quarta-feira, 27 de junho de 2012

Brasil terá açúcar que não engorda e poderá ser consumido por diabéticos


 Ele não engorda, não provoca cáries e pode ser usado por diabéticos. É o açúcar FOS (sigla para fruto-oligossacarídeos), que passará a ser fabricado no Brasil graças a um novo modo de fabricação, desenvolvido por uma pesquisadora da Universidade de Campinas (Unicamp).

O açúcar FOS não engorda porque sua molécula é muito grande para ser quebrada pelo organismo. Ele é absorvido apenas pelos micro-organismos que vivem na parte final do intestino, daí seu papel probiótico. Ao ingerirem o açúcar, esses organismos crescem e ajudam no tratamento de algumas enfermidades, como problemas de absorção de cálcio, diabetes e câncer. Por causa do seu tamanho, o FOS também não consegue ser metabolizado pelos organismos que ficam alojados na boca e que causam a cárie e as placas dentárias.


Açúcar saudável: o produto criado pela Unicamp não engorda porque é formado por uma molécula grande que não pode ser degradada pelo organismo (Antoninho Perri / Divulgação)
O FOS já é conhecido e usado com maior frequência em países do hemisfério norte, inclusive em produtos voltados para diabéticos. No Brasil, seu consumo ainda é restrito. De acordo com Elizama Aguiar de Oliveira, da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp e autora do estudo, é possível encontrar no Brasil alguns produtos que já contenham FOS. A variabilidade, no entanto, é pequena em função dos custos. Uma lata de leite em pó com FOS, por exemplo, tem preços entre 20 reais e 40 reais. "Se produzido nacionalmente, esses custos podem ser reduzidos", diz.
Tecnologia nacional — A metodologia desenvolvida por Elizama emprega uma liga de nióbio (um minério usado em alguns tipos de aços inoxidáveis) e de grafite para imobilizar a enzima que irá produzir o açúcar. Imobilizando a enzima nesse minério, evita-se que ela se dissolva e o resultado obtido é um xarope rico em oligossacarídeos, sacarose, frutose e glicose. Em seguida é feita a purificação, na qual os subprodutos são separados e os oligossacarídeos são encaminhados para o setor industrial, quando vários produtos com FOS poderão ser processados – como chicletes, balas, sorvetes e pães.

"Não existe contraindicação, o único cuidado é evitar o exagero no consumo, que pode causar cólicas e diarreias", diz Elizama. Segundo a pesquisadora, alguns estudos estimam que o ideal será um consumo máximo de 6 a 10 gramas do FOS por dia. "Mas essa quantia varia muito, depende da maneira que o organismo da pessoa responde ao produto", diz.

Matéria-prima — De acordo com a engenheira, mesmo com a riqueza de matéria-prima para o FOS no país, eles são pouco processados no Brasil. A maioria do que é hoje comercializado vem da Europa, do Japão e dos Estados Unidos, regiões onde os fruto-oligossacarídeos são ingeridos de maneira mais variada. Nesses lugares, ele é empregado em produtos como chicletes, sorvetes, biscoitos, doces, sucos e na linha de alimentação infantil e animal.

Saiba mais

Nióbio
Minério usado em alguns tipos de aços inoxidáveis. O Brasil é o maior produtor desse minério no mundo. As suas jazidas estão mais concentradas no estado de Minas Gerais, na Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração, próxima da região de Araxá, e no Estado do Rio de Janeiro, na Companhia Fluminense.

FOS
O esse tipo de açúcar é um fruto-oligossacarídeo, que não consegue ser metabolizado pelos seres humanos, como acontece com o açúcar comum, por ser formado por uma molécula muito grande e que precisa ser quebrada em partículas menores com enzimas específicas, não existentes no organismo humano. Os FOS não são tão doces quanto o açúcar de mesa (têm cerca de 60% da doçura da sacarose), porém são mais finos e mais brancos.

Diabetes: 5 cuidados especiais



segunda-feira, 18 de junho de 2012

ABAD PRESENTE NA CAMPANHA DA SEMUTRAM.

A ABAD participou, em parceria com a Secretaria Municipal de Transportes de Botucatu “SEMUTRAN” - Botucatu Ar + puro, realizando exames de glicemia, verificação de pressão arterial e avaliação física.
Foram realizados 103 exames e detectados casos avançados de suspeitas de Diabetes que foram orientados a procurarem seus médicos particulares ou a rede publica de saúde.
Agradecemos a Etec Dr. Domingos Minicucci Filho, pela participação dos alunos do Curso de Enfermagem, sob a supervisão de professores e orientadores que desempenharam as atividades com profissionalismo e dedicação.
Agradecemos também o empenho de nosso avaliador físico Diego e a população em geral que nos prestigiaram, confiando em nossos serviços.
É a ABAD cumprindo sua missão de Promover Educação sobre a questão “Diabetes”, desenvolvendo ações gratuitas de prevenção e apoio ao tratamento da doença, buscando melhoria da qualidade de vida de Portadores de Diabetes.
DIABETES! SE VOCÊ SE CUIDAR, NÃO VAI COMPLICAR.
ABAD 20 anos dedicados ao Diabetes

domingo, 17 de junho de 2012

As HIPOGLICEMIAS e sua insensibilidade em alguns diabéticos



Entre 10% e 15% dos diabéticos são incapazes de sentir as quedas bruscas de açúcar no sangue e sofrem hipoglicemias que podem ser graves

Se esta manhã você saiu correndo de sua casa sem ter tomado café da manhã, com uma, apenas uma recordação de um jantar feito na noite anterior, talvez a concentração de glicose em seu sangue esteja baixando enquanto lê esta reportagem.

