tradicionais ovos de chocolate dos mais diversos tipos, em embalagens de apelo visual tentador. O que fazer quando se tem diabetes e a vontade de se deliciar com os presentes do coelhinho bate à porta?

Segundo o cirurgião vascular Jackson Caiafa, diretor-presidente do Centro Integrado de Diabetes, o chocolate é um alimento que desperta sensação de bem-estar porque atua diretamente no cérebro, é energético e, de quebra, pesquisas mais recentes mostram que faz bem ao coração porque contêm antioxidantes provenientes da semente do cacau. Alguns estudos indicam também que a gordura do chocolate não eleva o colesterol. Ele explica que todos esses benefícios não tornam seu consumo liberado no que se refere às quantidades: precisamos pensar em seu valor calórico. A nutricionista do CID, Carla Marques, explica que o ideal é limitar o consumo a 30 gramas por dia. Para se ter uma noção do que isso significa um Bis, por exemplo, tem 7,5g; um bombom Alpino tem 15g. Cada 30 gramas de chocolate ao leite têm em média 170 Kcal e um bombom Sonho de Valsa, que pesa 24 gramas, tem 114 Kcal. “Quem tem diabetes não precisa restringir-se ao chocolate dietético. Para consumir o chocolate normal, é preciso apenas ter controle da quantidade de carboidratos diária. O chocolate ao leite de 30 gramas de peso tem em média 15 gramas de carboidratos (veja abaixo alguns exemplos de chocolate que contêm essa quantidade de carboidratos)” diz Caiafa.

Se o chocolate for recheado, porém, esse cálculo é diferente. É o caso de um chokito, que tem 32 gramas, mas contêm 24g de carboidratos. Além de calcular a ingestão de carboidratos, o portador de diabetes pode procurar amenizar os efeitos do chocolate sobre a glicemia consumindo o produto após a refeição, em substituição a uma sobremesa. A presença de outros nutrientes, inclusive fibras, faz com que a absorção não seja tão imediata, diminuindo a possibilidade de uma hiperglicemia. Por isso, é aconselhável ingerir o chocolate associado a uma fonte de fibra, uma fruta, por exemplo. Se preferir, a dica é derreter o chocolate ao leite e molhar nele morangos, damascos, pedaços de maçã. Espera-se esfriar e pronto. A sobremesa é apetitosa e tem menor quantidade de chocolate.

Mas, atenção, os especialistas alertam: não vale exagerar para não extrapolar no carboidrato da fruta. Se optar pelo chocolate apenas, o cálculo deve ser o de que 15g de carboidrato desse alimento podem substituir um pequeno pedaço de fruta, uma xícara de leite, uma fatia de pão ou 1/2 xícara de cereais. Vale ressaltar que se houver exagero pode-se compensar ingerindo mais fibras - que são carboidratos complexos -, líquidos não calóricos e sem glicose, como os chás, principalmente o verde que tem antioxidantes.

O chocolate amargo é o mais rico em antioxidantes porque tem mais massa de cacau e menos manteiga de cacau; o chocolate ao leite, como recebe leite em pó na massa, tem mais proteínas e cálcio, e o branco não traz muitos benefícios, já que é praticamente composto de manteiga de cacau.

Outro cuidado indispensável é promover o ajuste na dose de insulina de acordo com a proporção de carboidrato ou conforme recomendação médica.

Serviço:

CID – Centro Integrado de Diabetes do Rio Janeiro
Av. Nossa Senhora de Copacabana, 73 – 1º ao 4º andar – Copacabana
Tel.: (81) 3873-7950

segunda-feira, 7 de março de 2011

Comida japonesa para diabéticos

A comida japonesa está muito na moda. Você pode degustar pratos japoneses e manter sua glicemia sob controle. Basta planejar e escolher com sabedoria.

