sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Dieta do Diabético

Dieta do Diabético

Qual a importância de uma dieta adequada? 
Manter uma dieta saudável é importante para qualquer pessoa, mas é ainda mais importante para pessoas com diabetes. Seguir um plano dietético adequado pode representar toda a diferença para uma pessoa que esteja lutando para manter sua glicemia sob controle.
O ideal para o paciente diabético é obter uma consulta e uma orientação com uma nutricionista experiente no manejo do diabetes. Entretanto, algumas dicas são apresentadas aqui para auxiliar o paciente diabético a seguir uma dieta saudável e adequada ao tratamento da sua doença. 
O que são carboidratos? 
Os alimentos em geral são compostos por algumas substâncias básicas. Os principais tipos de componentes dos alimentos (ou nutrientes) são: carboidratos, proteínas e gorduras.
Os carboidratos fornecem energia para o funcionamento do organismo, na forma de glicose. A glicose é um açúcar que funciona como combustível principal para todas as células do corpo. 
Há 2 maneiras de classificar os carboidratos: simples e complexos.
Carboidratos simples são os açúcares - tais como: glicose, sacarose, frutose e lactose. Eles são encontrados no açúcar refinado (sacarose) e nas frutas (frutose).
Os carboidratos complexos são longas fileiras de açúcares simples ligados quimicamente uns aos outros, formando as “farinhas” ou “amidos”. Eles são encontrados no feijão, nozes, vegetais e grãos integrais. Os carboidratos complexos são considerados mais saudáveis porque são digeridos lentamente pelo organismo, fornecendo uma fonte estável de energia. Além disso, também contêm quantidades variáveis de fibras.
Os carboidratos, mais do que as gorduras ou proteínas, têm o efeito mais imediato na glicemia, uma vez que são quebrados diretamente em glicose durante a digestão. É importante comer em cada refeição a quantidade correta de carboidratos, juntamente com proteínas e gorduras.
Os carboidratos são encontrados principalmente nos seguintes grupos alimentares:

- Frutas;
- Leite e iogurte;
- Pão, cereais, arroz, massas;
- Vegetais contendo amido (mandioca, batata etc.)
O que é a “contagem de carboidratos”?
Contagem de carboidratos é um método de planejamento das refeições que permite controlar, de uma maneira simples, a quantidade de carboidratos que o indivíduo ingere a cada dia. Ela permite que o paciente diabético coma o que quiser.
Ao invés de seguir uma lista fixa de trocas de alimentos, como é comumente feito, o paciente é treinado para calcular a quantidade de carboidratos que ingere durante o dia. Geralmente os pacientes aprendem a contar as quantidades emporções, correspondentes a 15 gramas de carboidrato (simples ou complexo). Dessa forma, pode-se planejar quantos gramas de carboidrato serão ingeridos em cada refeição de acordo com o nível de glicemia imediatamente antes da refeição (determinado com o aparelho de glicemia capilar). Também pode-se ajustar a dose de insulina rápida a ser aplicada em cada refeição, conforme a quantidade de carboidratos a ser ingerida e a glicemia capilar pré-refeição. Com isso, as doses de insulina e a quantidade de carboidratos são continuamente ajustadas pelo paciente de acordo com suas necessidades, permitindo um controle glicêmico mais adequado e uma flexibilidade maior com relação às refeições.
Geralmente o treinamento dos pacientes é feito por uma nutricionista experiente em diabetes, que vai ajudar a montar um plano alimentar que satisfaça às suas necessidades. Para adultos, um plano típico inclui 3 a 4 porções de carboidratos em cada refeição, e 1 a 2 porções em cada lanche. Com isso, o paciente diabético pode comer o que ele quiser, bastando ler a informação nutricional no rótulo do alimento, estimar quantos gramas de carboidratos vai ingerir e aplicar a dose de insulina necessária para a refeição.
O sistema de contagem de carboidratos é útil para pessoas que tomam múltiplas doses diárias de insulina, usam a bomba de insulina ou que querem mais flexibilidade e variedade nas suas escolhas alimentares. No entanto, nem todos podem ser beneficiados desse método, e muitas pessoas se dão bem com o tradicional sistema de trocas de alimentos.
Que quantidade de fibras o diabético deve ingerir?
Fibras são componentes de alguns vegetais, que não são digeridas pelo corpo humano. Desempenham um papel importante no processo digestivo, uma vez que ajudam a mover o alimento ao longo do tubo digestivo, dão volume ao bolo fecal e o ajudam a atravessar o intestino. Além disso, pessoas que adotam uma dieta rica em fibras têm menor risco de desenvolver obesidade, hipertensão arterial, doenças cardíacas e derrames.
Para diabéticos, uma dieta rica em fibras ainda tem benefícios adicionais, tais como:

