quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Desvende 14 mitos e verdades sobre o leite

Desvende 14 mitos e verdades sobre o leite

Saiba os reais benefícios e quando o consumo da bebida deve ser evitado

O hábito de ingerir leite de vaca gera controvérsias. Há especialistas que condenam a bebida com a alegação de que traz malefícios, enquanto outros defendem o consumo diário para suprir uma série de nutrientes que o organismo precisa, com destaque para o cálcio. Mocinho ou vilão, o fato é que o leite de vaca carrega diversos mitos sobre o seu consumo. Neste Dia Internacional do Leite, lembrado no dia 24 de junho, esclareça a seguir as dúvidas mais comuns, respondidas pelas nutricionistas Adriana Mesquita e Maria Claudia dos Santos, do Hospital São Luiz em São Paulo, e Patrícia Ornellas, do Saison Spa no Rio de Janeiro.  
  • Leite orgânico - Foto: Getty Images
  • Pedras nos rins - Foto: Getty Images
  • Leite desnatado ou integral? - Foto: Getty Images
  • Leite faz bem ou mal? - Foto: Getty Images
  • Ganho de peso - Foto: Getty Images
  • Leite desnatado tem colesterol - Foto: Getty Images
  • Acne não é causada por leite - Foto: Getty Images
  • Alergias ao leite - Foto: Getty Images
  • Leite e derivados - Foto: Getty Images
  • Leite após exercícios - Foto: Getty Images
  • Leite de soja - Foto: Getty Images
  • Leite e puberdade - Foto: Getty Images
  • Resfriado - Foto: Getty Images
  • Gastrite - Foto: Getty Images
 
 
DE 14
Leite orgânico - Foto: Getty Images
1. O leite orgânico é mais seguro que o leite normal
Mito, os dois são seguros para o consumo. "A diferença do orgânico é que as vacas produtoras não recebem hormônios ou antibióticos para aumentar a produção de leite", esclarece a nutricionista Patrícia. Essas vacas também não se alimentam de pastos com fertilizantes, o que torna o leite orgânico mais puro e a opção que mais preserva o meio ambiente.

No entanto, o governo brasileiro estabelece regras rígidas de segurança para garantir que todo leite comercializado esteja livre de resíduos que possam ser prejudiciais ao organismo. Por isso, tanto a versão convencional quanto a orgânica são consideradas seguras.
Pedras nos rins - Foto: Getty Images
2. A ingestão de leite causa pedras nos rins. 
Mito. A nutricionista Patrícia conta que o cálculo renal está, sim, relacionado ao cálcio, mineral presente em abundância no leite e derivados. "O cálcio em excesso no organismo tende a se depositar e ocasionar cálculo nos rins", explica.

Só que reduzir o cálcio da alimentação não é a solução para evitar o problema. Na verdade, estudos e especialistas indicam que esse mineral - na medida certa - pode até ajudar na proteção dos rins. Em vez de banir o leite da alimentação, portanto, o ideal para prevenir complicações renais é beber bastante água, evitar álcool em excesso e reduzir o consumo de sal.  
Leite desnatado ou integral? - Foto: Getty Images
3. Leite desnatado é somente leite integral com água adicionada.
Mito. O leite desnatado apenas tem um teor reduzido de gordura saturada e colesterol. Não há acréscimo de água - garante a nutricionista Patrícia - e não há redução de nutrientes.

Há quem afirme que a versão desnatada tem mais cálcio - o que seria positivo para prevenção da osteoporose - e mais sódio - o que seria negativo, principalmente, para hipertensos. A nutricionista Adriana, porém, diz que a diferença é irrelevante, já que as quantidades desses minerais - assim como de outros nutrientes - são semelhantes nos dois tipos de leite. 
Leite faz bem ou mal? - Foto: Getty Images
4. O leite deveria ser evitado na alimentação. 
Mito. Há contradições, mas ainda prevalecem estudos e especialistas que afirmam que o leite só deve ser evitado em caso de alergias. "A bebida é ótima fonte de proteína e o cálcio que ela contém é mais bem absorvido pelo corpo, se comparada a outros alimentos que também sejam fonte desse mineral", alega Patrícia.  
Ganho de peso - Foto: Getty Images
5. Laticínios causam ganho de peso.
Verdade, assim como todo alimento em excesso que contenha gordura e calorias. Por isso, o ideal é ingerir as versões com teor reduzido de gordura que, se consumidas na medida certa, não provocam quilos extras. 
Leite desnatado tem colesterol - Foto: Getty Images
6. Leite desnatado não tem colesterol.
Mito. A nutricionista Maria Claudia afirma que todos os alimentos de origem animal possuem colesterol. "O que ocorre com o leite desnatado é que, com a redução das gorduras do alimentos, o teor de colesterol livre também diminui", explica a profissional.  
Acne não é causada por leite - Foto: Getty Images
7. Leite causa acne. 
Mito. A nutricionista Patrícia lembra que ainda não está comprovado. "Existe um estudo que demonstra que os hormônios das vacas podem funcionar como pré- hormônios no sistema enzimático das glândulas de gordura", explica. O estudo é de Harvard (EUA), que indica que esses hormônios seriam semelhantes aos causadores de acne na pele humana. No entanto, ainda faltam mais pesquisas para comprovar essa relação. 
Alergias ao leite - Foto: Getty Images
8. Alergia à proteína do leite é diferente de alergia à lactose. 
Verdade. Alergia à proteína é uma resposta imunológica do corpo contra a proteína do leite, que pode ser de vaca, cabra, búfala etc. "O organismo entende essa proteína como um agente estranho que precisa ser combatido e desencadeia reações alérgicas, como diarréia e urticária", explica a nutricionista Patrícia.

