RETINOPATIA
É o termo usado para designar as doenças degenerativas não
inflamatórias da retina. As mais freqüentes no adulto são: serosa central, por
diabetes e por hipertensão arterial. No recém-nascido é a retinopatia da
prematuridade.
Retinopatia serosa central
Há elevação da retina sensorial na área central da visão por
infiltração de um líquido seroso. Provoca diminuição e/ou distorção da visão e
escotoma central. É em geral unilateral e seu diagnóstico é feito pelo exame
clínico do olho. É mais comum em homens entre 25 e 50 anos e com freqüência está
associada ao estresse.
O tratamento é clínico na maioria das vezes (prognóstico de
recuperação muito bom), sendo que em determinadas circunstâncias se faz
fotocoagulação com laser.
Retinopatia por diabetes
São alterações na retina que acontecem após muitos anos de
diabetes. Divide-se quanto a evolução em duas fases: não proliferativa (não
existem vasos neoformados) e proliferativa (tem vasos neoformados). Estes vasos
neoformados são anormais (fonte de sangramentos) e resultam de um estado de má
nutrição da retina por alterações microvasculares. A intensidade dessas
alterações depende do controle da glicemia e de características hereditárias.
O comprometimento da visão varia com o estágio da
retinopatia. Os pacientes com diabetes precisam ser acompanhados de perto
(conforme cada caso o oftalmologista orienta a periodicidade) para que se faça o
pronto diagnóstico da fase da doença e seu respectivo tratamento.
O tratamento geral é o controle da glicemia e o local a
fotocoagulação com laser (quando indicada).
Retinopatia por hipertensão arterial
São alterações da retina por aumento da pressão arterial.
Os achados no exame de fundo de olho variam conforme a
evolução da doença. Diferentemente do que se pensava antigamente, não existe uma
correlação absoluta entre as observações do exame de fundo de olho e as
alterações da pressão arterial.
O tratamento e a prevenção da evolução da doença é o controle
da pressão arterial. O comprometimento da visão depende da intensidade da
retinopatia (em geral não há sintomas de diminuição da visão).
Retinopatia da prematuridade
É um processo fibroso patológico que compromete a retina dos
dois olhos da criança prematura. Está associada ao uso prolongado de oxigênio e
baixo peso ao nascimento (as crianças prematuras com menos de 1.600 gramas são
as mais suscetíveis).
Esta retinopatia apresenta 4 estágios de evolução, sendo que
nos dois primeiros não é necessário tratamento. Embora na maioria dos casos não
evolua para o chamado quarto estágio (descolamento da retina), é fundamental que
estas crianças sejam acompanhadas por exame de fundo de olho para um pronto
diagnóstico e tratamento (Crioterapia ou Laser).
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?364&-retinopatia
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