terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Os beneficios do Alface

Os beneficios do Alface

A alface é uma das verduras mais populares na mesa dos brasileiros, mas poucos sabem de seus benefícios.

Ela é perfeita para emagrecer, mas ao mesmo tempo fica deliciosa na salada, de modo que incorporá-la na dieta é quase uma obrigação.
É rica em betacaroteno, pectina, fibra, lactucina e uma grande variedade de vitaminas como, A, E, C, B1, B2 e B3. Também possui cálcio, magnésio, potássio e sódio.
A alface caracteriza-se por ser especialmente útil numa dieta de emagrecimento, dado que contêm uma boa fonte de fibra laxante, que aumenta a sensação de saciedade. A alface é também uma boa fonte de vitamina K, essencial na coagulação sanguínea. A fibra mais abundante na alface é a celulose, que não conseguimos digerir mas que tem a excelente propriedade de diminuir o nosso contacto com eventuais carcinogénios pois acelera o esvaziamento intestinal e diminui a pressão no seu interior.
A alface também tem um poder calmante, alivia as tensões e é indicada para quem sofre de insônia, pois também age como sedativo. Além de ser um excelente cicatrizante e desintoxicante, as singelas folhinhas verdes também são importantíssimas para quem sofre de intestino preguiçoso, pois contém considerável quantidade de fibras. Também é indicada no tratamento de vertigens, perturbações gerais do sistema nervoso, hipocondria, falta de tranquilidade e contusões.

Outros benefícios da alface:
  • Como é um vegetal que se come cru, não sofre o processo de cozimento que lhe tiraria propriedades.
  • Contém uma boa quantidade de ferro, o que ajuda a combater a anemia.
  • Recomenda-se consumi-la também quando se sofre de estados gripe os resfriados, já que fortalece as vias respiratórias.
  • Tem propriedades analgésicas e acalma dores musculares.
  • Tem antioxidantes o que contribui a diminuir o envelhecimento celular, melhora os níveis de colesterol e ajuda à circulação.
  • É ideal para as pessoas diabéticas já que regula os níveis de açúcar no sangue.
  • Além de ter propriedades digestivas, combate problemas de flatulências, já que atua como um agente antinflamatório muito efetivo em casos de inflamação abdominal.
  • É de grande ajuda em casos de retenção de líquidos e cálculos renais.
Na estética, máscaras e compressas de alface reduzem o inchaço e a irritação da área dos olhos e servem como calmante e purificante da pele. Para purificar e acalmar a pele, basta picar a alface, adicionar algumas gotas de azeite de oliva , duas colheres de sopa de iogurte. Usar como máscara facial, que deve ser espalhada sobre uma gaze (não espalhada diretamente sobre o rosto), e então colocar no rosto por um período de 30 minutos.
Para irritação nos olhos, basta amassar as folhas de alface até virar uma papa, e usar como compressa. O chá das folhas da alface fervidas funcionam tanto como calmante quanto regulador do intestino.
A alface é econômica  e fácil de combinar para fazer pratos com poucas calorias. De modo que pode incorporá-la a sua dieta para a hora do jantar, quando devemos consumir menos calorias. O chá das folhas da alface fervidas funcionam como calmante como regulador do intestino.

Grande parte do valor nutritivo das hortaliças pode se perder se o preparo for incorreto. Além disso, é fundamental uma boa higiene dos alimentos, principalmente se forem consumidos crus. Por isso, siga as dicas:
  • Lave bem as hortaliças inteiras em água corrente com uma escovinha. As verduras folhosas devem ser lavadas uma a uma.
  • Deixe as hortaliças de molho por 30 minutos em água com solução para higiene de vegetais (encontrada em supermercados). Recomenda-se uma colher (de sopa) desta solução para um litro de água. Na falta da solução higiênica, pode-se também usar vinagre, mas a eficiência é menor.
  • Depois é só secar bem as folhas e os legumes e guardar na parte inferior da geladeira em sacos ou potes plásticos fechados. A validade depende de cada vegetal, mas em geral, pode-se guardar folhas por até uma semana.
Viva a alface!