Já alergia à lactose é a falta ou deficiência da produção de uma enzima chamada lactase, que serve para digerir a lactose - o açúcar natural do leite. Patrícia conta que, quando não absorvida, essa substância é fermentada por bactérias do intestino grosso, levando à diarreia.  
Leite e derivados - Foto: Getty Images
9. Se a pessoa for intolerante à lactose, deve evitar todos os laticínios. 
Mito. "O que ocorre é que o grau de intolerância à lactose varia em cada caso, podendo se apresentar de uma forma mais ou menos agressiva", conta a nutricionista Adriana. Com isso, muitas pessoas não podem consumir o leite em excesso, porém apresentam boa aceitação de seus derivados. O melhor é sempre seguir as orientações de médicos e nutricionistas. 
Leite após exercícios - Foto: Getty Images
10. Tomar leite depois de praticar exercícios físicos é uma boa opção. 
Verdade. Um estudo realizado pela Universidade do Canadá constatou que mulheres que bebem dois copos grandes de leite por dia, após a sua rotina de musculação, ganham mais massa muscular e perdem mais gordura em comparação às mulheres que bebem energéticos.

"O leite repõe perdas da transpiração e atua no restabelecimento da hidratação", explica Patrícia. Por isso, a bebida é uma boa opção após atividades físicas para restituir as funções normais do organismo, principalmente a versão desnatada.  
Leite de soja - Foto: Getty Images
11. Bebida à base de soja é tão nutritivo quanto leite de vaca. 
Depende. A bebida à base de soja, se fortificada, pode conter a mesma quantidade de determinados nutrientes, quando comparado ao leite de vaca. "Mas precisamos nos atentar se os nutrientes adicionados à esta bebida são absorvidos tão facilmente quanto os presentes no leite de vaca", lembra Maria Claudia.

De acordo com ela, isso ocorre porque, muitas vezes, o nutriente acrescentado ao produto não está na sua forma de mais fácil absorção. "Por isso, temos que consumir um maior volume da bebida à base de soja para ter os mesmos nutrientes presentes no leite comum", completa.  
Leite e puberdade - Foto: Getty Images
12. A ingestão de leite causa puberdade precoce.
Mito. Segundo Maria Claudia, não há comprovação de que ingerir leite causepuberdade precoce. O que ela aconselha é exatamente uma alimentação com o leite presente, que é uma fonte significativa de cálcio e não deve ser eliminada durante a puberdade.  
Resfriado - Foto: Getty Images
13. Ingerir leite quando se está resfriado causa aumento de muco. 
Mito. Não há estudos que comprovem essa relação, de acordo com a nutricionista Adriana. "As pessoas podem confundir o espessamento temporário da saliva após a ingestão do leite com muco", conta.  
Gastrite - Foto: Getty Images
14. Pessoas com gastrite devem evitar tomar leite.
Verdade, mas depende da forma que ele é ingerido. "O consumo isolado da bebida deve ser evitado por provocar um aumento no suco gástrico para digestão dos nutrientes", conta Maria Claudia, que aconselha ingerir o leite junto com outros alimentos.  

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Diabetes-Microalbuminúria

Diabetes-Microalbuminúria


Detectando o primeiro sinal de problemas nos rins.

Quando você tem diabetes, seus rins estão mais suscetíveis para ter algum dano (nefropatia diabética). Monitoramento regular dos rins para saber se há danos permite com que você previna ou adie as complicações.
 Um meio de checar um dano nos rins é o teste de microalbuminúria.

 O que o teste mede

 O teste de microalbuminúria na urina mede a quantidade de albumina na sua urina. A presença de albumina é sempre o primeiro sinal de um dano no rim.
 A albumina é um tipo de proteína que normalmente está presente em grandes quantidades na circulação sangüínea. As proteínas do sangue protegem contra infecção, ajuda na coagulação do sangue e mantém a quantidade certa de fluido circulando no seu corpo.
 Rins que funcionam apropriadamente filtram produtos desperdiçados do seu sangue através de uma imensa rede de minúsculos vasos sangüíneos. Os produtos desperdiçados então são excretados na sua urina. Por outro lado, proteínas benéficas como a albumina, não são filtradas, ao contrário,  permanecem no seu sangue.
 Quando seus rins chegam a se danificar, o oposto acontece: Produtos desperdiçados permanecem no seu sangue e a proteína escoa para sua urina.
 Primeiro, quando o dano está no início, somente pequenas quantidades de albumina escapam para a urina, uma condição chamada microalbuminúria, também conhecida como proteinúria.

