Estratégias para conviver com o diabete sem drama
Desde que controlado, o diabete não traz quase nenhuma limitação
Esse é o primeiro passo para seguir as recomendações dos especialistas e viver na normalidade. “O diabético precisa identificar seus projetos de longo prazo. Se ele controlar o distúrbio, poderá realizá-los numa boa”, sugere Eleonora Ferreira, psicóloga da Universidade Federal do Pará, em Belém.
INFORME-SE
Quando recebe o diagnóstico da doença, a pessoa geralmente se desespera. Fica com medo, entre outras coisas, de nunca mais poder saborear seus pratos favoritos. “Para evitar isso, só buscando informação de qualidade sobre o diabete”, diz Eleonora. Ou seja, fale com seu médico e até pesquise na literatura científica para desmitificar temores infundados.
ALIMENTE-SE BEM
Desde que se respeite o limite de carboidratos prescrito por uma nutricionista, não há segredos. “Basta controlar a porção dos alimentos”, diz Gisele Goveia. Outra coisa: aposte em vegetais e comidas ricas em fibras, que retardam a absorção de açúcar. Com isso, ele cai devagarinho na circulação, facilitando o trabalho da insulina.
EXERCITE-SE REGULARMENTE
“Pratique atividade física aeróbica por cerca de 45 minutos, de três a quatro vezes por semana”, prescreve Sérgio Dib. Os exercícios diminuem a resistência à insulina.
MONITORE O ÍNDICE DE GLICOSE
Há um aparelho que mede esses níveis em qualquer lugar — em casa, no trabalho ou na escola. Ele custa cerca de 150 reais e ajuda, e muito, a controlar a glicemia.
NUNCA DEIXE DE TOMAR OS MEDICAMENTOS
Quem verifica a necessidade de algum remédio é o médico. Portanto, só ele pode mudar as dosagens ou suspendê-las. Também respeite os horários certos para tomá-los. Assim, o diabete fi ca quieto, sem incomodá-lo.
CONTROLE O COLESTEROL
“Consigo prevenir com maior eficácia um infarto em diabéticos reduzindo os níveis de LDL do que ao diminuir a glicose no sangue”, garante Jairo Hidal. Para alcançar esse feito, os médicos receitam estatinas, drogas capazes de baixar as taxas dessa gordura maléfica.
Uma questão de estética
Como já dissemos, o diabete tipo 1 compromete o pâncreas a ponto de esse órgão deixar de funcionar corretamente. Nessa situação, a saída é se valer de injeções de insulina, porque só assim não haverá excesso de glicose rondando as veias e as artérias. Mas esse hormônio também desempenha um papel na estocagem de gordura no corpo. Apavorados diante da perspectiva de engordarem, alguns diabéticos cientes desse fato deixam de tomá-lo. Mas o endocrinologista Carlos Eduardo Barra Couri, da USP de Ribeirão Preto, coloca os pingos nos seus devidos is: “O problema, aí, está principalmente na má alimentação e no sedentarismo. Não na insulina em si”.
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