http://www.saude.pdw.com.br/2011/04/os-beneficios-do-alface.html

Os benefícios dos pães funcionais

Os benefícios dos pães funcionais


pães-funcionais“Eles podem ajudar a tratar doenças crônicas, como diabetes e obesidade. Possuem gorduras do bem e muitas fibras. E também ajudam até no equilíbrio da serotonina, que dá a sensação de bem-estar”, explica a nutricionista da Finnis Sabor e Saúde, Giovanna Buaiz. Ela explica que os pães funcionais são ricos em nutrientes e grãos, dando mais saciedade e ajudando quem precisa fazer dieta. Há versões perfeitas para quem pratica exercícios e para quem quer prevenir o envelhecimento celular. “Isso pode ser obtido, por exemplo, com a semente de linhaça, que é a maior fonte de ômega-3 hoje na natureza”, diz.
A professora Lucianna Luchi trocou os pães tradicionais pelos funcionais no ano passado e sentiu a diferença. “Conheci o funcional por causa da minha filha, que não pode comer glúten. Sempre comi integral e busquei uma alimentação mais saudável, mas agora só como pão funcional. É mais leve e saboroso”, afirma.
Quer todos esses benefícios? Aproveite as receitas abaixo!
Anote as receitas e faça em casa
Os funcionais
O que são
Não basta ser integral. Os funcionais precisam ter propriedades benéficas ao organismo, com componentes que ajudam a prevenir e até tratar doenças crônicas, como diabetes, colesterol, pressão alta, entre outras
Vantagens
Além dos ingredientes saudáveis, possuem grande quantidade de fibra e alguns protegem a membrana celular do envelhecimento. Como tudo, não deve ser consumido em excesso, pois pode irritar o intestino
Para quem
São ótimos para quem possui algum problema de saúde ou tem alguma restrição alimentar – como glúten ou lactose -, mas são indicados para qualquer pessoa em busca de saúde
Pão de banana de farinha verde
Ingredientes
1 xícara + 1/4 de xíc. de farinha de banana verde, 3/4 de xícara de farinha de amêndoas, 3 col. de sopa de psyllium, 2 col. de sopa de manteiga sem sal, 1 col. de sopa de creme de leite, 1 col. de sopa fermento biológico granulado (para pão), 1 xícara de água fervendo (mais 3 col de sopa, se necessário), meia col. de chá de sal (marinho), 1 col. de chá de fermento em pó químico
Modo de Preparo
Misture bem a farinha de banana, a de amêndoas, o psyllium, fermento biológico e o sal, sovando bem e deixando crescer. Coloque em uma tigela (ou máquina de pão) a água fervendo, a manteiga e o creme de leite. Adicione os ingredientes secos misturados sobre os líquidos. Amasse bem por meia hora ou ligue a máquina na modalidade pão. Deixe crescer em um local quente e escuro cobrindo a tigela com um pano (cresce pouco porque não há açúcar na massa). Antes de levar ao forno, acrescente o fermento em pó. Misture bem, faça o pão no formato que desejar ou só coloque numa fôrma. Leve ao forno pré-aquecido a 200°C por 35 minutos
Pão de milho
Ingredientes
2 ovos, 2 col. de sopa de óleo vegetal (canola), 1 copo de leite de soja (200ml), 1 copo de farinha de arroz, meio copo de farinha de milho, 5 col. de sopa de açúcar mascavo, 1 col. pequena de sal (marinho) e outra de fermento em pó, 1 colher de sobremesa de levedo de cerveja, 4 col. de sopa de linhaça com gergelim moído. Adicionar à gosto: canela em pó, alecrim, orégano, erva-doce, noz moscada.
Modo de preparo
Misturar todos os ingredientes (não há necessidade de batedeira ou liquidificador), colocando o fermento por último. Coloque em uma fôrma untada e polvilhada e leve ao forno médio pré-aquecido por cerca de 45 minutos
Pão de semente de linhaça
Ingredientes
4 col. de semente de linhaça (marrom ou dourada), 3 col. de óleo vegetal (girassol, soja ou milho), 1 col. de sopa de óleo de coco virgem, 1 xícara de água, 1 ovo, 1 col. de chá de sal marinho, 2 col. de açúcar demerara, 1 xícara de polvilho doce ou cetim, 1 xícara de amido de milho, 1 xícara farinha de arroz, 1 envelope de fermento biológico instantâneo
Modo de preparo
Bater no liquidificador a linhaça com o óleo, a água e o ovo até ficar homogêneo. Em uma tigela, juntar a farinha de arroz, o polvilho, o amido de milho, o sal, o açúcar e o fermento e misturar bem. Juntar nesta mesma tigela, a massa batida pelo liquidificador e misturar bem até ficar homogênea. Untar a fôrma, colocar a massa e deixar descansar por 20 a 30 minutos. Levar ao forno pré-aquecido por 30 a 40 minutos. Assim que retirar do forno, passar com o auxilio de um pincel uma colher de chá de óleo de coco ou manteiga. Isso evita que a cobertura se quebre no momento do corte. Guarde na geladeira e aqueça na hora de comer
Sanduíche funcional de atum
Ingredientes
2 fatias de pão integral, 1 col. de sopa de maionese sabor atum, meia col. de farinha de linhaça, 1 col. de sopa de atum ralado, 1 col. de sopa de cenoura ralada, 1 folha de alface
Modo de preparo
Misture os ingredientes e coloque no pão
Fonte: A Gazeta

As propriedades nutricionais da berinjela

As propriedades nutricionais da berinjela

O alimento contribui para a diminuição do colesterol, ajuda quem tem diabetes e possui outros benefícios para a saúde

A berinjela é um legume que contém a seguinte composição: vitamina B5 e sais minerais como cálcio, fósforo, ferro e fibra solúvel. A niacina (vitamina B5) protege a pele e ajuda a regularização do sistema nervoso e aparelho digestivo. Enquanto os minerais cálcio, fósforo e ferro contribuem para a formação dos ossos e dentes, construção muscular e coagulação do sangue. 
Poucas pessoas sabem, contudo, que ela é um vegetal com poder de diminuir o colesterol e reduzir a ação das gorduras sobre o fígado. Seu suco é utilizado nas inflamações dos rins, bexiga e uretra como poderoso diurético. 
A berinjela é muito recomendada para quem sofre de artrite, gota, reumatismo, diabetes e inflamações da pele em geral. Como tem poder laxante, aconselha-se nas indigestões e prisão de ventre. 

Diabetes, colesterol e a berinjela

Dietas com alto teor de fibra alimentar têm apresentado resultados positivos em relação a tolerância à glicose, redução de hiperglicemia pós-prandial e taxa secretória de insulina em indivíduos diabéticos. A fração da fibra solúvel, que está presente na berinjela, é apontada como responsável por estes efeitos fisiológicos benéficos e vários mecanismos têm sido propostos para explicar sua ação. A alteração na velocidade de difusão da glicose, devido à formação de gel no lúmem intestinal é um deles. Já a alteração na estrutura da mucosa intestinal, com rarefação das criptas e vilosidades da mucosa intestinal e aumento da produção de mucina, que atua como uma barreira à absorção de glicose, é outro.  
Atualmente, o extrato e o suco de berinjela, têm sido utilizados para diminuir as taxas de colesterol e de colesterol ruim, LDL. A produção de ácidos graxos de cadeia curta, como o acetato e o propionato, em decorrência da fermentação da fibra solúvel pelas bactérias do cólon, também exercem efeitos na diminuição das taxas de glicose e colesterol sanguíneo. O acetato inibe a lipólise do tecido adiposo que é responsável pelo excesso de ácidos graxos livres que chega ao fígado e acarreta a produção de acetoacetato em indivíduos diabéticos.  
Diversos trabalhos científicos tem verificado se dietas ricas em berinjela apresentam efeito hipoglicêmico e uma melhora a tolerância à glicose, e se a presença de fibra solúvel (pectina solúvel) é um fator determinante nestes efeitos. Dietas ricas em berinjela apresentam efeito hipoglicêmico, e contribuem para o retardamento de absorção da glicose pós-prandial e a fração fibra solúvel está correlacionada com estes efeitos. 
Experimentos realizados com a utilização de berinjela com casca e sem casca, e de casca de berinjela por um período de 42 dias. A glicose sangüínea foi determinada no início do experimento e aos 13, 21, 34 e 42 dias. Os testes orais de tolerância à glicose (TOTG) foram realizados no final do experimento. 
Os resultados mostraram que as rações à base de farinha de berinjela com casca e de casca de berinjela apresentaram redução nos níveis de glicose. Este efeito não foi significativo para a ração à base de farinha de berinjela sem casca. Os animais do grupo com diabetes que receberam ração à base de berinjela com casca apresentaram menor área sob a curva de glicose, do que os dos grupos controle (ração à base de caseína e de berinjela com casca) e do que o do grupo diabético que recebeu a ração de caseína. Este efeito não foi observado nos animais que receberam ração à base de berinjela sem casca e casca de berinjela. 
Estes resultados indicam a presença de um composto responsável pelo efeito hipoglicêmico na casca de berinjela e que a pectina solúvel da ração não foi suficiente para promover tal efeito, mas que a administração contínua de pectina solúvel contribuiu para a melhora da TOTG.  
Experimentos mostraram que o suco de berinjela administrado a pacientes hipercolesterolêmicos, reduziu significantemente o peso corpóreo, o colesterol total, o colesterol ruim, LDL, e os triglicérides, assim como aumentou o relaxamento dependente do endotélio, melhorando a pressão arterial.  