 Como o teste pode ajudar

Grandes quantidades de proteína escoada pode fazer com que sua urina tenha um aspecto espumoso e o seu corpo retenha fluido, resultando em inchaço nas mãos, pés, abdômen ou rosto. Todavia, você pode não ter sintomas de doença nos rins por muitos anos.
 Pesquisando com testes especializados
 Uma rotina de análise urinária não pode detectar microalbuminúria – é uma boa maneira de detectar logo no início doença no rim. Apesar de não poder se desfazer do dano existente, você pode prevenir seu progresso. Se não tratado, a doença renal pode no final das contas resultar na falência completa dos rins, e exigir diálise ou transplante.

 Falha nos rins

Controlando o açúcar no sangue e a pressão sangüínea pode ajudar a prevenir danos nos rins mais adiante.
Mudanças na dieta podem ser necessárias. Algumas pessoas se beneficiam de dietas que reduzem a proteína, sódio ou fosfato. Todavia, devido às potenciais deficiências nutricionais, consulte um(a) nutricionista ou seu médico , ao invés de planejar uma refeição por sua conta.

 Como é feito o teste

Vários métodos são usados para a microalbuminúria. Valores normais de albumina variam do método de teste empregado.
 O método mais preciso é a coleta de urina por 24h, e você tem que seguir as instruções cuidadosamente. A clínica médica ou um laboratório dá um recipiente especial e especifica as instruções para completar o teste. Normalmente, após se levantar, no primeiro dia do teste, você  esvazia a bexiga e descarta esta amostra no vaso sanitário. Pelas próximas 24 horas, você coleta todas as urinas subseqüentes no recipiente. Quando você se levantar na manhã do segundo dia de teste, você coleta a urina e também a coloca no recipiente. E depois é só levar para a clínica ou ao laboratório para análise, conforme instruções.
 Pode-se também fazer uma coleta ocasional. Para isso, você fornece uma amostra da urina no consultório médico ou laboratório. Uma tira de papel quimicamente tratada mudará de cor quando imergir se tiver muita proteína na urina.
 Como os níveis de albumina podem variar diariamente, você pode necessitar 2 ou 3 testes durante alguns meses para confirmar se você tem microalbuminúria.

 Quantas vezes fazer o teste

A freqüência do teste de microalbumina na urina depende da situação individual. Em geral, fazer o teste:
No início, quando é diagnosticado o diabetes tipo 2 (diabete de adulto ou diabetes não insulino dependente)
Cinco anos após o diagnóstico do diabetes tipo 1 (diabete juvenil ou diabetes insulino dependente)
Ao menos uma vez ao ano após o primeiro teste, mas mais vezes se a microalbuminúria está presente ou se você tem vasos sangüíneos prejudicados em outras áreas do corpo, como seu coração, olhos ou nas extremidades, o que poderia indicar dano iminente nos rins.
 Converse com seu médico endocrinologista quantas vezes você deve fazer o teste.

 Limites do teste

Apesar do diabetes ser uma causa comum de microalbuminúria, não é a única causa. Outras condições também podem causar excesso de vazamento de proteína na urina, incluindo pressão arterial alta, certas desordens imunes e infecções.
E também, se exercitar antes do teste ou estar desidratado pode causar elevações dos níveis de microalbumina na urina. Se os resultados do seu teste de microalbumina na urina estão elevados, você pode requerer um teste adicional para descobrir a causa.
 Fonte: www.cnn.com/health

IMPORTANTE

Procure o seu médico para diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios.
As informações disponíveis no site da Dra. Shirley de Campos possuem apenas caráter educativo.
Publicado por: Dra. Shirley de Campos





Artigo comentado: Progression to microalbuminúria in patients with type 1 diabetes: a seven-year prospective study


Artigo comentado: Progression to microalbuminúria in patients with type 1 diabetes: a seven-year prospective study


