quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Doença não é exclusividade dos seres humanos; cachorros também podem sofrer com o problema

Doença não é exclusividade dos seres humanos; cachorros também podem sofrer com o problema

Diabetes também afeta animais domésticos
Janis tem oitos anos e é portadora de diabetes (Foto: arquivo pessoal)
De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde, a diabetes atinge cerca de 240 milhões de pessoas em todo o mundo. O que muita gente não sabe é que a doença também pode ser diagnosticada em animais de estimação, com os cães.
Os sintomas apresentados pelos cachorros diabéticos são parecidos com os dos seres humanos. 
Sede e urina excessivas, súbito ganho ou perda de peso e perda de ânimo estão entre os principais. Foi por meio desses sintomas que a analista de comunicação Grace da Cunha, 27, começou a desconfiar que havia algo errado com sua cadela Janis, de oito anos, da raça Border Collie.
“Comecei a desconfiar porque ela passou a beber muita água. Ela tinha muita sede, mas como era verão, acabei não procurando um veterinário. Mas aí, no período de uma semana, ela emagreceu muito, vivia cansada e não brincava”, conta a analista.
Grace então decidiu levar Janis ao veterinário, que confirmou o diagnóstico de diabetes. O tratamento indicado para a cadela foi a aplicação de insulina. A administração do medicamento pode ser feita pelo próprio dono do animal. Assista o vídeo abaixo e veja os cuidados que devem ser tomados para que o tratamento seja feito corretamente:


Apesar de o tratamento ter melhorado a saúde de Janis, não evitou que a diabetes avançasse e provocasse consequências mais sérias. Segundo Grace, a perda de visão da cadela foi um desafio. “Dois meses depois que a gente começou a aplicar a insulina, ela já estava completamente cega. Eu e ela tivemos que aprender a nos adaptar as novas necessidades.”
                                                                                                                                                       
Grace e Janis
Grace e sua cadelinha Janis tiveram que se adaptar à nova rotina (Foto: arquivo pessoal)

O coordenador comercial Humberto Bonomi, 44, também passou pelo susto de descobrir que sua cadela Tália era diabética. “Na época foi uma grande surpresa, pois lidava com esta doença em familiares próximos e não sabia que os cachorros também podiam ser afetados”, afirmou ele.
Em geral, a maior parte dos casos de diabetes em cães são do tipo 1, aquela em que o organismo deixa de produzir insulina. De acordo com a veterinária Alessandra Ceola, é possível indentificar um grupo de risco. “Os casos de diabetes em cachorros são mais comuns em animais de idade avançada e de raças de pequeno porte. Existe também uma pré-disposição em relação ao sexo do animal: são cinco fêmeas para cada macho.”
Além da aplicação da insulina, é preciso que o dono tenha alguns outros cuidados, como explica Alessandra. “É necessário ter bastante atenção à dieta do animal. O cachorro diabético tem que ter sempre a ingestão dos mesmos alimentos, nos mesmos horários, do mesmo modo. E também praticar exercícios físicos.”
Ouça abaixo mais informações sobre como deve ser a alimentação dos cães que apresentam o problema.

A colaboração e dedicação dos proprietários são fundamentais para que o tratamento seja bem sucedido. “A gente não vai conseguir tratar o cão portador de diabetes se não tivermos a ajuda do dono. É muito importante que o dono entenda isso”, finalizou a veterinária.

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