sexta-feira, 6 de junho de 2014

Transplante de Pâncreas: a CURA ?!

Informações obtidas na Reunião/Simpósio, no Hospital Bandeirantes de São Paulo, organizada pela Associação para Pesquisa e Assistência em Transplante (APAT). Enquanto os palestrantes eram, em sua maioria, profissionais da equipe de transplantes do grupo HEPATO, na platéia havia muitas pessoas que fizeram ou farão transplante, e seus familiares. Foi uma oportunidade ímpar de conhecer, além das interessantes atualizações sobre o procedimento (transplante), os desafios pelos quais passam essas pessoas, assim como a gratidão que expressam. No depoimento de alguns que receberam o transplante, a emoção e a sensação de cura eram claras, conforme exploraremos abaixo.


Foto de João Teófilo (APAT)

As principais informações a respeito são as seguintes.

  • O transplante é indicado somente para pessoas com complicações do diabetes tipo 1. No caso de haver, entre as complicações, insuficiência renal, além do transplante de pâncreas é feito o transplante de rim.

Há 3 tipos principais de transplante de pâncreas:

  • Pâncreas isolado (quando não há necessidade de transplante de rim)
  • Pâncreas após rim (modalidade mais praticada atualmente - apesar de haver a desvantagem de receber um órgão de cada doador, as cirurgias feitas em separado são menos desgastantes)
  • Pâncreas e rim simultâneos ou transplante duplo (cirurgia de 8 horas de duração)

Link para Vídeo com Entrevista de Médico 
Coordenador do Grupo HEPATO de Transplantes

Número de pessoas na fila em São Paulo, atualmente:

  • 60 pâncreas (média de 3 a 6 meses de espera)
  • 353 pâncreas e rim (média de 2 a 3 anos de espera)
  • 8609 rim

O número anual de transplante de pâncreas no Brasil tem caído por falta de verba/investimento público.

O pâncreas é mais difícil de transplantar do que o rim. Por esse motivo há somente 5 equipes que transplantam pâncreas no Brasil e quem receberá o órgão precisa usar critérios objetivos para escolher com qual equipe fará o transplante.

Mark Barone, Thais Leal, Miriam Kunis, João Toéfilo e Lucy Aihara

Quem tem diabetes pode doar órgãos?

  • De acordo com o médicos presentes, há possibilidade de doação de rim e fígado após falecimento, se esses órgãos não apresentarem alterações. Já a doação de 1 rim durante a vida não é aceita, e o pâncreas, e geralmente também o coração, de pessoas com diabetes não são aceitos para transplantes. 

Cura

  • Muitos dos que receberam o transplante de pâncreas relatam estar curados do diabetes. Não há dúvida de que foi uma espécie de "renascer". Contudo, de acordo com Miriam Kunis e João Teófilo, o transplante é um tratamento para o diabetes tipo 1, geralmente o último tratamento quando complicações sérias já estão instaladas, impedindo a rotina normal da pessoa. E, caso seja possível ter um bom controle de outra forma, com outro tipo de tratamento, não há razão para pensar no transplante.
http://tenhodiabetestipo1eagora.blogspot.com.br/

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