Escolha alimentos com alto teor de fibras e baixo teor de gorduras, como feijões, ervilhas, vegetais verde-escuros como brócolis, repolho e espinafre. Quanto às saladas, escolha aquela que contém feijão verde ou pratos com três-feijões, salada de tofu, salada de galinha chinesa ou pasta de salada misturada com vegetais. Escolha alimentos integrais como arroz marrom, pão integral ou macarrão integral.

Quando comer comida japonesa, escolha entre macarrão ou arroz. Nunca os dois, pois assim você limita a ingestão de carboidratos. Escolha temperos que são leves em salada, queijo ou molho desnatado. Se você puder, faça o seu próprio molho, use um pouco de azeite e vinagre. Tente evitar os molhos a base de shoyu, pois contém açúcar, mesmo a versão light. Se você gosta de maionese, experimente um produto light. Todos se beneficiam ao comer estes alimentos, não apenas as pessoas com diabetes.

Os vegetais e sementes devem preencher a maior parte do seu prato. Escolha pequenas porções de carne magra, aves ou peixes. Prefira frango grelhado sem pele e diminua as frituras como o tempura.

Diga não a:
  1. Tempura
  2. Tokatsu ( porco frito)
  3. Torikatsu (frango frito)
  4. Mochi na manteiga

 Prefira:
  1. Sopa missô *
  2. Pratos com teriyaki
  3. Pratos com yakitori *
  4. Somen *
  5. Soba
  6. Sushi *
  7. Sukiyaki
*alerta: estes pratos são ricos em sal, evitar em hipertensos.

È difícil calcular a quantidade de carboidratos num sushi. Eles contêm arroz, alga marinha, vinagre e peixe ou vegetais. O arroz japonês contém mais carboidratos que o arroz tradicional. O vinagre não contém carboidrato, mas o knori contém por volta de 10- 15 gramas de carboidrato por rolo. A tabela abaixo dá uma idéia da quantidade de carboidratos por rolo de sushi.

Conjunto de 6 sushis 1
1 site http://www.sushifaq.com/
2. fibras calculadas através de informações do USDA Nutricional Database

E para sobremesa?

Preferir as frutas frescas como bananas, uvas e laranjas. As frutas são excelentes fontes de fibras e minerais e com zero de gorduras. Todos nós, inclusive pessoas com diabetes deveríamos ingerir 3-4 porções de frutas por dia. Tortas, bolos, doces industrializados e biscoitos são ricos em gorduras e colesterol. Se você não pode resistir, ao menos ingira pequenas porções.

Quanto aos líquidos, opte por água e chás sem açúcar. Adicione um pouco de limão para dar sabor. Se ingerir bebidas alcoólicas, limite sua ingesta a uma dose por dia se for mulher ou duas doses se for homem. Beba somente com comida.

Planejando sua alimentação, você pode terá um bom controle glicêmico, sem abrir mão do que gosta.

Resumindo:

1. Planeje sua alimentação
2. Aumente sua ingesta de vegetais
3. Escolha alimentos com alto teor de fibras e baixo teor de gordura
4. Diminua o sal
5. Escolha sabiamente a sobremesa
6. Limite a ingesta de álcool e não ingira bebidas adocicadas
7. Faça a automonitorização da glicemia para saber se a quantidade do alimento esta adequada para seu organismo

Planejando com antecedência sua alimentação, você consegue manter sua glicemia sob controle. Se precisar de mais ajuda para preparar seu prato, peça auxílio ao seu endocrinologista ou nutricionista.

Outras dicas para manter sua glicemia estável são aprender sobre as porções, ou seja a quantidade de alimento que você pode ingerir. Também alimentar-se na hora correta e não ficar beliscando fora do horário ajuda a você controlar seu diabetes. Por ultimo, é interessante aprender a fazer a contagem de carboidratos, que auxilia você a acertar a exata dose de insulina ou a não engordar desnecessariamente.

