quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Para cortes leves, só água e sabão

Para cortes leves, só água e sabão


Para cortes leves, só água e sabão

Uma folha de papel, a rebarba em um pote de iogurte e, às vezes, até as unhas afiadas de um bebê podem ser sinônimo de alerta.  Pequenos cortes, comuns em qualquer pessoa, devem ser acompanhados com maior cuidado por quem tem diabetes. Além de apresentar mais dificuldade de cicatrização, quem está com a glicemia mal controlada tem risco aumentado de desenvolver infecções. A educadora em diabetes Mariangélica Oliveira da Silva, do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, conhecido como Hospital do Fundão, no Rio de Janeiro, dá algumas dicas.
 Mariangélica começa alertando que cortes profundos exigem mesmo que a pessoa procure atendimento médico, porque pode ser necessário fechar o corte com pontos, o que só pode ser feito até seis horas após o acidente. Também é bom verificar se a pessoa está com a vacina antitetânica em dia, porque o tétano pode ocorrer se o corte foi feito por algum objeto sujo ou enferrujado.
 Se o corte for pequeno, as primeiras medidas são limpar bem o local com água e sabonete neutro, enxugar com toalha limpa e fazer um curativo compressivo com gaze para estancar o sangue. Depois de estancado, deve-se lavar novamente o local para retirar o sangue que ficou coagulado. Mariangélica recomenda que a região seja protegida contra insetos e poeira até sua completa cicatrização.
A educadora e também enfermeira ressalta que não se deve utilizar nenhum tipo de medicamento para a limpeza da região afetada. Ela inclui na lista álcool, antissépticos e pomadas. “Qualquer medicamento para a cicatrização deve ser recomendado pelo médico”, afirma.
 Outra medida de segurança extremamente importante é examinar constantemente a região machucada. Sinais como calor, vermelhidão, dor ou presença de secreção purulenta são indicativos de que a região pode ter sido infeccionada. Nesse caso, é possível que haja necessidade de uso de antibióticos e, por isso, deve-se procurar o médico imediatamente.
 “A progressão da infecção em pessoas com diabetes mal controlado é muito rápida e suas consequências, graves, podendo levar até à amputação do membro afetado”, alerta a educadora. Na presença desses sinais, portanto, é indispensável que o paciente busque atendimento médico.

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