Compra, armazenamento e preparo

Na hora da compra, deve-se dar preferência às que se apresentam firmes, de cor roxa uniforme e lustrosa. As berinjelas devem ser guardadas em geladeira, dentro de sacos plásticos, assim se conservam em bom estado por duas semanas. As pessoas tem o hábito de mergulhá-las em água e sal antes de seu preparo, mas esse procedimento anula o sabor do legume e grande parte de suas propriedades nutritivas. O período de safra da berinjela vai de janeiro a maio.  
 http://www.minhavida.com.br/

Hipoglicemia, complicações cardiovasculares comuns em idosos Pacientes Diabéticos

Hipoglicemia, complicações cardiovasculares comuns em idosos Pacientes Diabéticos

Dez 2013 - As complicações cardiovasculares e hipoglicemia (baixa de açúcar no sangue) foram as complicações não fatais comuns em adultos com 60 anos de idade e mais velhos com diabetes, de acordo com um estudo publicado pelo JAMA Internal Medicine, uma publicação JAMA Rede.
Quase a metade dos 24 milhões de pacientes com diabetes mellitus nos Estados Unidos são mais de 60 anos e esse número deverá dobrar nas próximas duas décadas, de acordo com o plano de fundo do estudo. A pesquisa sugere o avançar da idade e da duração de tempo que um paciente tem diabetes pode prever as taxas de complicação e mortalidade da doença.
Elbert S. Huang, MD, MPH, da Universidade de Chicago, e colegas taxas de complicações do diabetes e da mortalidade em todas as categorias de idade e quanto tempo um paciente tinha diabetes comparados. O estudo incluiu 72.310 adultos que tinham 60 anos ou mais, tinha diabetes tipo 2 e foram inscritos no Kaiser Permanente, um sistema de fornecimento de grande saúde.
Os resultados do estudo indicam que, entre os adultos mais velhos que tiveram diabetes por um período mais curto (9 anos ou menos), as complicações cardiovasculares não fatais apresentaram a maior incidência (doença arterial coronariana, insuficiência cardíaca congestiva, e doenças cerebrovasculares), seguido pela doença ocular diabética e hipoglicemia aguda eventos. A incidência de complicações não fatais em pacientes idosos com diabetes por um período mais longo (10 anos ou mais) foi semelhante, com taxas de hipoglicemia semelhantes aos da doença arterial coronariana e doença cerebrovascular.
Os resultados também indicam que os pacientes mais velhos, em qualquer faixa etária tiveram maior incidência de todos os resultados (complicações não fatais e morte) se eles tinham diabetes por um longo, em comparação com mais curto, a duração do tempo.
"Este estudo de coorte de quatro anos descreve a evolução clínica de diabetes em adultos mais velhos. Estes resultados serão relevantes e informativo para médicos, pesquisadores e formuladores de políticas. Mais importante, os dados deste estudo podem subsidiar a formulação eo alcance das intervenções de políticas públicas que atender às necessidades exclusivas de idosos com a doença ", concluem os autores.
Esta pesquisa foi financiada por doações do Instituto Nacional de Diabetes e Doenças Digestivas e Renais e da Universidade de Chicago John A. Hartford Centros de Excelência Award. Por favor, consulte o artigo para obter informações adicionais, incluindo outros autores, autor contribuições e filiações, divulgações financeiras, de financiamento e de apoio, etc JAMA Intern Med.Publicado online em 09 de dezembro de 2013. doi: 10.1001/jamainternmed.2013.12956.

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Aumento do índice de volume do átrio esquerdo, a mortalidade prevista CV no diabetes tipo 2

Aumento do índice de volume do átrio esquerdo, a mortalidade prevista CV no diabetes tipo 2

  • 30 de dezembro de 2013
Aumento do índice de volume atrial esquerdo foi um preditor independente e adicional de morbidade e mortalidade cardiovascular em pacientes com diabetes tipo 2, sem história de doença cardiovascular, de acordo com dados publicados no Journal of the American College of Cardiology .
Os pesquisadores examinaram 305 pacientes com diabetes tipo 2 , sem DCV conhecidos. Eles foram divididos de acordo com IVAE ≥ 32 ml / m 2 , o período de acompanhamento médio para a ocorrência de eventos cardíacos maiores e morte foi de 5,6 anos, de acordo com dados.Devido à persistência do valor prognóstico do índice do volume do átrio esquerdo (IVAE), Mikael K. Poulsen, MD, PhD, do departamento de cardiologia do Hospital Universitário de Odense, na Dinamarca, e seus colegas escreveram que ele poderia ser uma ferramenta simples, mas importante na estratificação de risco de pacientes com diabetes tipo 2.
Os pesquisadores relataram IVAE ≥ 32 mL / m 2 em 105 pacientes (34%).Durante o acompanhamento, 60 pacientes (20%) demonstrou o endpoint composto. Destes, 28 (9%) morreram, os pesquisadores escreveram.
Além disso, aqueles com IVAE ≥ 32 mL / m 2 apresentaram uma taxa significativamente maior evento cardíaco ( P <0,001) e de mortalidade ( P = 0,002).
Só IVAE ≥ 32 mL / m 2 foi um preditor do desfecho composto (HR = 1,82, 95% CI, 1,08-3,07) após ajuste para idade e hipertensão .
"Embora o presente estudo não oferece uma visão sobre o mecanismo causando [left atrial] sobrecarga de pressão, parece plausível que existe uma ligação entre a diabetes tipo 2 e disfunção diastólica ao invés de assumir que esta é uma associação coincidência ", escreveu pesquisadores.
Divulgação: Este estudo foi financiado pelo Danish Academy Cardiovascular Research, o Diabetes Association dinamarquês, e da Fundação dinamarquês Coração. Beck-Nielsen recebeu uma bolsa de pesquisa da Novo Nordisk. Todos os outros não relatam divulgações financeiras relevantes. 

