Acompanhamento médico e informação são melhores aliados do diabético
Fonte: O Globo
RIO - Sede excessiva, vontade
constante de urinar, cansaço, fome, emagrecimento e visão turva. Os sintomas do
diabetes, além de muitas vezes demorarem a aparecer, são facilmente confundidos
com outras enfermidades. Para que a doença, que foi tema da última edição deste
ano dos Encontros O GLOBO Saúde e Bem-Estar não cause maiores complicações, a
dica dos especialistas é ficar atento ao índice glicêmico durante toda a vida,
uma prática que já vem aumentando. Se os números gerais do diabetes, que o
colocam em nível de pandemia, crescem vertiginosamente, um dos motivos é o
maior acesso ao conhecimento e acompanhamento da saúde.
- As pessoas estão mais informadas, e o aumento da informação faz com que
tenham mais consciência e façam mais exames - contou Leão Zagury, ex-presidente
da Sociedade Brasileira de Diabetes e editor responsável pela revista da
entidade, durante o evento, na Casa do Saber O GLOBO, na última quarta-feira. -
Isso é ótimo, pois antes só se descobria a doença quando já havia algum
comprometimento.
Complicações podem levar à morte
Os avanços no diagnóstico também são responsáveis por esse aumento: antigamente
uma pessoa era considerada diabética se o índice glicêmico passava de 140, hoje
a taxa limite caiu para 126.
Com complicações que podem levar até a uma morte prematura, o diabetes é
dividido entre o tipo 1, resultado de um processo autoimune (pode ser ativado
por viroses) que compromete a produção de insulina e atinge principalmente
crianças; e o tipo 2, mais comum, causado principalmente por hábitos de vida
pouco saudáveis.
A produção deficiente ou nula de insulina é a chave para a glicose entrar nas
células e se transformar em energia. Sem essa chave, ela acaba se acumulando na
corrente sanguínea, gerando problemas nos rins, olhos, nervos e artérias — o
que pode causar amputações e impotência masculina, que acontece quando o índice
glicêmico está muito alto. Mas a impotência pode ser revertida com o controle
alimentar e exercícios físicos.
De acordo com pesquisa divulgada esse ano pela Associação Americana de Diabetes
(ADA, na sigla em inglês), os principais fatores de risco para a doença são
sedentarismo, parentesco de primeiro grau com diabéticos, etnia de alto risco
(afrodescendentes, latino-americanos, asiáticos), mulheres que tiveram filhos
com mais de 4,5 kg ou desenvolveram diabetes gestacional e hipertensos
(tratados ou não), dentre outros.
- Existem muitos mitos que envolvem a doença. O principal deles é que para
prevenir o diabetes basta evitar o açúcar - disse Claudio Domênico,
cardiologista e coordenador do evento. - Mas as pessoas esquecem que uma porção
de batata frita, por exemplo, tem mais açúcar que duas colheres cheias de
chocolate.
Alimentação não elimina doces
Ao contrário do que muitos pensam, a alimentação do diabético não deve cortar
totalmente doces e massas.
- É claro que o diabético tem que se cuidar mais, mas a sua alimentação não
deve ser muito diferente de pessoas comuns - afirmou Haline Dalsgaard,
nutricionista e educadora em diabetes. - O mais importante é que seja adequada
em qualidade e quantidade, e que as refeições não sejam feitas com longos
períodos de intervalo entre elas.
A técnica mais utilizada para equilibrar a alimentação, segundo Haline, é
controlar o índice glicêmico dos alimentos, que mede a rapidez com que eles
aumentam os níveis de açúcar no sangue. E nem adianta consultar tabelas na
internet para saber como fazer contas. A dieta adequada depende do estilo de
vida e do paladar de cada um.
De acordo com Haline, os mitos mais frequentes da alimentação, principalmente
de um diabético, são que pães integrais podem ser consumidos à vontade - não,
pois contém amido, que se transforma em açúcar no sangue; produtos dietéticos
podem ser utilizados à vontade - não, eles possuem gordura em excesso; frutas
podem ser consumidas à vontade - não, pois são consideradas alimentos com alto
índice glicêmico, e devem ser comidos com parcimônia, de preferência com
cereais.