O artigo intitulado: “Progressão para a microalbuminúria em pacientes com diabete melito tipo 1: um estudo prospectivo” foi publicado no periódico Diabetolology & Metabolic Syndrome por  Roberta A Cobas e colaboradores.
A Nefropatia diabética é uma das complicações crônicas mais sérias que acomete os portadores de diabete melito tipo 1 (DM1) e afeta aproximadamente 20 a 30% destes pacientes. É responsável pelo aumento do risco de desenvolver doença cardiovascular e pela evolução para doença renal crônica terminal. O declínio progressivo da função renal nos pacientes com DM1 é um evento precoce e está associado à presença de microalbuminúria.
Este estudo de coorte longitudinal que envolveu pacientes brasileiros com DM1 e normoalbuminúricos teve como objetivo determinar os preditores para o desenvolvimento de microalbuminúria.
Dos 122 pacientes estudados 41% desenvolveram microalbuminúria após 11 (5-15) anos de duração do diabete melito e 5,9 (2,44-7,76) anos de seguimento. Entre as variáveis que apresentaram associação com o desenvolvimento da microalbuminúria (idade, idade ao diagnóstico, duração do diabete melito, pressão arterial, glicemia de jejum, IMC, colesterol total, triglicérides, razão colesterol/HDL e história familiar de diabete tipo 2) os únicos fatores independentes foram IMC [HR 1,12(1,03-1,21)] e razão colesterol/HDL [HR 1,32 (1,05-1,67)].
Na última década o ganho de peso nos pacientes com DM1 tem aumentado e pode estar associado ao uso da insulina se não houver um bom controle glicêmico. Este sobrepeso/obesidade que acomete os portadores de DM1 pode levar à resistência a ação da insulina e também está envolvido na patologia da microalbuminúria.  A resistência a ação da insulina é um fator de risco para lesão renal em parte devido à inflamação e ao estresse oxidativo.
Além dos problemas associados ao excesso de peso os pacientes com DM1 também apresentam predisposição para o desenvolvimento precoce de aterosclerose independentemente dos níveis das lipoproteínas de alta densidade (HDL-colesterol). Tanto o colesterol total como as lipoproteínas de baixa densidade (LDL-colesterol) têm sido associados com a progressão para microalbuminúria.
Em conclusão os autores observaram que um maior IMC e razão colesterol/HDL condição cada vez mais freqüente em pacientes com DM1 aumentaram o risco de desenvolvimento de microalbuminúria em um curto período de seguimento.
Vale observar que os fatores preditores para o desenvolvimento da microalbuminúria encontrados neste estudo são modificáveis e a nutrição tem papel importante neste tratamento. No entanto, esses fatores devem ser identificados precocemente para que se possa realizar a intervenção ainda na fase inicial e manter um monitoramento adequado.
Dra. Flavia Bária
Flavia Bária
Nutricionista Mestre e Doutoranda em Ciências pela Universidade Federal de São Paulo
Artigo comentado: Progression to microalbuminúria in patients with type 1 diabetes: a seven-year prospective study. Diabetology & Metabolic Syndrome (2011, 3:21).

Diabetes Gestacional

Diabetes Gestacional

Dra. Lenita Zajdenverg 
Professora Adjunta da Universidade Federal do Rio de Janeiro   
Coordenadora do Serviço de Diabetes e Gravidez da Maternidade Escola da UFRJ
Durante a gravidez ocorrem adaptações na produção hormonal materna para permitir o desenvolvimento do bebê. A placenta é uma fonte importante de hormônios que reduzem a ação da insulina, responsável pela captação e utilização da glicose pelo corpo.  O pâncreas materno, consequentemente, aumenta a produção de insulina para compensar este quadro de resistência á sua ação. Em algumas mulheres, entretanto, este processo não ocorre e elas desenvolvem quadro de diabetes gestacional, caracterizado pelo aumento do nível de glicose no sangue. Quando o bebê é exposto a grandes quantidades de glicose ainda no ambiente intra-uterino, há maior risco de crescimento fetal excessivo(macrossomia fetal) e, conseqüentemente, partos traumáticos, hipoglicemia neonatal e até de obesidade e diabetes na vida adulta.
O diabetes gestacional pode ocorrer em qualquer mulher. Não é comum a presença de sintomas. Por isso, recomenda-se que todas as gestantes pesquisem, a partir da 24ª semana (início do 6º mês) de gravidez, como está a glicose em jejum e, mais importante ainda, a glicemia após estímulo da  ingestão de glicose, o chamado teste oral de tolerância a glicose .O diagnóstico é feito caso a glicose no sangue venha com valores iguais ou maiores a 92 mg/dl no jejum ou 180 mg/dl e 153 mg/dl respectivamente 1 hora e 2 horas após a ingestão do açúcar.
Algumas mulheres tem maior risco de desenvolver a doença e devem estar mais atentas.
São considerados fatores de risco para o diabetes gestacional:  Idade materna mais avançada, ganho de peso excessivo durante a gestação, sobrepeso ou obesidade, Síndrome dos ovários policísticos, história prévia de bebês grandes (mais de 4 kg) ou de diabetes gestacional, história familiar de diabetes em parentes de 1º grau , história de diabetes gestacional na mãe da gestante, hipertensão arterial sistêmica na gestação e gestação múltipla (gravidez de gêmeos).
O controle do diabetes gestacional é feito na maioria das vezes através de uma orientação nutricional adequada. A gestante necessita ajustar para cada período da gravidez as quantidades dos nutrientes. A prática de atividade física é uma medida de grande eficácia para redução dos níveis glicêmicos. A atividade deve ser feita somente depois de avaliada se existe alguma contra-indicação, como por exemplo, risco de trabalho de parto prematuro.
Aquelas gestantes que não chegam a um controle adequado com dieta e atividade física tem indicação de associar uso de insulinoterapia. O uso da insulina é seguro durante a gestação e o objetivo da terapêutica é a normalização da glicose materna, ou seja, manter níveis antes das refeições menores que 95 mg/dl e 1 hora após as refeições menores que 140 mg/dl. É importante destacar que a maioria das gestações complicadas pelo diabetes, quando tratada de maneira adequada, irá ter um excelente desfecho e os bebês nascerão saudáveis.

