sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Ciência na Bíblia - A diabetes

Ciência na Bíblia - A diabetes

Embora sem o respaldo científico de hoje, os antigos hebreus já sentiam na saúde os efeitos da ingestão de açúcar em demasia

“Comer mel demais não é bom; assim, a busca da própria glória não é glória.”
 Provérbios 25:27

Salomão, em um de seus vários e sábios conselhos, mostra no exemplo acima que a Palavra Sagrada já mostrava, embora não tivesse ainda o respaldo científico, os danos do consumo errado ou irresponsável de alguns alimentos ao organismo. O monarca mostrava, em uma inteligente analogia, que a glória pode ser doce, agradável, mas não é benéfica quando ela, em si, é o objetivo, ao invés da glória de Deus.
A cultura dos antigos hebreus era completamente ligada à vida espiritual em todos os seus aspectos, e entre eles estava a saúde.
Conselhos sobre higiene e saúde eram ordens vindas de Deus, e a qualidade de vida era sempre um objetivo muito importante, perseguido diariamente. A alimentação era controlada, e quem seguia os preceitos dos sacerdotes no concernente ao que era consumido gozava de boa saúde. Salomão não tirou o exemplo do mel do nada. Tinha informações nas quais se baseou para criar o provérbio. Atestou, há milênios, o que hoje qualquer leigo sabe: o mel era o açúcar da época, e açúcar demais causa sérios problemas à saúde,como a diabetes.
Consumir em demasia alimentos ricos em carboidratos, como farinhas e doces em suas várias formas, entre outros, causa o estímulo da produção de insulina pelo pâncreas, o que aumenta as chances de diabetes, sobretudo em pessoas sedentárias e a partir da meia idade, com consequências como o estresse e a obesidade, para citar somente alguns, entre os muitos desagradáveis e até fatais. Uma boa alimentação faz com que o estímulo para a produção de insulina aconteça em níveis benéficos ao organismo.
Genética e dieta
Via de regra, a diabetes é hereditária, por um caráter genético recessivo presente em cerca de 20% da população mundial. Mas os hábitos alimentares é que determinam a manifestação da doença que, quando controlada e acompanhada pelo médico, permite um estilo de vida praticamente normal.
A diabetes tipo 2 pode ter como “gatilho” uma dieta mal planejada e sedentarismo, e também é favorecida pelo avanço da idade. Nos tempos bíblicos, o mel e os derivados do trigo eram fontes de carboidratos bem presentes no cotidiano. Só que essa presença aumentou imensamente com o advento dos alimentos industrializados. Ficou bem mais fácil consumir açúcar em demasia, dada a enorme facilidade de adquirirmos guloseimas como balas, doces, pães, biscoitos erefrigerantes.
Falando nos refrigerantes e outras bebidas doces industrializadas (incluídos os achocolatados misturados ao leite), podemos dizer que eles são o mel dos tempos modernos. Uma lata de refrigerante de 350 ml, por exemplo, contém o equivalente a cerca de 10 colheres de chá de açúcar, somando 150 calorias. É como se a pessoa consumisse de uma só vez tudo o que pode consumir de açúcar ao longo de todo o dia, aos poucos. O ideal, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é que o açúcar componha somente 10% da quantidade total de calorias a serem consumidas diariamente.
Para termos uma ideia, veja os níveis aconselhados pela OMS para adultos de tamanho e peso considerados normais: as mulheres devem consumir no máximo 100 calorias provenientes do açúcar, enquanto para os homens são 150. Quem toma uma simples lata de refrigerante já consome quase isso, e quem toma duas já passou do aceitável. A dieta diária, considerando-se todo tipo de alimento, e não só carboidratos, é de cerca de 2,5 mil calorias.
Outra coisa: se meros 350 ml de refrigerante já são demais para o corpo de um adulto, que dizer para uma criança? Claro que, em quantidades razoáveis, as guloseimas podem ser consumidas com prazer. Só que as proporções disponíveis no mercado são, muitas vezes, exageradas. O bom senso continua sendo algo muito útil aos pais e responsáveis, um fator que fará diferença por toda a vida da criança.
Saúde divina
Voltando à Bíblia, tão interessante quanto o povo saber que “comer mel demais não é bom”, foi a estratégia de Deus no tocante à alimentação e à saúde quando os hebreus, livres, saíram do Egito e viajaram pelo deserto rumo à Terra Prometida.
Se hoje temos à nossa disposição academias, aparelhos, médicos e nutricionistas – e na maioria das vezes temos que pagar caro por tudo isso –, o Senhor fez o povo viajar e, ao mesmo tempo, cuidar da saúde preenchendo requisitos básicos, como mostrado no livro de Êxodo. A maior parte da viagem foi realizada a pé, Ele fez as pessoas caminharem – exercício diário. Estocavam ebebiam água pura, e caminhavam sob sombra que Ele providenciava, o que suavizava a eliminação de líquidos corporais – hidratação correta. Deus lhes proporcionou como alimento o maná, frutas do deserto e carne de aves – dieta leve e equilibrada, que proporcionava boa saúde e disposição para a longa caminhada.

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