- Retardam a absorção dos açúcares, ajudando no controle da glicemia;
- Reduzem a absorção de colesterol e diminuem o nível de colesterol no sangue;
- Promovem perda de peso, pois dão volume aos alimentos e permitirem uma saciedade mais precoce, e portanto menor ingesta de calorias.
A quantidade de ingestão de fibras recomendável para adultos é de 25 a 35 gramas por dia.
A melhor maneira de aumentar a ingesta de fibras é aumentando o consumo dos seguintes alimentos, ricos em fibras:

- Frutas e vegetais frescos;
- Leguminosas (feijão, ervilhas);
- Pão, cereais e grãos integrais;
- Arroz integral (escuro);
- Produtos com farelo (aveia, etc.). 
Que cuidados devem ser tomados com a gordura? 
Uma vez que o diabetes aumenta o risco de desenvolver doenças cardíacas (tais como o infarto de miocárdio), comer alimentos com menos gordura é particularmente importante para reduzir esse risco. Além disso, limitar a ingesta de gordura pode ajudar a perder algum peso, especialmente em combinação com um programa de exercícios.
O principal tipo de gordura a ser evitada é a gordura chamada saturada, que pode ser encontrada no queijo amarelo, carne, leite integral e assados. Outro tipo de gordura nociva é a gordura trans, que são óleos vegetais mais consistentes (duros), encontrados em gorduras sólidas: margarinas etc.
Seguem algumas dicas para preparar alimentos com baixo teor de gorduras:
- Prefira carnes magras: frango, peixe, carnes vermelhas com pouca gordura, e evite fritá-las; é melhor prepará-las de outra forma (assadas, grelhadas, cozidas... use a imaginação!);
- Prefira laticínios com baixo conteúdo de gordura, tais como: queijo branco, leite desnatado e produtos feitos com leite desnatado (exemplo: iogurte light);
- Prefira margarinas contendo estanóis ou esteróis, que ajudam na redução do colesterol (há várias no mercado);
- Prefira óleos vegetais ricos em gorduras poli- ou mono-insaturadas, que ajudam a reduzir o colesterol: canola, oliva, girassol etc.
- Evite molhos cremosos ou temperos para saladas contendo muita gordura (lembre-se de ver a informação nutricional na embalagem);
- Todas as frutas e vegetais são boas opções pobres em gordura; lembre-se de incluí-los na sua contagem de carboidratos. 
O diabético pode usar sal à vontade? 
O diabetes aumenta o risco de desenvolver pressão alta (hipertensão arterial). Grandes quantidades de cloreto de sódio (sal de cozinha) na alimentação podem aumentar ainda mais esse risco. Portanto, em casos selecionados o médico ou o nutricionista podem orientar o paciente diabético a diminuir seu consumo de sal (principalmente se o paciente já for hipertenso).
Alguns tipos de alimentos devem ser evitados por pessoas que precisam restringir seu consumo de sal:

- Sal refinado e sal marinho;
- Vegetais, sopas e carnes enlatadas;
- Alimentos “prontos” ou processados;
- Ketchup, mostarda, molhos para salada, molhos enlatados;
- Sopas, condimentos e molhos em caixa;
- Picles, azeitonas;
- Embutidos: presunto, bacon, lingüiça, salsicha, salame;
- Biscoitos salgados;
- Glutamato monossódico (encontrado em comidas chinesas);
- Molhos de soja e molhos de carne.
Ervas, pimentas e especiarias podem ser usadas no lugar do sal para melhorar o sabor dos alimentos. 
Baseado em textos da WebMD Health - www.webmd.com

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