- O chocolate dietético eu não indico. Não possui valor nutritivo e é rico em
farinha e gordura - ressalta.
Os avanços da medicina hoje, com agulhas de aplicação mais finas e até pílulas
de insulina, permitem uma vida mais confortável ao diabético:
- As pessoas estão mais informadas, e o aumento da informação faz com que tenham mais consciência e façam mais exames - contou Leão Zagury, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes e editor responsável pela revista da entidade, durante o evento, na Casa do Saber O GLOBO, na última quarta-feira. - Isso é ótimo, pois antes só se descobria a doença quando já havia algum comprometimento.
Complicações podem levar à morte
Os avanços no diagnóstico também são responsáveis por esse aumento: antigamente uma pessoa era considerada diabética se o índice glicêmico passava de 140, hoje a taxa limite caiu para 126.
Com complicações que podem levar até a uma morte prematura, o diabetes é dividido entre o tipo 1, resultado de um processo autoimune (pode ser ativado por viroses) que compromete a produção de insulina e atinge principalmente crianças; e o tipo 2, mais comum, causado principalmente por hábitos de vida pouco saudáveis.
A produção deficiente ou nula de insulina é a chave para a glicose entrar nas células e se transformar em energia. Sem essa chave, ela acaba se acumulando na corrente sanguínea, gerando problemas nos rins, olhos, nervos e artérias — o que pode causar amputações e impotência masculina, que acontece quando o índice glicêmico está muito alto. Mas a impotência pode ser revertida com o controle alimentar e exercícios físicos.
De acordo com pesquisa divulgada esse ano pela Associação Americana de Diabetes (ADA, na sigla em inglês), os principais fatores de risco para a doença são sedentarismo, parentesco de primeiro grau com diabéticos, etnia de alto risco (afrodescendentes, latino-americanos, asiáticos), mulheres que tiveram filhos com mais de 4,5 kg ou desenvolveram diabetes gestacional e hipertensos (tratados ou não), dentre outros.
- Existem muitos mitos que envolvem a doença. O principal deles é que para prevenir o diabetes basta evitar o açúcar - disse Claudio Domênico, cardiologista e coordenador do evento. - Mas as pessoas esquecem que uma porção de batata frita, por exemplo, tem mais açúcar que duas colheres cheias de chocolate.
Alimentação não elimina doces
Ao contrário do que muitos pensam, a alimentação do diabético não deve cortar totalmente doces e massas.
- É claro que o diabético tem que se cuidar mais, mas a sua alimentação não deve ser muito diferente de pessoas comuns - afirmou Haline Dalsgaard, nutricionista e educadora em diabetes. - O mais importante é que seja adequada em qualidade e quantidade, e que as refeições não sejam feitas com longos períodos de intervalo entre elas.
A técnica mais utilizada para equilibrar a alimentação, segundo Haline, é controlar o índice glicêmico dos alimentos, que mede a rapidez com que eles aumentam os níveis de açúcar no sangue. E nem adianta consultar tabelas na internet para saber como fazer contas. A dieta adequada depende do estilo de vida e do paladar de cada um.
De acordo com Haline, os mitos mais frequentes da alimentação, principalmente de um diabético, são que pães integrais podem ser consumidos à vontade - não, pois contém amido, que se transforma em açúcar no sangue; produtos dietéticos podem ser utilizados à vontade - não, eles possuem gordura em excesso; frutas podem ser consumidas à vontade - não, pois são consideradas alimentos com alto índice glicêmico, e devem ser comidos com parcimônia, de preferência com cereais.
- O chocolate dietético eu não indico. Não possui valor nutritivo e é rico em farinha e gordura - ressalta.
Os avanços da medicina hoje, com agulhas de aplicação mais finas e até pílulas de insulina, permitem uma vida mais confortável ao diabético:
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