Canela como suplemento alimentar pode auxiliar no controle da glicemia em diabéticos

Canela como suplemento alimentar pode auxiliar no controle da glicemia em diabéticos

O controle do açúcar no sangue (glicemia) é um dos principais objetivos a ser alcançado no tratamento da diabete tipo II. A glicemia elevada influencia o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, que é uma das principais complicações da diabete. As estratégias utilizadas até agora para controlar a glicemia incluem o uso de fármacos, intervenções no estilo de vida e modificações na alimentação.
Apesar de alguns estudos apontarem uma série de suplementos naturais como benéficos para o tratamento da diabete, o uso desses suplementos não é recomendado pela Associação Americana de Diabete devido à insuficiência de evidências clínicas mostrando a sua eficácia. Estudos recentes, entretanto, estão suprindo esta insuficiência. A maior parte deles tem concentrado suas atenções na canela (Cinnamomum cássia), ingrediente alimentar natural muito antigo e comum em todo o mundo.
No último mês de setembro foi publicada na revista científica Annals of Family Medicine uma pesquisa que utilizou como metodologia a metanálise, que consiste do agrupamento e análise de resultados de diferentes estudos abordando o mesmo tema. A avaliação dos resultados em grupo geralmente confere mais consistência às conclusões.
Esta metanálise agrupou 10 ensaios clínicos randomizados que comparavam grupos de pacientes diabéticos que ingeriram canela em pó ou em cápsulas versus diabéticos que não ingeriram. Em um período que variou, conforme o estudo, de 4 a 18 semanas de tratamento, os pacientes que ingeriram canela tiveram uma redução significativa da glicemia. Além disso, apresentaram uma melhora no perfil lipídico, com uma redução do colesterol total, triglicerídeos e LDL (colesterol ruim) e um aumento no HDL (colesterol bom).
Esses efeitos têm sido atribuídos ao princípio ativo da canela (cinamaldeído), que agiria em diferentes fases da regulação do principal controlador fisiológico da glicemia, o hormônio insulina, melhorando a eficiência da secreção e da ação deste hormônio nas células. A consequência dessa maior eficiência é uma redução do açúcar no sangue e uma melhora no padrão das gorduras circulantes.
Os pesquisadores salientam que o uso de 1 a 6 gramas por dia de canela (uma colher de chá contém aproximadamente 3 gramas) na alimentação pode ser um auxiliar no tratamento da diabete, sem ser, no entanto, um substituto da medicação prescrita pelo médico.

 http://www.abcdasaude.com.br/

Sobrepeso e obesidade na adolescência aumentam o risco de hipertensão na idade adulta

Sobrepeso e obesidade na adolescência aumentam o risco de hipertensão na idade adulta

O excesso de peso na infância e na adolescência aumenta o risco de hipertensão (pressão alta) na idade adulta. Crianças e adolescentes com sobrepeso (índice de massa de 25 a 30) duplicam o risco de ter pressão alta quando adultos. Já crianças e adolescentes obesas (índice de massa de 30 a 35) quadriplicam o risco de ter pressão alta quando adultos. O índice de massa é a relação entre peso e altura.
A hipertensão é uma doença que normalmente não apresenta sintomas, e quando não tratada pode causar sérios danos à saúde, como ataque cardíaco, aterosclerose, insuficiência cardíaca, acidente vascular cerebral (derrame), perda de visão, doença renal, problemas de ereção, perda de memória, entre outros. O monitoramento da pressão é um aspecto importante para a prevenção do seu desenvolvimento.
A obesidade em adultos é um fator de risco conhecido para o desenvolvimento da hipertensão. Um novo estudo, apresentado na Sessão Científica de Pesquisa em Hipertensão da Associação Americana do Coração no último dia 12 de setembro, mostra que a obesidade e o sobrepeso na infância e adolescência predispõem a pessoa a ter hipertensão quando adulta. A pesquisa acompanhou 1117 adolescentes por 27 anos, desde 1986. Destes, 68% tinham peso normal na infância, 16% tinham sobrepeso e 16% eram obesos. Avaliados quando adultos, 6% dos que tinham peso normal na infância ficaram hipertensos, dos que tinham sobrepeso foram 14%, e dos que eram obesos 26% ficaram hipertensos.
Os autores da pesquisa salientam que este conjunto de resultados indicam que a doença cardíaca pode começar na infância. Muita atenção já têm sido dada às crianças obesas (índice de massa de 30 a 35), entretanto este estudo aponta para os perigos do sobrepeso (índice de massa de 25 a 30), que duplica o risco de hipertensão.
O sobrepeso e obesidade têm tido um crescimento entre crianças e adolescentes, crescimento este em grande parte atribuído à brusca mudança ocorrida no estilo de vida, principalmente ao sedentarismo e ao padrão alimentar.
A observação e acompanhamento mais rigorosos do peso das crianças e adolescentes passa ser um fator importantíssimo para a saúde atual e futura destes indivíduos.



Siga este plano para começar a praticar exercícios

Siga este plano para começar a praticar exercícios

Veja dicas para vencer a preguiça e escolher a atividade ideal para o seu corpo

Quando decide parar de fazer exercícios, dificilmente você faz isso porque desconhece os benefícios do treino. A negativa, normalmente, tem origem em dois fatores: preguiça de treinar ou falta de afinidade com o programa. Uma decisão arriscada, como mostra o espelho, poucos meses após o sedentarismo, e a Federação Mundial de Cardiologia: pessoas que não praticam atividades físicas têm um risco duas vezes maior de sofrer doenças do coração, ter pressão alta e desenvolver diabetes quando comparadas a quem pratica exercícios físicos regularmente.