Adaptado de: Castleheath.com, DECP
Tradução e adaptação:
Dra Bibiana Prada de Camargo Colenci
Endocrinologia e Diabetes
Mestre em Edocrinologia
CRM 93718

CALENDÁRIO 2011- ABAD

CALENDÁRIO DE MESA 2011

domingo, 6 de março de 2011

A criança E o Diabetes Mellitus

Você já ouviu falar em criança com diabetes?´

É comum ouvirmos que um amigo ou parente adulto apresenta diabetes. Porém, o diabetes pode acometer crianças desde o nascimento, até a fase de adulto jovem. Neste caso estamos falando do Diabetes Mellitus tipo 1 (DM1). Esta é uma situação diferente do diabetes do adulto (que se chama Diabetes tipo 2), pois aparece de forma repentina e inesperada. Geralmente é desencadeado após uma gripe, e há dois picos de aparecimento: por volta dos 7 anos e no final de puberdade. Interessante notar que no outono há maior concentração de diagnóstico, talvez por haver mais episódios gripais neste momento.

No DM1 há ausência de produção de insulina pelo pâncreas e, portanto, deve ser tratado com a reposição de insulina, por via subcutânea.

Porque nunca ouvi falar?

Há pessoas que nunca ouviram falar em DM1. Isto porque a incidência de diabetes tipo 1 é bem menor que a do diabetes tipo 2. Apenas 7,5% das pessoas que tem diabetes, têm o tipo 1.

Quais os cuidados deve-se ter?

Inicialmente, os cuidados são com os pais. Eles devem ser orientados quanto à causa do Diabetes e, sobretudo, conscientizar de que não havia como prevenir seu aparecimento.

Uma vez retirado este peso dos pais, estes devem se informar profundamente em relação ao DM1, para transmitirem as informações de forma correta e segura para seus filhos. Quando os pais têm conhecimento e segurança sobre o Diabetes, a criança sente-se mais confiante e segue melhor o tratamento.

Outro cuidado é a realização da auto-monitoprização da glicemia, que é o exame do dedinho para medir a taxa de açúcar. Esta aferição é importante porque a taxa de açúcar do nosso sangue varia continuamente. Quando medimos esta taxa, entendemos o que está acontecendo, e melhoramos nosso controle. Vale lembrar que a taxa de açúcar alta ou baixa não traz sintomas até estar muito alta ou muito baixa. Assim, pequenas oscilações no açúcar que fazem mal à criança podem passar despercebidas se não fizermos este controle. A auto-monitorização proporciona melhor controle glicêmico e evita os picos (hiperglicemia) e vales (hipoglicemia).

Não há porque ter preconceito: o DM1 não se passa e não se pega com o amiguinho da escola.

Falando em escola, o diretor, o professor e demais profissionais que estarão perto da criança devem saber de sua condição. Eles devem ser orientados sobre o que fazer no caso da criança não se sentir bem.

Como é o tratamento?

O tratamento é feito com reposição de insulina subcutânea (para ser aplicada na gordura). Embora existam trabalhos com outras vias de administração de insulina, comercialmente apenas dispomos de insulina subcutânea. A boa noticia é que temos dispositivos mais modernos para aplicar insulina, como canetas e bombas de insulinas. As agulhas das canetas são menores e doem menos que as agulhas de seringas.

Hoje em dia sabemos que para se ter um bom controle, devemos fazer várias aplicações de insulina por dia, em pequeninas doses. Mas isso varia de criança a criança. Algumas usam 2 doses por dias, a maioria necessita de 5-6 doses. Fazemos isso para simular a liberação de insulina de uma pessoa não-diabética, onde o pâncreas libera insulina ao longo do dia, variando a dose conforme a alimentação.

Como deve ser a alimentação?

A criança deve ser alimentar de forma mais saudável possível. Não deve ingerir alimentos que contenham açúcares (os carboidratos), como o próprio açúcar e doces. Os alimentos que viram açúcar no nosso corpo como pão, arroz, bolachas, massas também devem ser consumidos com moderação. Aliás, esta é a receita de alimentação saudável. Até quem não tem diabetes deveria segui-la, pois evita o DM2 e o ganho de peso.