Mas não se preocupe. Seu organismo já terá colocado em andamento uma corrente de reações fisiológicas para remediar sua negligência e evitar que seu cérebro fique sem combustível.

Alguns diabéticos que dependem de injeções de insulina, no entanto, não desfrutam dessa proteção.
São insensíveis aos avisos do organismo diante da baixa pronunciada de açúcar no sangue e, portanto, propensos a sofrer hipoglicemias graves que põem em perigo sua saúde e, inclusive, sua vida. São as conhecidas hipoglicemias assintomáticas.
Se voltarmos ao corpo em jejum do leitor comum veremos que, por enquanto, as células beta de seu pâncreas vão suspender a produção de insulina para evitar que metabolize rapidamente o açúcar que ainda circula por seus vasos sanguíneos. Além do mais, as células alfa desse mesmo órgão começarão a secretar glucagom, um hormônio que extrai as reservas de glicose armazenadas no fígado em forma de glicogênio.
E, por último, seu cérebro vai ordenar que se secretem os hormônios do stress (adrenalina, noradrenalina, cortisol e hormônio do crescimento) para dar-lhe sinais de alarme, abrir-lhe o apetite e obrigar-lhe a tomar, ao fim, um lanche.

Se você for diabético insulinodependente a história aqui seria outra. Basicamente, seu pâncreas não poderia produzir insulina porque já não o faz há tempos. Dependeria das injeções exógenas deste hormônio, e se você se a aplicou faz uns minutos, agora nada vai poder limitar seu efeito.

Esse é o motivo pelo qual muitos diabéticos sofrem hipoglicemias com uma freqüência alta. A única coisa que podem fazer é comer algo que eleve rapidamente a concentração de glicose no sangue, e o fazem normalmente alertados por uma série de sintomas (maior apetite, sudorese, tremores, nervosismo, tontura, fraqueza, etc) que se desencadeiam quando a glicose desce abaixo de 55 miligramas por decilitro de sangue (As vezes abaixo de 70 mg/dl, em certas ocasiões, os sintomas são muito evidentes e é necessário atuar) "Valores menores de 55 não podem manter a função cerebral adequadamente", assinala Alfonso López Alva, do Serviço de Endocrinologia do Hospital Universitário de Canárias. 

Alguns diabéticos, sem dúvida, são insensíveis a estes sintomas. A glicose no sangue baixa sem que nenhum sinal de  aviso perceptível se manifeste em seu corpo.Ao não serem conscientes da necessidade de identificar a incipiente hipoglicemia, estão expostos a sofrer quedas bruscas de sua concentração de açúcar e, com isso, progressivamente, mudanças no comportamento, agressividade, perda de consciência, danos irreparáveis em seu cérebro e, inclusive, a morte. As possibilidades de que isso ocorra não são poucas, ainda que existem estratégias para evitá-lo.

A hipoglicemia é um fenômeno muito freqüente na vida dos diabéticos, especialmente naqueles que optam por seguir controle intensivo com múltiplas injeções de insulina para manter a concentração de glicose o mais próxima possível a de uma pessoa comum e assim evitar as complicações crônicas do diabetes.

Alguns estudos tem assinalado que os diabéticos insulinodependentes que tem hipoglicemias constantes com valores de glicemia abaixo de 55 mg/dl, durante 10% do tempo, sofrem uma média de dois episódios de hipoglicemia sintomática por semana e um de hipoglicemia grave ao ano. De fato,  2% de mortes em diabéticos tipo 1 é atribuída à hipoglicemia.Esta freqüência de baixas da concentração de açúcar é precisamente o principal fator contra os diabéticos insensíveis aos sintomas da hipoglicemia. "Quando uma pessoa está habituada a ter hipoglicemias porque as tem de maneira muito freqüente, o organismo se acostuma a estar nesta situação e, então, diminuem os sintomas de alarme", explica Alfonso López Alva, coordenador do grupo de trabalho sobre complicações na Sociedade Espanhola de Diabetes.
 
A solução para o paciente diabético com hipoglicemia assintomática passa por realizar com mais freqüência a monitorização de glicose no sangue capilar para suprir assim a falta de sensibilidade aos sintomas típicos de baixa das concentrações de glicose no sangue.

