quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Incidência de câncer de mama aumenta 20% desde 2008, segundo OMS

Incidência de câncer de mama aumenta 20% desde 2008, segundo OMS
Incidência de câncer de mama aumenta 20% desde 2008, segundo OMSFoto: Reprodução
 A incidência do câncer de mama aumentou 20% entre 2008 e 2012, com 1,67 milhão de novos casos diagnosticados no ano passado, o que o transforma no segundo tipo de câncer mais comum no mundo e o mais frequente entre mulheres, tanto em países desenvolvido como em desenvolvimento.

A mortalidade por este tipo de câncer aumentou nesses quatro anos 14%, com um total de 522 mil mortes em 2012, embora ainda seja a quinta causa de morte pela doença, segundo dados divulgados nesta quinta-feira em Genebra pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

No entanto, entre as mulheres o de mama é o tipo de câncer que registra mais mortes no mundo, sendo 324 mil mortes em 2012 nos países em desenvolvimento, e o segundo que mais mortes provocou nos países desenvolvidos (198 mil), só atrás do câncer de pulmão.

"À medida que avançam, os países em desenvolvimento experimentam mudanças no estilo de vida que aumentam a incidência da doença, enquanto os avanços médicos não chegam a tempo às mulheres dessas regiões", explicou David Forman, presidente do serviço de informação da Agência Internacional para Pesquisa do Câncer (IARC, em Inglês), vinculada a OMS.

Entre as mudanças de estilo de vida com incidência sobre o câncer de mama, Forman destacou "a dieta, mudanças hormonais e novas pautas reprodutivas", já que as mulheres têm agora menos filhos, mais tarde e os amamentam durante menos tempo.

Do total de casos de câncer diagnosticados em 2012, 25% foram de mama. Desses, 883 mil foram registrados em países menos desenvolvidos e 794 mil nos desenvolvidos.

A prevalência e mortandade por conta do câncer de mama irão aumentar nos próximos anos, já que segundo previsões da OMS, para 2025 serão até 2,5 milhões de novos casos e até 800 mil mortes.

O que pode amenizar os casos é que o câncer de mama é um dos que tem tratamento mais avançados, com um alto grau de efetividade se detectado em fases iniciais. Contudo, é imprescindível incluir as mamografias na rotina dos serviços médicos de todos os países.

"Com a combinação correta de medidas, que abrangem quimioterapia, radioterapia, tratamentos hormonais e cirurgia, podemos curar quase 95% dos casos de câncer de mama", afirmou o presidente da seção de prevenção da IARC, Rengaswamy Sankaranarayanan.

Frente às poucas diferenças do câncer de mama entre países desenvolvidos e em desenvolvimento, o câncer de colo de útero apresenta uma taxa de prevalência muito maior nos países de baixa renda, onde se concentram 85% dos casos, com especial incidência na África Subsaariana e na Índia.

No ano passado foram diagnosticados 528 mil novos casos de câncer de colo de útero no mundo e 266 mil mortes relacionadas. Dessas, 87% registradas em países menos desenvolvidos.

No entanto, a incidência deste câncer pode ser reduzida drasticamente, em até 80% dos casos, nas próximas gerações graças à vacina contra o vírus do papiloma humano (HPV) - uma das principais causas de câncer de colo de útero - se as jovens a tomarem antes de iniciar a vida sexual.

No total, no ano passado foram detectados 14,1 milhões de casos de câncer -7,4 milhões entre homens e 6,6 entre mulheres -, 11% a mais que em 2008, enquanto a mortalidade aumentou 7,8%, até 8,2 milhões de mortes.

Os tipos de câncer mais comuns são o de pulmão, que representa 13% do total (1,8 milhões de casos); o de mama (12%) e o de cólon, que representa 9,7% do total (1,4 milhões de casos).

Já os que mais matam são os de pulmão, com 1,6 milhão em 2012 (19,4% do total); o de fígado, que causou 800 mil mortes (9,1%) e o de estômago, com 700 mil mortes (8,8%).









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