Dispomos de um cálculo chamado Contagem de Carboidrato. Com este calculo podemos prever o quanto de insulina devemos aplicar para cada tipo de alimentação. O controle do diabetes torna-se mais preciso, evitando hipo ou hiperglicemia. O endocrinologista pode orientar sobre a necessidade de contagem de carboidratos.

O que é bomba de insulina?


A bomba de insulina é um dispositivo moderno para tratamento de diabetes no indivíduo usuário de insulina. Portanto, tanto crianças quanto adultos com DM2 que usam insulina podem se beneficiar deste dispositivo.

Ele tem uma cânula que é trocada a cada 3 dias. Ela envia insulina para o corpo da pessoa de forma contínua, lenta e em pequeninas doses, simulando uma situação de não-diabetes. Deste modo, o indivíduo não precisa ficar aplicando insulina com agulha ao longo do dia.

A bomba não é automática. Por isso, há necessidade dos pais, e com o tempo, a própria criança, aprenderem a manusear a bomba. Programamos a quantidade de insulina que ela enviará para seu corpo ao longo de 24 horas. Para calcular a dose das alimentações usamos a contagem de carboidrato, enviando a dose necessária para aquela refeição específica.

Portanto, antes de iniciar o uso da bomba de insulina, os pais e a criança devem saber calcular os carboidratos. Novamente, o endocrinologista avalia se a pessoa esta capacitada a usar a bomba de insulina.

A criança com Diabetes terá uma vida normal?

Completamente. Ela poderá fazer de tudo. Poderá se tornar um adulto saudável, produtivo e inserido na sociedade.

Para isso é preciso que a família, junto com o endocrinologista e a sociedade em geral entendam que esta é uma situação passível de controle, e que a criança não apresenta limitações. Ela apenas tem que seguir algumas regras como ter cuidado com a alimentação, fazer esportes, aplicar insulina e auto-monitorizar a glicemia.

Mas afinal, de uma forma ou de outra, todos nós seguimos regras, não é mesmo?

Dra Bibiana Prada de Camargo Colenci
Endocrinologia e Diabetes
Mestre em Edocrinologia
CRM 93718

SINTOMAS DE DIABETES MELLITUS NA CRIANÇA

CLIQUE NA IMAGEM PARA AUMENTAR


Dra Bibiana Prada de Camargo Colenci

Endocrinologia e Diabetes
Mestre em Edocrinologia
CRM 93718

Aula sobre refrigerantes

Na verdade, a fórmula ‘secreta’ da Coca-Cola se desvenda em 18 segundos em qualquer espectrômetro-ótico, e basicamente até os cachorros a conhecem. Só que não dá para fabricar igual, a não ser que você tenha uns 10 bilhões de dólares para brigar com a Coca-Cola na justiça, porque eles vão cair matando.

A fórmula da Pepsi tem uma diferença básica da Coca-Cola e é proposital exatamente para evitar processo judicial. Não é diferente porque não conseguiram fazer igual não, é de propósito, mas próximo o suficiente para atrair o consumidor da Coca-Cola que quer um gostinho diferente com menos sal e açúcar.

Entre outras coisas, fui eu quem teve que aprender tudo sobre refrigerante gaseificado para produzir o guaraná Golly aqui (nos EUA), que usa o concentrado Brahma. Está no mercado até hoje, mas falhou terrivelmente em estratégia promocional e vende só para o mercado local, tudo isso devido à cabeça dura de alguns diretores.

Tive que aprender química, entender tudo sobre componentes de refrigerantes, conservantes, sais, ácidos, cafeína, enlatamento, produção de label de lata, permissões, aprovações e muito etc. e tal. Montei um mini-laboratório de análise de produto, equipamento até para analisar quantidade de sólidos, etc. Até desenvolvi programas para PC para cálculo da fórmula com base nos volumes e tipo de envasamento (plástico ou alumínio), pois isso muda os valores e o sabor. Tivemos até equipe de competição em stock-car.