"Após três meses parado, o corpo já sofre os efeitos do sedentarismo, independente do tempo que você treinou anteriormente", afirma o personal trainer Adriano Braga Coronato, de São Paulo. Então, que tal abandonar a preguiça seguindo este plano que preparamos para você?
DE 7
Mulher medindo a pressão em consulta médica - Foto Getty Images

Faça uma avaliação médica

A avaliação médica não é apenas um pré-requisito para que aluno e professor trabalhem em segurança, mas a melhor maneira de descobrir os limites do seu corpo e o exercício ideal para vencê-los. "Também é fundamental realizar uma avaliação física. Por meio dela é possível determinar a porcentagem de gordura corporal do indivíduo e ter uma ideia de seu alongamento e da sua resistência", afirma o personal trainer Ricardo Custódio, da Companhia Atlethica do Estádio do Morumbi, em São Paulo. 
Pessoas fazendo bicicleta ergométrica - Foto Getty Images

Reabitue seu corpo aos exercícios

"A principal meta de quem começa a treinar após ter ficado muito tempo parado deve ser reabituar o corpo à prática regular de exercícios", explica Adriano. Segundo o personal trainer, emagrecer ou ganhar tônus muscular devem ser objetivos secundários nesse retorno. Isso porque o retorno ao treino, na maioria das situações, traz os mesmos desafios de uma primeira experiência com exercícios

"O aluno terá que começar do zero, mesmo tendo sido atleta regular no passado. Não respeitar essa progressão pode sobrecarregar os músculos e articulações, ocasionando lesões", diz o especialista. A diferença entre uma pessoa que já treinou e outra, que nunca se mexeu, é o tempo de resposta aos movimentos: quem já fez exercícios tende a recuperar o condicionamento mais rapidamente.
Pessoas fazendo esteira - Foto Getty Images

Comece por atividades de baixo impacto

Voltar a treinar e já partir para atividades de grande impacto aumenta e muito o risco de lesões. Decidir correr logo no primeiro dia de treino, por exemplo, poderá sobrecarregar os músculos e articulações dos membros inferiores, afirma o médico do esporte Ricardo Nahas, do Centro de Referência em Medicina do Exercício e do Esporte do Hospital 9 de Julho. Ele explica que, em uma caminhada, cerca de 20% do peso corporal fica concentrado nas articulações e essa porcentagem dobra numa corrida. "Por isso, é essencial realizar a readaptação muscular, articular e cardíaca", diz o médico.
Aula de pilates - Foto Getty Images

Escolha um exercício que te dá prazer

Exercícios físicos não se resumem a musculação e esteira. Por isso, se a academia não te atrai, busque fazer outras atividades, como esportes coletivos, ginástica ou circuito. "Treinar por prazer mantém o aluno motivado e reduz o risco de abandonar o programa", afirma Ricardo Custódio. O exercício perfeito, de acordo com o personal, é aquele que consegue equilibrar as necessidades do seu corpo com as suas preferências.
Homem levantando peso - Foto Getty Images

Respeite seus limites

O condicionamento físico não aparece do dia para a noite. "Pegar muito peso de uma vez ou caminhar uma distância muito longa só vai causar dores nos músculos e nas articulações", afirma o personal Adriano Braga. Estar disposto a melhorar sempre é fundamental, mas isso deve ser feito de maneira segura. "Do contrário, há risco de uma lesão mais séria e você é obrigado a ficar sem treinar justo quando estava mais engajado".
Homem levantando barra - Foto Getty Images

Aumente a intensidade aos poucos

O aumento da dificuldade do treino faz parte do programa - além de tornar a atividade mais interessante, o desafio ajuda seu corpo a ganhar condicionamento. "Isso pode significar aumento da carga, aumento da velocidade, redução do intervalo entre um exercício e outro ou aumento do número de repetições", afirma o personal Adriano Braga. Seguir um plano para aumentar a intensidade significa abandonar o sedentarismo de maneira gradual e saudável.
Mulher fazendo alongamento - Foto Getty Images

Faça alongamento e aquecimento

"Aquecer é aumentar a temperatura corporal, o que eleva a frequência cardíaca e prepara o corpo para a prática de exercícios", afirma o médico do esporte Ricardo. O alongamento, por sua vez, pode ajudar a prevenir lesões - esse tipo de movimento estimula a liberação do líquido sinovial, que lubrifica as articulações. "Esses minutinhos de preparação são valiosos porque informam o organismo sobre o que deve ser priorizado no momento, deixando atividades, como a digestão, em segundo plano".

domingo, 29 de dezembro de 2013

Aposte em exercícios físicos para evitar a diabetes tipo 1 e tipo 2

Aposte em exercícios físicos para evitar a diabetes tipo 1 e tipo 2

A doença é traiçoeira, mas evitar que ela te pegue é mais simples do que você imagina.



Exercícios diminuem o açúcar no sangue e evitam a chegada da diabetes
Foto: Getty Images
A diabetes surge sem você perceber. Sede que não passa, visão borrada, formigamento nos pés são sintomas simples que, na verdade, escondem problemas maiores: sedentarismo e má alimentação. É o estilo de vida moderno que faz com que esse seja o mal do nosso século, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Dados assustadores apontam que daqui a 20 anos o mundo vai ter o dobro de diabéticos de hoje. Isso representa duas vezes a população do Brasil, ou seja, 360 milhões de pessoas terão de controlar a quantidade de açúcar no sangue! Infelizmente, a doença ainda não tem cura. "Quem mantém um peso adequado e faz atividade física diminui pela metade as chances de ter diabetes", diz o médico endocrinologista Pedro Saddi. Quem convive com o mal também precisa ter hábitos saudáveis e controlar a glicemia, o nível de açúcar no sangue. Com doses do hormônio insulina, dá para ter uma vida nornal e evitar consequências graves como cegueira, falência dos rins e até amputação de pés e pernas. Portanto, não custa lembrar: mexa­se e faça um exame de glicemia, disponível em qualquer posto de saúde, uma vez por ano.
Uma doença, dois tipos:
tipo 1: "O próprio corpo ataca o pâncreas, que passa a produzir menos insulina do que a gente precisa", diz o médico Pedro Saddi. Em geral, surge em pessoas mais jovens, por motivos desconhecidos.
tipo 2: É mais comum, ocorrendo em 90% dos casos. O pâncreas não é atacado pelo próprio corpo, mas produz uma insulina defeituosa. As causas são obesidade, sedentarismo, idade e histórico familiar.
Fique de olho nos sintomas:

1. Vontade de fazer xixi e sede a toda hora
2. Visão borrada
3. Formigamento nos pés
4. Perda de peso anormal
5. Fome e vontade de doce
Evite a diabetes:
1. Exercícios diminuem o açúcar no sangue. Praticar atividades físicas é uma das melhores maneiras de evitar a diabetes. Durante o exercício, o corpo usa o açúcar disponível no sangue para conseguir mais energia, diminuindo a glicemia e ajudando no controle da doença.
2. Fibras e alimentos integrais são aliados. Invista numa dieta com poucos carboidratos (que viram glicose) e gordura (que facilita o aumento de peso). Aposte nas fibras, que retardam a absorção de glicose, e em alimentos como repolho e batata-yacon, que baixam os níveis de glicose no sangue.

