Interessante e recém-publicado, estudo teve alguns de seus resultados apresentados durante o Congresso ATTD, no início do ano. Algo que chama a atenção desde o resumo da publicação é o aumento da média da glicemia nas crianças enquanto usavam o Pâncreas Artificial (de 147 mg/dl para 169 mg/dl).Contudo, os autores enfatizam outro aspecto associado a esse primeiro: redução de três vezes no tempo total de vigência da hipoglicemia; e, durante a noite, a mediana do tempo em hipoglicemia, que era de 2,2%, passou para 0%.
É importante lembrar que existem diferentes projetos de Pâncreas Artificial (PA) no mundo e que os resultados podem ser bastante diferentes dependendo: do algoritmo usado, da inclusão ou não de glucagon no sistema, entre outros fatores. De qualquer forma, o que se destaca neste estudo é o fato de o equipamento ter passado por um teste bastante difícil, visto que as crianças submetidas ao estudo, quando não usavam o PA, estavam em terapia de Bomba de Insulina associada ao Sensor Contínuo de Glicose. Além disso, devido à idade, entre 5 e 9 anos, tinham seus pais por perto na maior parte do tempo, muito atentos e fazendo ajustes à glicemia.
Portanto, ser comparado com pais cuidadosos de crianças em uso dos recursos mais atuais para o controle do diabetes foi uma prova dura para o Pâncreas Artificial. Ainda assim, este se mostrou superior em termos de prevenção de hipoglicemias, mas não conseguiu manter a média da glicemia atingida com o auxílio dos pais (ou até reduzi-la, o que muitos esperariam).
Referência
Del Favero, et al. Randomized Summer Camp Crossover Trial in 5- to 9-Year-Old Children: Outpatient Wearable Artificial Pancreas Is Feasible and Safe. Diabetes Care May 2016, DOI: 10.2337/dc15-2815
Del Favero, et al. Randomized Summer Camp Crossover Trial in 5- to 9-Year-Old Children: Outpatient Wearable Artificial Pancreas Is Feasible and Safe. Diabetes Care May 2016, DOI: 10.2337/dc15-2815
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