Tire a imensa quantidade de sal que a Coca-Cola usa (50mg de sódio na lata) e você verá que a Coca-Cola fica igualzinha a qualquer outro refrigerante sem-vergonha e porcaria, adocicado e enjoado. É exatamente o Cloreto de Sódio em exagero (que eles dizem ser ‘ very low sodium’) que refresca e ao mesmo tempo dá sede em dobro, pedindo outro refrigerante, e não enjoa porque o tal sal mata literalmente a sensibilidade ao doce, que também tem de montão: 39 gramas de ‘açúcar’ (sacarose).

É ridículo, dos 350 gramas de produto líquido, mais de 10% é açúcar. Imagine numa lata de Coca-Cola, mais de 1 centímetro e meio da lata é açúcar puro… Isso dá aproximadamente umas 3 colheres de sopa CHEIAS DE AÇÚCAR POR LATA !…

Fórmula da Coca-Cola?…

Simples: Concentrado de Açúcar queimado – Caramelo – para dar cor escura e gosto; ácido ortofosfórico (azedinho); sacarose – açúcar (HFCS – High Fructose Corn Syrup – açúcar líquido da frutose do milho); extrato da folha da planta COCA (África e Índia) e poucos outros aromatizantes naturais de outras plantas, cafeína, e conservante que pode ser Benzoato de Sódio ou Benzoato de Potássio, Dióxido de carbono de montão para fritar a língua quando você a toma e junto com o sal dar a sensação de refrigeração.

O uso de ácido ortofosfórico e não o ácido cítrico como todos os outros usam, é para dar a sensação de dentes e boca limpa ao beber, o fosfórico literalmente frita tudo e em quantidade pode até causar decapamento do esmalte dos dentes, coisa que o cítrico ataca com muito menor violência, pois o artofosfórico ‘chupa’ todo o cálcio do organismo, podendo causar até osteoporose, sem contar o comprometimento na formação dos ossos e dentes das crianças em idade de formação óssea, dos 2 aos 14 anos. Tente comprar ácido fosfórico para ver as mil recomendações de segurança e manuseio (queima o cristalino do olho, queima a pele, etc.).

Só como informação geral, é proibido usar ácido fosfórico em qualquer outro refrigerante, só a Coca-Cola tem permissão… (claro, se tirar, a Coca-Cola ficará com gosto de sabão).

O extrato da coca e outras folhas quase não mudam nada no sabor, é mais efeito cosmético e mercadológico, assim como o guaraná, você não sente o gosto dele, nem cheiro, (o verdadeiro guaraná tem gosto amargo) ele está lá até porque legalmente tem que estar (questão de registro comercial), mas se tirar você nem nota diferença no gosto.

O gosto é dado basicamente pelas quantidades diferentes de açúcar, açúcar queimado, sais, ácidos e conservantes. Tem uma empresa química aqui em Bartow, sul de Orlando. Já visitei os caras inúmeras vezes e eles basicamente produzem aromatizantes e essências para sucos. Sais concentrados e essências o dia inteiro, caminhão atrás de caminhão! Eles produzem isso para fábricas de sorvete, refrigerantes, sucos, enlatados, até comida colorida e aromatizada.

Visitando a fábrica, pedi para ver o depósito de concentrados das frutas, que deveria ser imenso, cheio de reservatórios imensos de laranja, abacaxi, morango, e tantos outros (comentei). O sujeito olhou para mim, deu uma risadinha e me levou para visitar os depósitos imensos de corantes e mais de 50 tipos de componentes químicos. O refrigerante de laranja, o que menos tem é laranja; morango, até os gominhos que ficam em suspensão são feitos de goma (uma liga química que envolve um semipolímero). Abacaxi é um festival de ácidos e mais goma. Essência para sorvete de Abacate? Usam até peróxido de hidrogênio (água oxigenada) para dar aquela sensação de arrasto espumoso no céu da boca ao comer, típico do abacate.