Aproximadamente 6 semanas após o parto a mulher que teve diabetes gestacional deve realizar um novo teste oral de tolerância a glicose, sem estar em uso de medicamentos antidiabéticos. O histórico de diabetes gestacional é um importante fator de risco para desenvolvimento de diabetes tipo 2 ao longo da vida adulta e na senilidade.  O aleitamento materno pode reduzir o risco de desenvolvimento de diabetes permanente após o parto. O desenvolvimento de diabetes tipo 2 após o parto frequentemente é prevenido com  a manutenção de uma alimentação balanceada  e com a prática regular de atividades físicas . 

O Chá de Pata de Vaca e o Diabetes

O Chá de Pata de Vaca e o Diabetes

O famoso Chá de Pata-de-Vaca talvez seja um dos tratamentos alternativos para o Diabetes mais populares no Brasil. Tenho certeza que quase todos os endocrinologistas (ou até mesmo clínicos) já se depararam com um paciente que diz estar realizando o tratamento de seu diabetes com este “maravilhoso e poderoso” chá (ou mesmo com cápsulas desta planta). Eu mesmo me deparei com um destes pacientes esta semana. E ele foi totalmente enfático: “Doutor, depois que comecei a fazer uso deste chá, meus níveis de glicose baixaram muito.”
O nome científico da Pata-de-Vaca é Bauhinia variegata (L.), pertencente a família Fabaceae, subfamília Caesalpinioidea. Esta planta é originária da Ásia, mais precisamente China e Índia. No Brasil, o gênero Bauhinia ocorre desde o Piauí até o Rio Grande do Sul, nas formações florestais do complexo atlântico e nas matas de planalto. Suas flores variam de brancas, róseas, roxo-pálidas até avermelhadas. Além das possíveis propriedades medicinais (que comentarei abaixo), esta planta também é muito utilizada no paisagismo, exatamente pela grande beleza de suas flores. Quanto a origem do nome Pata-de-Vaca, vale a pena comentar que ele é devido ao formato de suas folhas, que, de alguma forma, lembram a pata de uma vaca.
Agora vem a parte difícil da coluna. Embora uma pesquisa na Internet mostre inúmeros sites que comentam as propriedades antidiabéticas da Pata-de-Vaca, a literatura científica não é tão rica assim. Talvez o fato que tenha chamado mais minha atenção é que não existe NENHUM (isso mesmo, NENHUM) estudo clínico avaliando os efeitos do Chá de Pata-de-Vaca em humanos. Os pouquíssimos estudos que temos (na verdade, são apenas 03) investigam apenas seus efeitos em ratos. Esta total ausência de estudos me deixou bem surpreso e, ao mesmo tempo, preocupado, principalmente no que se refere a segurança desta planta. Embora ela possa realmente ter algumas propriedades que ajudem a baixar os níveis de glicose (novamente, demonstradas apenas em ratos), não temos a menor idéia de quais efeitos colaterais podem estar associados ao seu uso. Da mesma forma, não temos idéia de qual a dose mínima e máxima, qual sua possível interação com outros medicamentos para o diabetes e quais outros efeitos ela teria no corpo humano.
Um dos estudos mais interessantes que encontrei foi realizado na Universidade Estadual do Norte Fluminense, em Campos dos Goytacazes (Rio de Janeiro). Neste estudo, os autores conseguiram identificar nas folhas da Pata-de-Vaca uma proteína que é estruturalmente parecida com a insulina bovina. Esta similaridade estrutural PODE fazer com que esta molécula, presente no chá, funcione parcialmente como a própria insulina produzida pelo corpo humano. Vale a pena ressaltar que, embora estes resultados sejam extremamente promissores e interessantes, eles apenas mostram que ainda temos muito o que pesquisar antes de começar a utilizá-la para o tratamento do Diabetes. Não sabemos qual a potência desta molécula, qual a dose ideal e, principalmente, qual o risco de hipoglicemia associado ao seu uso. Não sabemos também como ela é metabolizada e quais outros efeitos ela terá no corpo humano. A literatura científica sugere que esta planta pode ter outros efeitos além dos efeitos na glicose e, portanto, muita pesquisa ainda é necessária antes de indicarmos seu uso para o Diabetes ou qualquer outra doença.
Em resumo, parece que, mais uma vez, a cultura popular está correta. A Pata-de-Vaca realmente PARECE ter alguns efeitos benéficos sobre os níveis de glicose. Mas isso não indica que ela deve ser utilizada como medicamento para tratamento do diabetes, seja isoladamente seja combinada com outros medicamentos disponíveis no mercado. Esperamos que mais pesquisas sejam feitas, principalmente em humanos, para que possamos conhecer todos os detalhes desta planta e definir seu real papel no tratamento do diabetes e até mesmo de outras doenças.