Diabetes: a doença na vida das crianças

Diabetes: a doença na vida das crianças

A descoberta do diabetes na infância muda quase totalmente a rotina da criança, mas os cuidados adequados e o olhar dos pais garantem um futuro saudável


Pai aplicando insulina na filha
Para tratar a DM1, deve-se medir os níveis de glicemia no sangue até dez vezes ao dia (por um furinho no dedo), fazer a correção de insulina com injeções
Foto: Getty Images

A cada ano, mais de 70 mil crianças no mundo recebem o diagnóstico de diabetes do tipo 1 ouDM1. Segundo a Federação Internacional de Diabetes, cerca de 440 mil crianças com até 14 anos têm a doença. No Brasil, o Instituto da Criança com Diabetes estima que 150 mil crianças e jovens até 20 anos sejam diabéticos. Geralmente os pais demoram a descobrir a doença. "Na hora em que buscam atendimento, 25% das crianças têm o nível de açúcar no sangue tão alto que vão direto para a UTI", explica o endocrinologista pediátrico Durval Damiani, de São Paulo.
O tipo mais comum entre crianças e adolescentes, o DM1, é diferente do diabetes do tipo 2. Na DM1, o sistema imunológico ataca o organismo destruindo as células do pâncreas que produzem insulina. E faz com que seja preciso repor esse hormônio, que coloca a glicose para dentro das células, produzindo energia. Não se sabe ao certo o que causa a DM1, mas os médicos concordam que é uma combinação entre fatores genéticos e agentes externos, como o contato com alguns vírus, como os da rubéola e da caxumba. Já o diabetes do tipo 2 é desencadeado por excesso de peso e sedentarismo. Pouco tempo atrás era exclusividade dos adultos, mas já começa a afetar pequenos com esse perfil. Para tratar a DM1, deve-se medir os níveis de glicemia no sangue até dez vezes ao dia (por um furinho no dedo), fazer a correção de insulinacom injeções e mudar hábitos alimentares imediatamente.
A professora de inglês Nicole Lagonegro, de São Paulo, mãe de Maria Vittoria, que descobriu que era diabética aos 5 anos, lembra das primeiras aplicações de insulina. "Demorava até meia hora, com a Vittoria chorando e dizendo: "Mãe, não quero tomar injeção, por que está fazendo isso comigo? Até furei meu dedo para provar que não doía." Tratar o assunto de forma carinhosa e parceira faz diferença. A caneta de insulina, usada para aplicar o hormônio, ganhou adesivos infantis; Vittoria tem até maletinha rosa para os apetrechos de controle do diabetes.
A psicóloga Graça Maria de Carvalho Camara, da Associação de Diabetes Juvenil (ADJ), diz que é importante que a criança participe do que acontece e tenha as dúvidas respondidas. "Minha filha perguntava: 'Por que tenho diabetes e minha irmã não? Vou ter isso para sempre? Os médicos vão me curar?' Partia meu coração", lembra Nicole. A solução foi mostrar que uma pessoa é diferente da outra. "Explicava para a Vittoria que tem gente que usa óculos, tem gente que precisa de cadeira de rodas... Aos poucos, ela foi entendendo", diz a mãe.
Brincar na praia ou piscina sempre foi um programa traumático para Vittoria. O motivo: se aatividade física é intensa, a quantidade de insulina aplicada para manter os níveis de glicose normais pode não bastar, abrindo caminho para a hipoglicemia. Isso não significa ter de abolir o exercício; pelo contrário. Ele evita a hiperglicemia, que gera picos de açúcar no sangue. No entanto, deve ser monitorado. Mas a hipoglicemia continua sendo a mais temida pelos pais. Durante uma crise, Nicole achou que a filha fosse morrer. "Ela teve uma convulsão no café da manhã e saí desesperada para o hospital, colocando mel na boca dela. No caminho, Vittoria voltou ao normal", lembra.
Com o tempo, as mães de crianças "docinhas", como elas mesmas dizem, viram experts. Fazem a contagem de carboidratos em segundos, sabem dizer pelo olhar se o filho está com hipoglicemia ou hiperglicemia. O jeitinho superprotetor está lá, mas os pais devem saber que é vital para a criança ter autonomia.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Aleitamento materno protege contra o desenvolvimento do Diabetes tipo 1



Dra. Marlene Merino Alvarez
Nutricionista do Departamento de Nutrição da SBD e da
Universidade Federal Fluminense.
O aumento dos casos de Diabetes tipo 1 (DM1) em crianças e adolescentes faz surgir diversas investigações com as  mais diversas hipóteses sobre o seu fator causal. O desenvolvimento do diabetes tipo 1 é caracterizada pela destruição autoimune das células betas do pâncreas, as quais produzem insulina. São conhecidos na literatura pelo menos 5 tipos de anticorpos associados ao diabetes tipo 1 na adolescência. Contudo também são citados alguns fatores externos que contribuem para o desenvolvimento da doença que incluem nutrição, infecções virais, peso de nascimento, idade materna, crescimento infantil acelerado, estresse e fatores socioeconômicos.
Estudos têm demonstrado que a exposição dietética ao leite de vaca precocemente pode aumentar o risco de autoimunidade de células betas e DM1, enquanto que o efeito positivo da amamentação tem sido associado ao fortalecimento do sistema imunológico da criança. Nesse sentido foi realizada recentemente uma revisão sistemática para avaliar a existência de evidências sobre a associação entre amamentação ou o consumo de leite de vaca ou fórmula láctea durante o início da infância, com o desenvolvimento de DM1 posteriormente na infância e adolescência.
Foi encontrado um total de 161 estudos, os quais sofreram diversos filtros resultando em uma amostra final de 28 estudos. Os resultados desta revisão sistemática indicaram que a curta duração e/ou a falta de aleitamento materno podem constituir como um fator de risco para o desenvolvimento de DM1 mais tarde.
O papel protetor do leite materno pode ser atribuído principalmente pela sua composição, particularmente pelas substâncias antimicrobianas, tais como lactoferrina, lisozima e IgA secretória. A lactoferrina é uma proteína que protege contra uma ampla gama de microrganismos que requerem ferro para seu crescimento. A lisozima é uma enzima que tem a capacidade de proteger o corpo humano ligando-se a microorganismos e causando destruição celular, além disso, a imunoglobulina A secretória fornece proteção contra várias bactérias (Escherichia coli, Vibrio cholerae, Streptococcus pneumonia e, Clostridium difficile, Salmonella) e contra numerosos  vírus. Ademais o leite materno oferece diversos mecanismos que protegem contra a imaturidade do sistema imune da criança.
Os resultados dessa revisão sistemática reforçam a importância do incentivo ao aleitamento materno exclusivo até o sexto mês e de sua manutenção até dois anos de idade, associado à alimentação complementar. No Brasil, os dados estatísticos ainda são alarmantes quanto a introdução precoce de alimentos (ex: leite de vaca e fórmulas infantis) e da cobertura de aleitamento materno exclusivo, o qual atinge somente 41% das crianças com menos de seis meses, fato este, que poderia estar contribuindo para a instalação de diversas condições desfavoráveis a saúde da criança.