O segundo refrigerante mais vendido aqui nos Estados Unidos é o Dr. Pepper, o mais antigo de todos, mais antigo que a própria Coca-Cola. Esse refrigerante era vendido obviamente sem refrigeração e sem gaseificação em mil oitocentos e pedrada, em garrafinhas com rolha como medicamento, nas carroças ambulantes que você vê em filmes do velho oeste americano. Além de tirar dor de barriga e unha encravada, também tirava mancha de ferrugem de cortina, além de ajudar a renovar a graxa dos eixos das carroças. Para quem não sabe, Dr. Pepper tem um sabor horrível, e é muito fácil de experimentar em casa: pegue GELOL spray, aquele que você usa quando leva um chute na canela, e dê um bom spray na boca! Esse é o gosto do tal famoso Dr.Pepper que vende muito por aqui.

Refrigerante DIET

Quer saber a quantidade de lixo que tem em refrigerante diet? Não uso nem para desentupir a pia, porque tenho pena da tubulação de pvc… Olha, só para abrir os olhos dos cegos: os produtos adocicantes diet têm vida muito curta. O aspartame, por exemplo, após 3 semanas de molhado passa a ter gosto de pano velho sujo.

Para evitar isso, soma-se uma infinidade de outros químicos, um para esticar a vida do aspartame, outro para dar buffer (arredondar) o gosto do segundo químico, outro para neutralizar a cor dos dois químicos juntos que deixam o líquido turvo, outro para manter o terceiro químico em suspensão, senão o fundo do refrigerante fica escuro, outro para evitar cristalização do aspartame, outro para realçar, dar ‘edge’ no ácido cítrico ou fosfórico que acaba sofrendo pela influência dos 4 produtos químicos iniciais, e assim vai… A lista é enorme.

Depois de toda essa minha experiência com produção e estudo de refrigerantes, posso afirmar: Sabe qual é o melhor refrigerante? Água filtrada, de preferência duplamente filtrada, laranja ou limão espremido e gelo… Mais nada !!! Nem açúcar, nem sal.

(AUTOR: ANÔNIMO – por motivos óbvios)

quinta-feira, 3 de março de 2011

A gordura que faz bem à saúde


Se você está acostumado a ouvir que comer gordura faz mal à saúde, talvez mereça rever alguns conceitos sobre sua alimentação. De acordo com a nutricionista Bruna Murta, o Ômega 3 é um tipo de gordura benéfica ao organismo, capaz de controlar o colesterol, reduzir o risco de doenças cardiovasculares e combater a depressão. O óleo é encontrado principalmente na semente de linhaça e em peixes de água profunda, como salmão, atum, sardinha, arenque e cavala.

"O ômega 3 é um óleo essencial, ou seja, não é produzido pelo organismo. A substância é rica em gordura insaturada, responsável por manter nossas membranas celulares saudáveis. Por outro lado, os alimentos industrializados e de origem animal possuem muita gordura saturada e trans, que prejudicam o corpo e desencadeiam doenças", explica a especialista que trabalha na Rede Mundo Verde.

A responsável pela ação anti-inflamatória do óleo é uma substância chamada EPA, que auxilia no tratamento de doenças dessa natureza e da obesidade, reduzindo o inchaço corporal. A gordura ainda atua na prevenção e tratamento da depressão, contribui para a memória e acelera o processo de assimilação de informações, especialmente em crianças. "O Ômega 3 contém DHA, essencial para o crescimento e desenvolvimento do cérebro", esclarece a nutricionista.

De acordo com a nutricionista, o Ômega 3 deve ser consumido diariamente, mas com moderação. Pacientes que fazem uso de medicamentos anticoagulantes devem evitar a substância. "Como todo óleo, ele fornece 9Kcal por grama. Portanto, é calórico e como todos os tipos de gordura", ensina.