Referências
1. Pepato MT, Keller EH, Baviera AM, Kettelhut IC, Vendramini RC, Brunetti IL. Anti-diabetic activity of Bauhinia forficata decoction in streptozotocin-diabetic rats. J Ethnopharmacol 2002; 81: 191-197.
2. Silva FR, Szpoganicz B, Pizzolatti MG, Willrich MA, de Sousa E. Acute effect of Bauhinia forficata on serum glucose levels in normal and alloxan-induced diabetic rats. J Ethnopharmacol 2002; 83: 33-37.
3. Rajani GP, Ashok P. In vitro antioxidant and antihyperlipidemic activities of Bauhinia variegata Linn. Indian J Pharmacol. 2009 Oct;41(5):227-32.
4. Azevedo CR et al. Isolation and intracellular localization of insulin-like proteins from leaves of Bauhinia variegata. Braz J Med Biol Res 2006; 39(11):1435-1444.
Dr. Rodrigo O Moreira
Médico Colaborador do Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia – RJ

Refrigerantes dietéticos: controvérsias e delírios sobre seus riscos e benefícios

Refrigerantes dietéticos: controvérsias e delírios sobre seus riscos e benefícios

Definitivamente, deu a louca na literatura médica internacional que, a cada dia, intensifica a divulgação de resultados controversos entre diferentes estudos clínicos, promovendo intensa confusão e uma certa insegurança mesmo em especialistas do mais alto gabarito, gerando mais calor do que luz, mais discurso do que recurso, mais metas do que meios e mais verbo do que verba, como diria Joelmir Beting. A situação é catastrófica e tende a ficar cada vez pior na medida em que se agigantam as controvérsias, inclusive em relação a conceitos básicos tradicionais da ciência médica.
Agora a controvérsia chegou aos refrigerantes dietéticos, inicialmente considerados a “salvação da lavoura” para o paladar dos portadores de diabetes, posteriormente considerados como fator de risco para síndrome metabólica e diabetes tipo 2 e, mais recentemente, mostrando uma eficácia ainda experimental no sentido de aumentar a liberação de GLP-1, nos moldes da ação farmacológica dos inibidores da DPP-IV, também conhecidos como gliptinas. Vamos aos fatos:
Em 2007, a revista Circulation publicou um estudo mostrando que os indivíduos que ingeriram mais de um refrigerante dietético por dia apresentaram um risco 44% maior de desenvolver síndrome metabólica, em comparação com aqueles que ingeriram menos de um refrigerante dietético por dia. Em 2008, também na Circulation, foram publicados os resultados do estudo ARIC (Atherosclerosis Risk in Communities) que mostraram que aproximadamente 40% dos participantes do estudo desenvolveu síndrome metabólica. Tem mais: você pode não acreditar mas, as bebidas adoçadas como os sucos e os refrigerantes não dietéticos não apresentaram uma associação forte com o aumento de risco de síndrome metabólica nesse estudo. Um terceiro estudo, o MESA (Multi-Ethnic Study of Atherosclerosis), publicado no Diabetes Care, em 2009, também confirmou um risco relativo 36% superior para a síndrome metabólica e 67% superior para o desenvolvimento de diabetes tipo 2, quando comparado com a população que não utilizou refrigerantes dietéticos [1].
Com esse conjunto adverso de impactos sobre o risco de síndrome metabólica e do próprio diabetes tipo 2, seria quase impossível imaginar que algum estudo sobre os riscos e benefícios dos refrigerantes dietéticos fosse indicar uma característica altamente positiva dessa bebida. Em dezembro de 2009, no Diabetes Care, um novo estudo veio abrir uma perspectiva de ação terapêutica dos refrigerantes dietéticos, através da estimulação da secreção de GLP-1 decorrente, hipoteticamente, da estimulação dos receptores de paladar doce das células L que são encontradas no revestimento interno do trato gastrointestinal e que contêm hormônios peptídeos regulatórios e/ou aminas biogênicas. De importância clínica mais direta, é o fato de que pequenas quantidades de adoçantes artificiais encontrados em apenas 240 mL de um refrigerante dietético podem desencadear um aumento de secreção de GLP-1 e promover uma ação terapêutica inesperada até agora, apesar da natureza ainda experimental desse achado [2].
E qual é a sua opinião, caro leitor, diante de conclusões conflitantes sobre os potenciais riscos e/ou benefícios dos refrigerantes dietéticos? Alguém está delirando nessa história...
Referências Bibliográficas:
1. Pearson, TL. The Link Between Daily Consumption of Diet Soda and Development of Metabolic Syndrome and Type 2 DiabetesMedscape Diabetes & Endocrinology. Publicada em 06 de março de 2009. Disponível em:http://cme.medscape.com/viewarticle/589126?src=mp&spon=17&uac=119848AJ.  
2. Brown, RJ et al. Ingestion of diet Soda Before a Glucose Load Augments Glucagon-Like Peptide-1 Secretion.Diabetes Care 32:2184-2186, 2009.
Dr. Augusto Pimazoni Netto
Coordenador do Grupo de Educação e Controle do Diabetes do
Hospital do Rim e Hipertensão da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP.
Médico do Centro de Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