A Necessidade Imediata de um Novo Censo Nacional de Diabetes

A Necessidade Imediata de um Novo Censo Nacional de Diabetes

Dr. Augusto Pimazoni Netto
Editor Médico do COIDEC Diabetes News
Comentário para: pimazoni@uol.com.br



No mês de julho último, o Censo Nacional de Diabetes completou 18 anos de existência, desde o encerramento da coleta de dados realizada no período de novembro de 1986 e julho de 1988. Do ponto de vista de metodologia de pesquisa epidemiológica, o Censo Nacional de Diabetes foi uma verdadeira obra-prima, conduzido sob a coordenação técnica do Prof. Laércio Franco e sob a coordenação administrativa e gerencial do Dr. Geniberto Paiva Campos (Ministério da Saúde) e do Dr. Reginaldo Albuquerque (Conselho Nacional de Pesquisa - CNPq) e com a colaboração de uma motivada equipe de profissionais de saúde que colaborou com a elaboração do protocolo e sua efetiva implementação nos nove centros urbanos distribuídos pelo território nacional. A grande pergunta que todos nós fazemos hoje em dia, infelizmente, continua sem resposta: qual a validade atual de dados epidemiológicos colhidos há 20 anos, principalmente em relação a uma patologia como o diabetes que vem apresentando proporções epidêmicas nessas últimas duas décadas?
Os dados de 1988 já demonstravam uma prevalência média de 7,6% na população urbana brasileira entre 30 e 69 anos, com nada menos de um adicional de 7,8%, nessa mesma faixa etária, que apresentava tolerância diminuída à glicose. Assim, a dimensão real do problema, incluindo os portadores de diabetes e de pré-diabetes, de acordo com o conceito atual, aponta para uma prevalência de nada menos que 15,4% de portadores de condições crônicas que promovem um risco elevado de complicações cardiovasculares.
Mais recentemente, um estudo regional conduzido pela equipe da Dra.Maria Tereza Torquato e publicado em 2003, utilizando a mesma metodologia do Censo Nacional de Diabetes, mostrou uma prevalência média de diabetes de 12,1% e de tolerância diminuída à glicose (pré-diabetes) de 7,7%, perfazendo a cifra integrada de 19,8% de portadores de diabetes e de pré-diabetes, na faixa etária de 30 a 69 anos. Se compararmos a prevalência integrada de diabetes + pré-diabetes mostrada pelo Censo de Diabetes de 1988 (15,4%) com a prevalência integrada mostrada pelo estudo de Ribeirão Preto (19,8%), podemos extrapolar uma evolução de 28,5% na prevalência de condições clínicas relacionadas ao diabetes. A outra pergunta que não quer calar é a seguinte: poderíamos utilizar a prevalência do estudo de Ribeirão Preto para melhor refletir a provável realidade da dimensão do diabetes no Brasil como um todo?
Do ponto de vista acadêmico, essa extrapolação talvez possa ser ou parecer uma heresia, porém, do ponto de vista prático, considerando a evolução epidêmica do diabetes em todo o mundo, os números de Ribeirão Preto certamente refletem a situação atual do diabetes no Brasil de uma forma muito mais precisa do que os dados originais do Censo Nacional de Diabetes. Aliás, apenas para validar esta extrapolação, menciono os dados do trabalho de Geiss e colaboradores, publicado no American Journal of Preventive Medicine de maio de 2006, segundo o qual a incidência de diabetes diagnosticado durante um período de apenas seis anos, de 1997 a 2003, aumentou nada menos que 41%.
Em resumo, está mais do que justificada a necessidade de realização do Segundo Censo Nacional de Diabetes, cuja viabilidade somente será possível com o aporte de recursos de diferentes organismos governamentais e da iniciativa privada, como aconteceu com o Censo de 1988. Com a palavra os coordenadores do primeiro Censo Nacional de Diabetes e o Ministério da Saúde, na pessoa da Dra.Rosa Sampaio, Coordenadora Nacional de Hipertensão e Diabetes.
A tabela a seguir mostra a matriz de cálculo para a estimativa da população de portadores de diabetes no Brasil, utilizando-se a prevalência do estudo de Ribeirão Preto (12%) ao invés da prevalência do Censo Nacional de Diabetes (7,6%), ambas as cifras para a faixa etária de 30 a 69 anos. Certamente, esta estimativa também é conservadora, uma vez que considera apenas o aumento da prevalência na faixa etária de 30 a 69 anos. Com o aumento da sobrevida da população de idosos, é de se esperar que, atualmente, a prevalência de diabetes na população acima de 69 anos seja maior do que aquela registrada no censo de 1988 e que consta desta matriz de cálculo.
Estimativa da população diabética em 2006 - prevalência de 12% 
Estimativa total de habitantes: 190.000.000 em 2006
Distribuição por faixa etária (1) 
Prevalência do Diabetes (2)



Dieta melão amargo para um diabético



Dieta melão amargo para um diabético



Diabetes, uma doença metabólica crônica, afeta 20,8 milhões de americanos, observa a Universidade de Maryland Medical Center. Caracterizada por níveis de glicose no sangue não controlados, o diabetes ocorre quando o organismo não produz insulina ou não é capaz de usá-lo de forma eficaz. Se o diabetes não for tratada, pode levar a problemas de saúde graves, incluindo cegueira e danos nos nervos. Felizmente, o diabetes pode ser controlado por meio de injeções de insulina e medicamentos que os níveis mais baixos de açúcar no sangue. O melão amargo também pode ajudar a reduzir os níveis elevados de glicose no sangue, mas não é um substituto para os medicamentos de diabetes. Consulte o seu médico antes de usar incorporá-lo em sua dieta.

