Entrevista com a endocrinologista Maria Elizabeth Rossi da Silva, da FMUSP
Gripes e resfriados, muito comuns quando a temperatura cai, trazem incômodo para qualquer pessoa. Para o diabético, o inconveniente adicional é que em consequência a glicemia também sofre e muitas vezes fica mais difícil manter os níveis de glicose sob controle. Existem, porém, formas de tentar se precaver e, também, de reduzir esses efeitos, explica a endocrinologista Maria Elizabeth Rossi da Silva, professora da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).
Maria Elizabeth recomenda que o diabético de qualquer idade sempre se vacine contra gripes e resfriados. A vacinação deve ser feita preferencialmente um pouco antes do início do inverno, para aumentar as chances de prevenção, e, no caso do idoso, pode ser recomendável também a vacinação contra pneumonia.
Outro conselho da médica é que, no frio, quando a tendência é manter os ambientes fechados, o diabético evite permanecer em locais de grande aglomeração. Se houver pessoas na família que estejam gripadas, é melhor restringir a proximidade e separar louças e talheres.
Se, mesmo tomando todos os cuidados, o diabético não conseguir evitar a gripe, Maria Elizabeth lembra que as primeiras medidas devem ser hidratar-se bastante e fazer repouso sempre que possível. Para os incômodos e dores provocados pelos resfriados, ela explica que é possível utilizar aspirina, soro fisiológico nasal e inalações. Jovens que não apresentem problema de pressão alta podem também utilizar antigripais comuns e descongestionantes nasais.
A glicemia precisa ser acompanhada com maior rigor no período da gripe. As medições devem ser mais frequentes e, em caso de descontrole, deve ser feito o ajuste das doses de insulina. Não há necessidade de alimentação especial, diz a médica. Em relação à prática de atividade física, há restrições apenas no início do quadro gripal e ela pode ser retomada quando a pessoa estiver se sentindo bem.
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