Pesquisadores dos EUA descobrem possível 'cura' para diabetes tipo 1


Pesquisadores dos EUA descobrem possível 'cura' para diabetes tipo 1


Desativação de hormônio dispensaria injeções de insulina, dizem cientistas.


Testes pré-clínicos foram feitos em camundongos.

Uma equipe do Centro Médico da Universidade do Sudoeste do Texas, nos Estados Unidos, sugere que a desativação de um hormônio pode ser suficiente para tratar diabetes tipo 1, uma doença autoimune - na qual o sistema de defesa ataca as células e tecidos do próprio corpo -, que faz as concentrações de açúcar no organismo ficarem muito altas. A descoberta será tema de edição de fevereiro da revista especializada "Diabetes".
Liderados por Roger Unger, professor da instituição e principal autor do artigo científico, os pesquisadores testaram a capacidade de camundongos, cobaias comuns em testes pré-clínicos, aproveitarem o açúcar presente no sangue, fruto da alimentação dos animais.
O truque foi alterar geneticamente os roedores para que produzissem quantidades menores de uma substância conhecida como glucagon, responsável por impedir que os níveis de glicose (açúcar) fiquem muito baixos.
No caso dos diabéticos, essa ação do glucagon faz os níveis de glicemia aumentarem muito. Esse efeito seria compensado em pessoas saudáveis pela ação da insulina, responsável por permitir que o açúcar penetre nas células do corpo. Dentro delas, a glicose poderia ser imediatamente aproveitada para gerar energia ou armazenada. Mas para os pacientes com diabetes tipo 1, a produção de insulina não existe ou é seriamente comprometida.
Mas os pesquisadores norte-americanos acreditam que os resultados obtidos com os camundongos apontem que, caso os níveis de glucagon consigam ser controlados, a insulina se torna supérflua, já que os níveis de glicemia estariam normais, dispensando as injeções da substância para equilibrar a "balança" do açúcar no sangue.
Batalha de hormônios
A insulina deixa de existir em pacientes com diabetes tipo 1 pois o sistema de defesa do corpo ataca 90% ou mais das células beta, estruturas localizadas em uma região do pâncreas conhecida como Ilhotas de Langerhans. Com a ausência da insulina, os níveis de glicemia no sangue não abaixam e não há ação para impedir a influência do glucagon.

O "padrão ouro" de tratamento da doença é por meio de injeções de insulina, desde a descoberta da doença, em 1922. Os pacientes precisam receber as doses da substância durante boa parte da vida. No universo de todas as formas de diabetes, o tipo 1 responde por 10% dos casos e a maior parte das pessoas com o desenvolve antes dos 30 anos.

Saiba como deixar seu arroz mais saudável na hora do preparo

Saiba como deixar seu arroz mais saudável na hora do preparo

Temperos prontos, requeijão, manteiga ou a dupla cebola e alho fazem parte desta lista

O arroz - uma das opções mais presentes no prato dos brasileiros - é uma rica fonte decarboidratos, componente essencial de qualquer dieta. Segundo a nutricionista Amanda Epifânio, esse alimento representa um dos carboidratos que mais transmitem sensação de saciedade. "Mastigar o arroz causa muito mais saciedade do que comer batata ou macarrão, já que ele requer um processo de mastigação mais denso que outras massas", explica a especialista.

Aliado ao feijão, então, forma um casamento perfeito. A nutricionista Daniela Cyrulin explica que essa dupla fornece quase a quantidade diária total de proteínas necessárias ao nosso organismo.

