terça-feira, 8 de julho de 2014

Excesso de insulina-Hiperinsulinemia

O que é a insulina?

Insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas, um órgão intra-abdominal. Este hormônio é responsável pelo transporte da glicose (açúcar) para o interior das células do nosso organismo o que fornece a energia indispensável para seu funcionamento sendo, portanto, vital para o ser humano. Além disso, a insulina tem ações específicas no fígado, tecido adiposo, vasos sanguíneos e rins.

O que é hiperinsulinemia?

O termo hiperinsulinemia refere-se à elevação da insulina na corrente sanguínea (plasma). A elevação da insulina no plasma geralmente é conseqüência da resistência crônica à ação da insulina.
O que significa resistência à insulina?
É uma situação em que o nosso organismo fica menos "sensível" ao estímulo/ação da insulina. Em outras palavras, a insulina produzida não consegue agir de forma adequada. Nestes casos, o pâncreas "entende" que deve sintetizar e liberar mais insulina, o que resulta em hiperinsulinemia.

O que causa a resistência insulínica?

A resistência à insulina pode ter origem genética ou ser adquirida. 
A obesidade (IMC≥ 30), o sobrepeso (25<IMC< 30) e o sedentarismo são as principais causas de resistência à insulina e hiperinsulinemia. Outras doenças também vinculadas ao aumento da resistência insulínica são: síndrome dos ovários policísticos, infecções pelo HIV e hepatite C.
Quais as conseqüências da elevação crônica da insulina no sangue?
Já existem vários estudos que comprovam que a resistência à insulina e hiperinsulinemia compensatória estão relacionadas a muitos distúrbios que incluem lesões na parede de vasos sanguíneos, pressão alta, aumento do colesterol no sangue, "pré-diabetes", diabetes, síndrome metabólica, ovários policísticos, doenças ateroescleróticas.

Como suspeitar de hiperinsulinemia?

A resistência à insulina e conseqüente hiperinsulinemia não possuem sinais "exuberantes". Essas condições devem ser suspeitadas em pessoas com história familiar de diabetes e naquelas com obesidade ou sobrepeso associadas ao aumento da circunferência da cintura (cintura maior que 80 cm nas mulheres e 90 cm nos homens). Alguns pacientes apresentam manchas escurecidas/amarronzadas, que não coçam e que não saem com a fricção na região da nuca, dobras do pescoço, axilas e dobras dos braços. Os níveis de insulina aumentados e sua relação com os níveis de glicose no sangue podem confirmar o diagnóstico.

Como prevenir e tratar essas condições?

A melhor forma de prevenção é manter um peso adequado, ter uma alimentação equilibrada e praticar atividade física regularmente, de acordo com orientação médica. 
Você deve procurar um endocrinologista caso exista a suspeita ou diagnóstico de hiperinsulinemia.
Dra. Fernanda Oliveira Braga
Dra. Fernanda Oliveira Braga
Residência em Endocrinologia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro 
Mestranda na Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Revisor:
Dra. Lenora M Camarate S M Leão 
Profª Adjunta da Universidade do Estado do Rio de Janeiro

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