Aliado do coração

Dentre os inúmeros benefícios do Ômega 3 está o combate ao colesterol. O óleo eleva os níveis de HDL, responsável por retirar do organismo o excesso de colesterol circulante, e evita a deposição de substâncias maléficas às paredes dos vasos sanguíneos, como o LDL. Além disso, essa gordura do bem regulariza os níveis da pressão arterial e tem importante papel na prevenção e no tratamento de diabetes, artrite, distúrbios de pele e até câncer. Neste último, o óleo inibe diretamente a proliferação celular de tumores.

A nutricionista Natalia Lautherbach reforça que todas as gorduras insaturadas possuem ações benéficas ao organismo. "Os Ômegas 7 e 9, por exemplo, também são aliados à saúde do coração e responsáveis por reduzir as taxas de colesterol sanguíneo. O primeiro é encontrado no óleo de macadâmia e tem propriedades rejuvenescedoras. Já o Ômega 9 está presente no azeite de oliva extravirgem, castanhas, nozes, amêndoas e abacate", lista.

http://entretenimento.br.msn.com/astrologia/artigo.aspx?cp-documentid=27844502

terça-feira, 1 de março de 2011

Como ajudar quem não quer ajuda?

Entrevista com a psicóloga Regina Niglio, da ADJ

Você tem alguém com diabetes na família e gostaria de ajudar essa pessoa para que ela cuidasse adequadamente da saúde? Essa é uma situação comum, mas, muitas vezes, quem tem um problema de saúde resiste aos bons conselhos. A primeira reação após um diagnóstico muitas vezes é de negação, o que leva o paciente a resistir às recomendações médicas. O que fazer nessa situação é o que a psicóloga Regina Niglio, responsável pelo programa de arte-terapia da Associação de Diabetes Juvenil (ADJ), ensina aqui.

Regina Niglio - "Ao ser diagnosticado com diabetes o adulto, muitas vezes, perde a sensação de onipotência. Alguns mitos, como o de que 'aquilo não vai acontecer comigo', caem por terra. Mesmo após o diagnóstico, ele pode conservar esse mito e agir como se não estivesse em perigo, o que o leva a burlar as recomendações médicas e, em casos extremos, a deixar de tomar a medicação.

Quem convive com alguém nessa situação pode acabar angustiando-se porque quer, a todo custo, convencer o paciente da conveniência de se tratar. É preciso compreender o adulto e tomar consciência de que apenas com muita informação sobre o diabetes é que ele poderá, em determinado momento, agir no sentido de se cuidar.

Uma forma que pode ajudar a convencer essa pessoa é o parente começar a frequentar grupos de pais e de pacientes diabéticos que acontecem em diversas associações de pacientes, para conhecer melhor o que sucede com essas pessoas e como elas lidam com sua rotina. Trazer esse tipo de informação para casa e convidar o paciente diabético a também frequentar esse tipo de reunião pode ser um caminho.

Entretanto, quando a pessoa resiste, é preciso saber não insistir, respeitar espaço. Cada um tem seu tempo de maturação e é preciso aguardar que o recém-diagnosticado chegue por ele mesmo à conclusão de que precisa se cuidar. Não se pode agir com o adulto como se faz com a criança, que é levada ao médico, ao psicólogo e a reuniões com outras crianças que têm diabetes sem que ela precise ser consultada sobre isso.

Outra maneira de facilitar a adesão do paciente esquivo é mudar gradativamente a rotina familiar, principalmente no que se refere à alimentação. Uma vez que a alimentação para portadores de diabetes deve ser equilibrada, composta por todos os nutrientes, pouco gordurosa e sem abuso do sal, a família toda ganha em qualidade de vida se adotar hábitos alimentares mais saudáveis. Dessa forma, fica transparente para quem tem diabetes que ele não se tornou uma pessoa "diferente", que não é obrigado a seguir uma dieta especial e distinta à da maioria.

Ao mesmo tempo, o empenho da família em se cuidar é uma declaração eloquente de amor e atenção que pode ajudar quem tem diabetes a querer se cuidar mais também."