O fenômeno de se habituar a hipoglicemia

Uma investigação publicada o ano passado na revista Diabete, da Associação Americana de Diabetes, por pesquisadores do King's College de Londres, dava uma explicação neurológica ao fenômeno de habituação dos diabéticos as freqüentes hipoglicemias.Segundo este estudo, seria uma falha na resposta da amígdala e o córtex orbito frontal do cérebro diante da baixa da glicose o que poderia sugerir a existência de um fenômeno de habituação das funções de regulação da conduta que dê lugar à hipoglicemia assintomática.
 
De fato, alguns estudos apoiaram esta hipótese ao demonstrar que ao conseguir evitar as hipoglicemias de forma eficaz durante duas ou três semanas, reverte-se a perda de sensibilidade aos sintomas da hipoglicemia. Mas Alfonso López Alva, da Sociedade Espanhola de Diabete, alerta que esta evidência não deve levar os pacientes a relaxar o estrito controle glicêmico para evitar as hipoglicemias porque os valores de glicemia elevadas de forma sustentada podem conduzir a "gravíssimas complicações crônicas".

Uma dessas complicações, a neuropatia diabética (dano no sistema nervoso), pode estar por trás de alguns casos de hipoglicemias assintomáticas. "A presença de uma neuropatia do sistema nervoso autônomo nas pessoas com diabetes pode diminuir as respostas orgânicas perante o stress de modo geral e a hipoglicemia em particular, piorando seus riscos e severidade", explica López Alva.

Estes são os sintomas presentes (em maior ou menor intensidade) em todas as hipoglicemias. Podem aparecer vários ao mesmo tempo ou de maneira isolada.

fome excessiva
nervosismo
tremedeira ou desequilíbrio
transpiração sem motivo aparente
ansiedade
fraqueza, perda de coordenação
tontura
sonolência
confusão
dificuldade para falar
visão embaçada

Fonte : ADA - Associação De Diabetes Americana.

Tradução
: Portal Diabetes

terça-feira, 5 de junho de 2012

Você faz o exame de ponta de dedo para controlar o açúcar de seu sangue?

O Diabetes mellitus esta aumentando no mundo de forma assustadora. Mais assustador ainda é o medo das complicações que esta doença pode causar.
Para o  tratamento do Diabetes mellitus é necessário melhorar o padrão alimentar, fazer atividade física regularmente, tomar medicamentos e, por fim, saber se estas medidas estão sendo eficazes.
Mas, como saber se todo este esforço está sendo efetivo? Pode-se aferir a glicemia no sangue fazendo um exame laboratorial chamado hemoglobina glicada que nos dá a média do açúcar no sangue ao longo de três meses.
O açúcar presente em nosso sangue altera várias vezes ao dia e uma medida de glicemia eventual não irá nos dar os dados desta oscilação.Por isso temos os aparelhos de hemoglicoteste ( Glicosímetro) . São aparelhos portáteis e de fácil manuseio que permitem várias aferições da glicemia ao longo do dia. O exame é o popular “ponta-de-dedo” (no termo medico chama-se dextro). Geralmente o endocrinologista orienta quantas vezes o paciente deve fazer este exame ao longo do dia, que varia de 2 a 6 vezes ao dia. Se o paciente está bem controlado do diabetes e em uso de poucos comprimidos, ele pode fazer a dextro 3 vezes por semana, sendo 2 vezes nestes dias.
Vale lembrar que não adianta fazer a dextro apenas em jejum e no final da tarde. Os horários do teste precisam ser variados para se ter uma visão real do que esta acontecendo ao longo do dia. É ideal que o paciente faça as medidas do seguinte modo: 1- ao sentar-se para tomar o café-da-manhã e 2 horas após o café; 2- ao sentar-se para almoçar e 2 horas após o almoço; 3- ao sentar-se para jantar e 2 horas após o jantar. Às vezes precisa-se do exame às 3 da madrugada para avaliar se há hipoglicemia (queda da taxa de açúcar) à noite, situação esta que pode ser fatal.
É importante também que além de fazer estas medidas, o paciente anote os valores num caderno e leve na consulta. Deixar o resultado somente no aparelho atrapalha a avaliação do endocrinologista.
O que fazer com as fitas usadas? Assim como as agulhas e as seringas, a fita utilizada é um material considerado contaminado. Jogue-os num recipiente plástico, transparente e com tampa. Quando este recipiente estiver cheio, leve-o à ABAD, que ele será descartado de forma adequada.
Caso você não saiba como utilizar seu aparelho de hemoglicoteste, a ABAD pode auxiliá-lo.

ABAD – ASSOCIAÇÃO BOTUCATUENSE DE ASSISTÊNCIA AO DIABÉTICO
RUA GENRAL TELLES, 171- CENTRO- TELEFONE 3815 3244

ABAD - sempre presente na vida dos diabéticos de Botucatu
                            
Dra Bibiana Prada de C. Colenci                   
Endocrinologista
Diretora médica da ABAD