Na hora de preparar o arroz, não há uma receita certa.Cada pessoa tem a sua forma especial de cozinhar, acrescentado itens como manteiga, ervilhas, cenoura, entre outros. Mas, afinal, qual é a maneira mais saudável de fazer o tão querido arroz? Compare abaixo e descubra! 
  • Arroz com temperos prontos - Getty Images
  • Arroz frito na manteiga - Getty Images
  • Arroz com cenoura - Getty Images
  • Arroz com ervilha - Getty Images
  • Arroz com brócolis - Getty Images
  • Arroz com frios - Getty Images
  • Arroz com requeijão - Getty Images
  • Arroz carreteiro - Getty Images
  • Arroz à grega - Getty Images
  • Arroz com alho e cebola - Getty Images
 
 
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Arroz com temperos prontos - Getty Images
Arroz com temperos prontos
Por trás do gostinho caseiro, existem os mesmos perigos do alimento industrializado. A nutricionista Amanda Epifânio explica que, além do cloreto de sódio já presente no sal, esses temperos prontos escondem alto teor de sódio usado para a conservação do produto. "Esse excesso piora o quadro de doenças cardiovasculares e hipertensão", alerta Daniela Cyrulin.
Arroz frito na manteiga - Getty Images
Arroz frito na manteiga
Atenção a essas combinações. Amanda explica que a manteiga é uma gordura animal, então pode ser comparada até mesmo à banha de porco. Ao utilizá-la para refogar o arroz, além de eliminar todos os nutrientes desse grão, você elevará suas taxas de colesterol ruim (LDL).
Arroz com cenoura - Getty Images
Arroz com cenoura
Adicionar esse legume é uma boa maneira de variar, além de deixar o arroz mais saudável. A cenoura é ótima fonte de vitamina A, um betacaroteno com efeito antioxidante fundamental para a visão, além de fibras e baixo valor calórico. 
Arroz com ervilha - Getty Images
Arroz com ervilha
Daniela Cyrulin conta que, assim como o feijão, a ervilha completa os aminoácidos do arroz, fornecendo as mesmas propriedades. No entanto, isso só vale para a leguminosa in natura, já que a em conserva não mantém seus nutrientes. Isso também acontece com seleta de legumes.

Outra vantagem: "Com a ervilha, o arroz também fica mais divertido, bom para deixar o prato das crianças mais colorido", diz Amanda Epifânio, que aconselha, para adultos, misturar uma latinha de ervilhas em conserva no arroz para quebrar a monotonia da dieta.
Arroz com brócolis - Getty Images
Arroz com brócolis
Ricos em fibras, ácido fólico, vitamina C, ferro, cálcio e magnésio, os brócolis vão muito bem com massas! Para não perder essa gama de benefícios, Amanda Epifânio aconselha que esse legume seja cozido junto ao arroz. Assim, os nutrientes ficam na água do cozimento. 
Arroz com frios - Getty Images
Arroz com frios
As nutricionistas deixam claro: embutidos só oferecem alto teor de gordura saturada, conservantes e sódio, sem agregar valor nutricional algum ao prato. "Para não deixar o cardápio tão calórico, só se o arroz for acompanhado de carnes brancas", indica Amanda Epifânio. 
Arroz com requeijão - Getty Images
Arroz com requeijão 
Embora seja uma maneira de variar o sabor do arroz, o requeijão não agrega em nada o valor nutricional do preparo, podendo, inclusive, deixá-lo muito calórico por conta dos altos níveis de gordura. No entanto, a nutricionista Amanda Epifânio revela que o requeijão light é uma ótima opção para incrementar o arroz, substituindo queijo ou creme de leite. Ela apenas alerta que, na hora de cozer o arroz, deve-se prestar atenção à consistência do requeijão light, que costuma ser mais viscoso que o tradicional e, por isso, pode deixar o arroz mais mole. 
Arroz carreteiro - Getty Images
Arroz carreteiro
Embora seja delicioso, esse típico prato da culinária brasileira pode aumentar alguns pontinhos na balança, mesmo se consumido moderadamente, alerta Amanda Epifânio. "O problema do arroz carreteiro é que ele tem carne seca, linguiça e bacon no mesmo prato, ou seja, muita proteína com alto valor calórico, gordura saturada e sódio", pontua Daniela Cyrulin. Para o consumo, as duas especialistas aconselham escolher apenas uma dessas três fontes de proteína e incluir salada nesse prato. 
Arroz à grega - Getty Images
Arroz à grega
Essa receita, além de saborosa, leva consigo uma combinação muito interessante. A já citada cenoura, presente no arroz à grega, é rica em fibras e betacaroteno. Já o milho é um carboidrato complexo, enquanto a ervilha, quando combinada com arroz, tem poder similar ao do feijão de fornecer quase todos os aminoácidos que nosso corpo precisa. 
Arroz com alho e cebola - Getty Images
Arroz com alho e cebola
Eis aqui a clássica combinação da culinária caseira, eleita com unanimidade pela dupla de nutricionistas Amanda Epifânio e Daniela Cyrulin como o preparo mais saudável. A cebola é rica em flavonóides, substância antioxidante também encontrada na versão crua do alho. Para refogar - seja usando apenas alho e cebola ou com incrementos -, esqueça o azeite, que perde todas suas propriedades quando esquentado. Use óleos vegetais, de preferência de canola ou soja, uma colher de sopa para cada duas xícaras de arroz cru. "Ou, melhor ainda: refogue a cebola e o alho em uma panela com o fundo coberto com água, sem óleo. Assim, você não precisa adicionar gordura no preparo do arroz", indica Daniela.