A clonagem de células humanas revelou-se eficaz no combate à diabetes. Estudo publicado na “Nature” mostrou que as células replicadas e, posteriormente, induzidas a se transformarem em produtoras de insulina se mostraram normais. A técnica abre caminho para novos tratamentos contra a doença no futuro. Pele humana criada em laboratório pode substituir testes cosméticos realizados em animais Cientistas usaram células saudáveis extraídas da pele de uma diabética de 32 anos. O núcleo destas células (o material genético) foi retirado e colocado no núcleo (previamente removido) de um óvulo humano. A técnica de clonagem, a mesma usada para a criação da ovelha Dolly (o primeiro clone de um mamífero adulto, apresentado ao mundo em 1996) é conhecida como transferência nuclear de células somáticas (SCNT, na sigla em inglês), e ainda está proibida em alguns países, entre eles, o Brasil. Após a clonagem, as células são cultivadas em laboratório, expostas a determinados fatores, até atingirem o estágio embrionário de blastocistos. Após esse estágio, são diferenciadas em diferentes tipos de tecido, entre eles o pancreático. - Essas células produziam tanta insulina quanto as naturais do pâncreas - comemorou Dieter Egli, da Fundação de Células-tronco de Nova York, que coordenou o estudo junto de colegas das universidades de Colúmbia, nos EUA, e Hebraica de Jerusalém. Como o material genético é da própria paciente não haveria, em tese, risco de rejeição. As células, no entanto, ainda precisam passar por outros testes até poderem ser reinjetadas na paciente.
Inicialmente, Egli e seus colegas planejam transferí-las para camundongos. Assim, eles terão uma ideia melhor do quão estáveis, seguras e eficientes elas são em animais. Depois disto, ainda serão necessários outros experimentos com animais antes que a técnica seja testada em humanos. - Ver os resultados de hoje me dá esperanças de podermos, um dia, alcançar a cura para esta doença debilitante - afirmou a diretora-executiva da fundação, Susan Solomon. Este não é o primeiro estudo a obter células-tronco por meio meio da clonagem, mas os pesquisadores afirmam terem feito “melhorias técnicas” no procedimento. No início do mês, outra equipe de cientistas usou uma abordagem similar para criar tecidos. Especialistas do Instituto de Células-Tronco de Seul, na Coreia do Sul, anunciaram terem clonado células a partir de exemplares da pele de homens adultos. Insoo Hyun, especialista em bioética da Escola de Medicina da Universidade Case Western Reserve, em Cleveland, EUA, disse que a pesquisa fez soar o alerta. “Estruturas regulatórias precisam ser ativadas para supervisionar isto”, escreveu num comentário também publicado na Nature. Hyun alertou que um estudo como esse pode alimentar temores de um futuro em que bebês humanos serão clonados ou embriões insensivelmente criados e destruídos em pesquisas. Susan garantiu, entretanto, que o estudo tem “fins estritamente terapêuticos” e apoiou uma supervisão ética do processo. - Em nenhuma circunstância nós, ou qualquer outro grupo científico responsável, temos a intenção de usar esta técnica para a geração de seres humanos.
Fonte: O Globo (On-line
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A clonagem de células humanas revelou-se eficaz no combate à diabetes. Estudo publicado na “Nature” mostrou que as células replicadas e, posteriormente, induzidas a se transformarem em produtoras de insulina se mostraram normais. A técnica abre caminho para novos tratamentos contra a doença no futuro. Pele humana criada em laboratório pode substituir testes cosméticos realizados em animais Cientistas usaram células saudáveis extraídas da pele de uma diabética de 32 anos. O núcleo destas células (o material genético) foi retirado e colocado no núcleo (previamente removido) de um óvulo humano. A técnica de clonagem, a mesma usada para a criação da ovelha Dolly (o primeiro clone de um mamífero adulto, apresentado ao mundo em 1996) é conhecida como transferência nuclear de células somáticas (SCNT, na sigla em inglês), e ainda está proibida em alguns países, entre eles, o Brasil. Após a clonagem, as células são cultivadas em laboratório, expostas a determinados fatores, até atingirem o estágio embrionário de blastocistos. Após esse estágio, são diferenciadas em diferentes tipos de tecido, entre eles o pancreático. - Essas células produziam tanta insulina quanto as naturais do pâncreas - comemorou Dieter Egli, da Fundação de Células-tronco de Nova York, que coordenou o estudo junto de colegas das universidades de Colúmbia, nos EUA, e Hebraica de Jerusalém. Como o material genético é da própria paciente não haveria, em tese, risco de rejeição. As células, no entanto, ainda precisam passar por outros testes até poderem ser reinjetadas na paciente.
Inicialmente, Egli e seus colegas planejam transferí-las para camundongos. Assim, eles terão uma ideia melhor do quão estáveis, seguras e eficientes elas são em animais. Depois disto, ainda serão necessários outros experimentos com animais antes que a técnica seja testada em humanos. - Ver os resultados de hoje me dá esperanças de podermos, um dia, alcançar a cura para esta doença debilitante - afirmou a diretora-executiva da fundação, Susan Solomon. Este não é o primeiro estudo a obter células-tronco por meio meio da clonagem, mas os pesquisadores afirmam terem feito “melhorias técnicas” no procedimento. No início do mês, outra equipe de cientistas usou uma abordagem similar para criar tecidos. Especialistas do Instituto de Células-Tronco de Seul, na Coreia do Sul, anunciaram terem clonado células a partir de exemplares da pele de homens adultos. Insoo Hyun, especialista em bioética da Escola de Medicina da Universidade Case Western Reserve, em Cleveland, EUA, disse que a pesquisa fez soar o alerta. “Estruturas regulatórias precisam ser ativadas para supervisionar isto”, escreveu num comentário também publicado na Nature. Hyun alertou que um estudo como esse pode alimentar temores de um futuro em que bebês humanos serão clonados ou embriões insensivelmente criados e destruídos em pesquisas. Susan garantiu, entretanto, que o estudo tem “fins estritamente terapêuticos” e apoiou uma supervisão ética do processo. - Em nenhuma circunstância nós, ou qualquer outro grupo científico responsável, temos a intenção de usar esta técnica para a geração de seres humanos.
Fonte: O Globo (On-line
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