Cerca de 90 % dos casos poderiam ser prevenidos com a prática de exercícios e uma boa alimentação.
A má alimentação e o sedentarismo, aliados a tendências genéticas, devem tornar mais 20 milhões portadores da doença nos próximos anos. Mas, o que muitas pessoas não sabem, é que a prevenção pode garantir saúde e mudar este quadro.
Para não integrar as estatísticas, é preciso fazer visitas periódicas ao médico, ter uma alimentação equilibrada e praticar exercícios. Ao adotar um estilo de vida mais saudável, é possível evitar, além do diabetes, a hipertensão, osteoporose e obesidade, por exemplo. O endocrinologista Roberto Alves de Camargo ressalta ainda a importância de identificar a pré-disposição desde cedo.
"Crianças que têm pais ou avós diabéticos ou as que são obesas podem desenvolver a doença mais facilmente: '
Fazer um simples exame periódico, como o que avalia a taxa de glicemia no sangue, pode indicar que o diabetes está se instalando mesmo antes de os primeiros sintomas aparecerem. E então, basta seguir as orientações de seu médico para combatê-la.
A primeira vez que a dona de casa Marilene Silva Mitev, 62 anos, ouviu que deveria diminuir a ingestão de açúcar aconteceu sete anos atrás. Seu ginecologista alertou sobre os riscos do diabetes por conta de alterações nos índices glicêmicos nos exames de rotina. Algum tempo depois o cardiologista tentou convencê-la a parar de comer tanto açúcar. Ainda assim, Marilene não mudou os hábitos alimentares. “Pelo contrário, parece que a mente da gente quer contrariar e eu passei até a comer mais doces’: conta”. Ter a primeira crise, então, era apenas uma questão de tempo.
Quando veio o primeiro sintoma, um mal-estar muito grande pela manhã, depois de uma noite "regada" a doces, Marilene percebeu a gravidade da situação. "O exame apresentou uma taxa muito alta de glicemia (açúcar no sangue) e procurei imediatamente um endocrinologista', diz ela, arrependida de não ter dado atenção aos seus médicos mais cedo.
É possível ter qualidade de vida e conviver com a doença .
"Ter diabetes não é caso de sofrimento, pois se seguir o tratamento é possível manter a qualidade de vida, mesmo nos casos mais graves", explica Dr. Camargo. O rigor com os cuidados, porém, é fundamental em todos os casos, até porque qualquer descuido, mesmo em quadros mais brandos, pode levar a estágios severos e a consequências graves ou fatais, como acidente vascular, perda de visão, dificuldade de vascularização dos membros inferiores, entre outros.
Riscos que Marlene não corre mais. “ Vou a médico regularmente, controlo a alimentação, faço exercícios há 30 anos e ainda sou membro de um programa que conta com assistência de nutricionistas, psicólogas e fisioterapeutas”, diz ela, que faz parte do Gerenciamento de Doenças Crônicas da Fundação CESP> . “Hoje consigo lidar muito bem com o Diabetes e a minha força de vontade fez com que as mudanças se tornassem hábitos fácies de conviver”, afirma, garantindo não sofrer mais pela restrição de açúcar. Para ela é importante que as pessoas saibam o que querem da vida. “ E se saúde esta nesse plano, não há porque descuidar dela,” finaliza.
Bem Estar-Fundação Cesp
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