quinta-feira, 27 de março de 2014

DM1 em crianças e adolescentes


Dicas Práticas e Saudáveis para o dia a dia.
 Ter uma infância e adolescência normal é o que toda equipe multiprofissional deseja ao paciente diabético.
Sabemos que, quando o diagnóstico é feito, milhões de dúvidas surgem em relação à futura rotina da criança, e que desmistificar essa doença, também é nosso papel. Portanto, vamos responder algumas perguntas mais comuns feitas pelos pais:

Como meu filho vai frequentar a escola? E se apresentar hipoglicemia?

Todo paciente diabético tem direito a uma vida normal e deve lidar com as diferenças desde cedo. Sua participação curricular ou extracurricular deverá ser como a de toda criança ou adolescente, porém suas singularidades e necessidades específicas deverão ser priorizadas. Conhecer a doença, suas consequências e seguir as orientações dadas pelos pais são fatores necessários para os professores, amigos e todas as pessoas que cercam a criança ou adolescente. Desta forma, caso necessite de auxílio, como por exemplo, em uma crise de hipoglicemia (baixos níveis de açúcar no sangue), todos estarão aptos a tomar as devidas providências. A criança deverá perceber que poderá realizar todas as suas atividades normalmente, mas sempre tomando mais cuidado.

O que o meu filho poderá comer na escola?

Um lanche saudável, como todas as outras crianças da escola. A criança deverá consumir produtos sem adição de açúcar. Frutas, iogurtes e sucos naturais devem sempre estar presentes. Deve-se dar preferência aos pães integrais e embutidos com baixo índice de gordura saturada e diminuir a ingestão de alimentos feitos com gordura trans como salgadinhos e bolachas recheadas. Em situações especiais, como festas, devemos orientar que a criança poderá, sim, comer uma fatia de bolo ou doces de forma moderada. Porém, os profissionais devem estar atentos a informar a quantidade ingerida e como corrigir o excesso de carboidrato consumido.

Devo retirar meu filho da educação física?

A atividade física deve ser feita regularmente pois auxilia no controle do peso, melhora a utilização de insulina pelo organismo, facilitando o controle da glicemia. Geralmente, o paciente deverá fazer uma glicemia capilar ("picadinha") antes de comer um lanche que contenha carboidrato. Os professores de educação física devem ficar atentos quanto às possíveis complicações como a hipoglicemia.

Caso passe mal e os professores não saibam o que está ocorrendo, o quê deverá ser feito? 
Se não houver aparelho de glicosímetro por perto para medir a glicemia capilar, o melhor é tratar como se fosse uma hipoglicemia (caso esteja inconsciente, nunca colocar alimento em sua boca), avisar imediatamente seus responsáveis e se necessário requisitar o serviço de emergência (SAMU 192).

E se ele pedir para dormir na casa do amigo, ou participar de um acampamento com a escola, posso deixar?

Sim, desde que os pais da outra criança ou os professores e monitores do acampamento também estejam familiarizados com a doença. O pouco conhecimento sobre essa doença faz com que surjam muitas dúvidas e medos, interferindo no convívio da criança com seus colegas. Por isso, a existência de centros especializados, formados por equipes multiprofissionais é de vital importância, pois, além do tratamento, também são fornecidos subsídios para desmistificar a doença e tornar a vida do paciente e de seus familiares muito mais simples e harmoniosa.

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