sábado, 23 de janeiro de 2010

Bombas de Infusão de Insulina

O que é e como funciona

A bomba de infusão de insulina é um aparelho do tamanho de um Pager ligado ao corpo por um finíssimo cateter com uma agulha flexível na ponta.
A agulha é inserida na região subcutânea do abdômen ou da coxa, e deve ser substituída a cada dois ou três dias para evitar obstruções.

Não é uma bomba inteligente, isto é ela não mede a glicemia ou diz quanto de insulina deve ser usada.
A dosagem da glicemia permanece sendo realizada através do glicosímetro e não pela bomba.

O funcionamento dela é simples: liberando uma quantidade de insulina basal, programada pelo médico, 24 horas por dia, tenta imitar o funcionamento do pâncreas de uma pessoa comum. No entanto, a cada refeição é preciso fazer o cálculo da quantidade de carboidratos que serão ingeridos (a conhecida contagem de carboidratos) e programar o aparelho para lançar uma quantidade de insulina rápida ou ultra-rápida no organismo.


Quem pode usar?


-O candidato ideal para usar a bomba de insulina é aquele que:
-Consegue medir a glicemia capilar no mínimo quatro vezes por dia.
-Na fase de ajuste de doses de insulina a serem usadas na bomba, passe a medir no mínimo seis vezes por dia.
-Segue as recomendações médicas e mantém contato com a equipe responsável pela bomba, seguindo a dieta recomendada pela nutricionista, inclusive respeitando as quantidades.
-Está disposto a usar o aparelho 24 horas por dia junto ao corpo.
-Mas principalmente está disposto a passar por um processo de educação em relação ao diabetes.
-Pratica atividade física.
Vantagens no uso:-

As principais vantagens com o uso da bomba são:

-Maior flexibilidade de horário das refeições
-Se for usada de maneira adequada à bomba reduz o risco de hipoglicemias, e em longo prazo as complicações decorrentes do diabetes.
-Melhora do controle glicêmico e níveis de hemoglobina glicosilada.
-Consegue-se melhor controle do chamado fenômeno do amanhecer, responsável pela elevação da glicemia entre as quatro e 8 horas da manhã, que causa hiperglicemia se o diabético não tiver calculado a dose de insulina na noite anterior, ou não se levantar de madrugada para administrá-la. Com a bomba esse problema é resolvido.
O DCCT chegou à conclusão que a terapia intensiva com insulina, SIC de insulina e MDI (múltiplas doses diárias) resultavam num menor risco de desenvolver complicações do diabetes em longo-prazo. Porém, o MDI apresenta problemas com a variação da absorção de insulinas de ação prolongada, falta de especificidade além do inconveniente das injeções múltiplas. O sistema de infusão contínuo de insulina produz um perfil mais consistente de glicose no sangue permitindo flexibilidade no horário das refeições em sua composição e volume, bem como poucos e menos severos episódios de hipoglicemia, controle específico da resposta aos exercícios, o fenômeno do amanhecer, variação da programação de aplicação, liberação de insulina consistente e precisa, e controle da terapia pelo próprio paciente. Assim, a terapia resulta em melhores valores de A1C, cumprimento do controle do diabetes e melhor qualidade de vida.

Mesmo com toda tecnologia o acompanhamento médico jamais deve ser esquecido, pois ele vai te ajudar a se controlar melhor e dar dicas de melhora de qualidade vida.


Texto sugerido por:-
Dra. Bibiana Prada de Camargo Colenci
Endocrinologia e Diabetes
Vice Presidente da ABAD

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