Propriedades e Benefícios Potenciais

O melão amargo, também conhecido como maçã amarga ou pepino selvagem, é usado como alimento em muitas partes da Ásia. Ele também pode ter propriedades medicinais e às vezes é usado como um tratamento complementar para várias condições, incluindo o HIV e câncer. A Universidade de Maryland Medical Center notas que às vezes também é usada para menor glicemia em pacientes com diabetes. Ele contém um grande número de compostos activos, incluindo charantin, vicine e polipeptídeo-P, que, de acordo com o Centro de Câncer Memorial Sloan-Kettering, pode aumentar a absorção de glicose e melhorar a tolerância à glucose.

Eficácia

Os resultados de um estudo randomizado, duplo-cego, de quatro semanas clínica em recém-diagnosticados com diabetes tipo 2 pacientes, publicado na edição de Março de 2011 do Journal of Ethnopharmacology, mostram que 2.000 mg de melão amargo diariamente ajuda a diminuir os níveis de glicose no sangue . No entanto, os autores observa que o melão amargo não foi tão eficaz como a metformina, uma droga diabetes oral utilizado para tratar a diabetes do tipo 2.

Como usar

O melão amargo pode ser consumido cru, tomado como um chá, suco ou em cápsulas ou comprimidos. Orientação relativamente a uma quantidade adequada não é claro e pode variar de acordo com a sua idade e saúde em geral. Mississippi Batista de Sistemas de Saúde relata que uma dose típica de melão amargo é uma pequena, melão, verdes crus ou 50 ml a 100 ml de suco fresco, diariamente. Como o nome sugere, melão amargo sabor muito amargo, então você pode querer incorporar a carne ou o suco em um smoothie com outras frutas para mascarar o sabor.

Considerações sobre segurança

Desde melão amargo é considerado como um alimento, é considerado seguro, de acordo com Sistemas Mississippi Baptist Health. No entanto, existe o risco de que poderia reduzir os níveis de glicose no sangue muito, especialmente quando usado juntamente com diabetes medicamentos precription. Por esta razão, é importante que você verifique regularmente os seus níveis de glicose no sangue ao usá-lo. Não use melão amargo se você está grávida, pois pode ter efeitos abortivos. Se você tiver dúvidas ou perguntas sobre o uso de melão amargo, consulte o seu médico.

http://centrodeartigos.com/saude-e-dieta/artigo-5403.html


Acompanhamento médico e informação são melhores aliados do diabético




Acompanhamento médico e informação são melhores aliados do diabético
Fonte: O Globo
RIO - Sede excessiva, vontade constante de urinar, cansaço, fome, emagrecimento e visão turva. Os sintomas do diabetes, além de muitas vezes demorarem a aparecer, são facilmente confundidos com outras enfermidades. Para que a doença, que foi tema da última edição deste ano dos Encontros O GLOBO Saúde e Bem-Estar não cause maiores complicações, a dica dos especialistas é ficar atento ao índice glicêmico durante toda a vida, uma prática que já vem aumentando. Se os números gerais do diabetes, que o colocam em nível de pandemia, crescem vertiginosamente, um dos motivos é o maior acesso ao conhecimento e acompanhamento da saúde.

- As pessoas estão mais informadas, e o aumento da informação faz com que tenham mais consciência e façam mais exames - contou Leão Zagury, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes e editor responsável pela revista da entidade, durante o evento, na Casa do Saber O GLOBO, na última quarta-feira. - Isso é ótimo, pois antes só se descobria a doença quando já havia algum comprometimento.

Complicações podem levar à morte

Os avanços no diagnóstico também são responsáveis por esse aumento: antigamente uma pessoa era considerada diabética se o índice glicêmico passava de 140, hoje a taxa limite caiu para 126.

Com complicações que podem levar até a uma morte prematura, o diabetes é dividido entre o tipo 1, resultado de um processo autoimune (pode ser ativado por viroses) que compromete a produção de insulina e atinge principalmente crianças; e o tipo 2, mais comum, causado principalmente por hábitos de vida pouco saudáveis.

A produção deficiente ou nula de insulina é a chave para a glicose entrar nas células e se transformar em energia. Sem essa chave, ela acaba se acumulando na corrente sanguínea, gerando problemas nos rins, olhos, nervos e artérias — o que pode causar amputações e impotência masculina, que acontece quando o índice glicêmico está muito alto. Mas a impotência pode ser revertida com o controle alimentar e exercícios físicos.

De acordo com pesquisa divulgada esse ano pela Associação Americana de Diabetes (ADA, na sigla em inglês), os principais fatores de risco para a doença são sedentarismo, parentesco de primeiro grau com diabéticos, etnia de alto risco (afrodescendentes, latino-americanos, asiáticos), mulheres que tiveram filhos com mais de 4,5 kg ou desenvolveram diabetes gestacional e hipertensos (tratados ou não), dentre outros.

- Existem muitos mitos que envolvem a doença. O principal deles é que para prevenir o diabetes basta evitar o açúcar - disse Claudio Domênico, cardiologista e coordenador do evento. - Mas as pessoas esquecem que uma porção de batata frita, por exemplo, tem mais açúcar que duas colheres cheias de chocolate.

Alimentação não elimina doces

Ao contrário do que muitos pensam, a alimentação do diabético não deve cortar totalmente doces e massas.

- É claro que o diabético tem que se cuidar mais, mas a sua alimentação não deve ser muito diferente de pessoas comuns - afirmou Haline Dalsgaard, nutricionista e educadora em diabetes. - O mais importante é que seja adequada em qualidade e quantidade, e que as refeições não sejam feitas com longos períodos de intervalo entre elas.

A técnica mais utilizada para equilibrar a alimentação, segundo Haline, é controlar o índice glicêmico dos alimentos, que mede a rapidez com que eles aumentam os níveis de açúcar no sangue. E nem adianta consultar tabelas na internet para saber como fazer contas. A dieta adequada depende do estilo de vida e do paladar de cada um.

De acordo com Haline, os mitos mais frequentes da alimentação, principalmente de um diabético, são que pães integrais podem ser consumidos à vontade - não, pois contém amido, que se transforma em açúcar no sangue; produtos dietéticos podem ser utilizados à vontade - não, eles possuem gordura em excesso; frutas podem ser consumidas à vontade - não, pois são consideradas alimentos com alto índice glicêmico, e devem ser comidos com parcimônia, de preferência com cereais.

- O chocolate dietético eu não indico. Não possui valor nutritivo e é rico em farinha e gordura - ressalta.

Os avanços da medicina hoje, com agulhas de aplicação mais finas e até pílulas de insulina, permitem uma vida mais confortável ao diabético: