No seu check-up odontológico regular, você espera que seu
dentista examine seus dentes e gengiva para detecção dos sinais de cárie,
doenças gengivais e até mesmo câncer bucal. Porém, pesquisadores da Faculdade
de Odontologia da Universidade de Columbia dizem que seu dentista também
poderia estar na linha de frente para identificar diabetes não diagnosticada ou
pré-diabetes durante uma consulta odontológica de rotina.
Pesquisadores da odontologia recrutaram cerca de 600 novos
participantes que consultavam uma clínica odontológica em Manhattan. Nenhum dos
participantes (mais de 40 anos de idade
não hispânicos e brancos e mais de 30 anos hispânicos ou não brancos)
haviam sido avisados previamente de que tinham pré-diabetes ou diabetes. Um
total de 535 pacientes com pelo menos um fator de risco autodeclarado,
incluindo histórico familiar de diabetes, hipertensão, colesterol alto ou
sobrepeso/obesidade, receberam um exame periodontal e um teste simples de hemoglobina A1c da ponta do dedo. Os
pacientes retornaram em visita posterior para um teste de glicose plasmática em
jejum, um teste que detecta diabetes ou pré-diabetes.
Os pesquisadores constataram que dois fatores odontológicos
– o número de dentes ausentes e a porcentagem de bolsas periodontais – eram
eficazes na detecção de pacientes de risco que possuíam diabetes ou
pré-diabetes não diagnosticadas.
A doença periodontal é uma complicação inicial da diabetes e
cerca de 70 por cento dos adultos norte-americanos consultam o dentista pelo
menos uma vez por ano”, diz Dr. Ira Lamster, reitor da Faculdade de Odontologia
da Universidade Columbia e autor principal do estudo.
O reconhecimento precoce da diabetes tem sido o foco de
esforços de colegas da medicina e saúde pública há anos, uma vez que o
tratamento precoce dos indivíduos afetados pode limitar o desenvolvimento de
muitas complicações sérias”, diz Dra. Evanthia Lalla, pesquisadora chefe do
estudo. Nossos achados oferecem uma abordagem simples que pode ser facilmente
utilizada em todos os ambientes odontológicos.
De acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças,
a diabetes afetou quase 26 milhões de pessoas, quase 8,3 por cento da
população, em 2010. Porém, menos de 19 milhões foram diagnosticados. Calcula-se
que outros 7 milhões de pessoas não sabem ter diabetes – a sétima principal
causa de morte nos Estados Unidos e a primeira de falência renal, amputações
não traumáticas de membros inferiores e novos casos de cegueira entre adultos
dos Estados Unidos. Pessoas com diabetes também têm risco aumentado de doença
cardíaca e derrame.
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