sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Sete situações em que o silêncio é a melhor saída


Sete situações em que o silêncio é a melhor saída

Proteja-se da confusão causada por falar demais em momentos de ansiedade


Mesmos sem fazer ideia do que está acontecendo, você é do tipo que toma partido numa discussão. Os ânimos exaltados e a falta de tempo para pensar são ingredientes certeiros para um comentário desmedido, que pode deixar outras pessoas magoadas e causar arrependimento. "A ansiedade e a insegurança são inimigas de um discurso bem articulado", afirma o psicólogo Tiago Lupoli, de São Paulo. O melhor, em algumas dessas situações, é ficar em silêncio e organizar as ideias até ter chance de estabelecer um diálogo mais calmo. Duro mesmo é identificar em que situações é melhor ficar quieto - normalmente só dá para perceber isso depois de ter falado demais. Para ajudar você, especialistas indicam uma série de situações em que é comum perder a cabeça, falando demais e recomendam: na dúvida, não perca a chance de ficar calado. 
  • apresentação no trabalho - Foto: Getty Images
  • reunião no trabalho - Foto: Getty Images
  • discussão entre um casal - Foto: Getty Images
  • amigos conversando em um restaurante - Foto: Getty Images
  • três amigos conversando em um bar - Foto: Getty Images
  • mulher conservando com um amigo - Foto: Getty Images
  • duas amigas conversando - Foto: Getty Images
DE 7
apresentação no trabalho - Foto: Getty Images

Apresentações em público

Quem nunca ficou nervoso quando precisou falar em público? Discursar ou mesmo se apresentar para desconhecidos pode causar um trauma se você não conseguir controlar o nervosismo. "Se você não está pronto para falar em público ou mesmo a um pequeno grupo, a tendência é se estender demais, causando constrangimento e chateação", diz o psicólogo Odair J. Comin, autor do livro Mestre das Emoções. Para evitar esses episódios, o especialista recomenda muito ensaio e pesquisa. "Caso a situação seja inesperada, procure ser claro, objetivo, evitando falar demais."  
reunião no trabalho - Foto: Getty Images
No ambiente de trabalho, é comum as pessoas mais ansiosas se sentirem pressionadas a mostrar eficiência e acabarem falando demais. "É importante entender que tudo o que você diz se torna de domínio público, podendo ser usado contra você mais tarde", diz o psicólogo Odair. Medir bem as palavras e não sair falando qualquer coisa só para provar que está trabalhando é uma boa alternativa. "Lembre-se que o silêncio às vezes pode mostrar mais do que esperamos", diz Odair.  
discussão entre um casal - Foto: Getty Images

Cabeça quente

O psicólogo Tiago Lupoli explica que pessoas nervosas ou sob estresse perdem o controle, magoando os outros até sem intenção direta. Pedir desculpas alivia o mal estar, mas não apaga o que aconteceu, por isso o melhor é procurar atividades para essa ansiedade, como psicoterapia ou mesmo a prática de exercícios, em vez de esperar explodir em situações tensas. "Faça três perguntas antes de dizer qualquer coisa numa situação de estresse: o que eu vou dizer é verdade? Vou criar uma situação confortável? Minha declaração tem alguma utilidade para quem vai ouvi-la?". Se o que você disser não passar por essas perguntas de forma positiva, o melhor é ficar calado. 
amigos conversando em um restaurante - Foto: Getty Images

Contar vantagem

A competição é própria do ser humano, mas algumas pessoas levam isso a sério demais. Uma situação comum é estar conversando com os amigos e eles começarem a falar sobre viagens ou atividades que você nunca fez, e essa exclusão levar você a se sentir diminuído. "Passar a mentir ou contar vantagem é uma reação típica nesses casos, criando momentos constrangedores", diz Tiago Lupoli. "Mentir e ser descoberto pode arruinar sua reputação e credibilidade", diz Odair Comin, por isso prefira ficar em silêncio ou simplesmente dizer que ainda não teve a oportunidade de experimentar uma situação parecida. 
três amigos conversando em um bar - Foto: Getty Images

Críticas sobre algo que você não domina

Política, cultura, religião... Nem sempre dá para dominar temas polêmicos, que podem gerar longas discussões. No entanto, nosso primeiro impulso é tomar um partido ou querer expressar alguma opinião, ainda que seja simples. "Nem sempre as pessoas sentem-se confortáveis em admitir que não entendem sobre um assunto", diz Tiago Lupoli. Para evitar sair por aí dizendo bobagens, o melhor é ouvir bastante e se colocar como aprendiz fazendo perguntas que motivem todo mundo a participar da conversa. "Com isso, você vai aprender sobre o assunto e ainda ganhar o respeito das outras pessoas, que se lembrarão da ótima conversa com você", diz Odair. 
mulher conservando com um amigo - Foto: Getty Images

Excesso de sinceridade

Muitas vezes a proximidade dá a impressão de que há espaço para qualquer tipo de comentário, inclusive os mais grosseiros. "Isso, por um lado, abre espaço para problemas indigestos serem resolvidos rapidamente", diz Tiago Lupoli. No entanto, tanta sinceridade pode acabar afastando. Mas é preciso entender se esse comportamento é encarado como um traço da personalidade, mais transparente. "Quando isso não acontece, os comentários ácidos causam a ruptura ou o enfraquecimento das relações". Para exercer essa sinceridade, primeiro é necessário entender se aquele é o melhor momento para falar e se a pessoa está pronta para ouvir, caso contrário o melhor é ficar quieto. 
duas amigas conversando - Foto: Getty Images

Opinião sobre pessoas

Quando um amigo ou parente procura você para desabafar, expor sua opinião é a reação imediata e as críticas podem sair exageradas. "As reclamações aumentam no calor e, você que resolveu se intrometer fazendo observações mais pesadas, vai acabar aparecendo como uma pessoa cruel", afirma Tiago Lupoli. Se for um caso de desabafo, somente, escute sem opinar ou, no máximo, faça perguntas sobre quem está contando a história. Como você está? Ou Precisa de alguma ajuda? são algumas frases possíveis. Mas se houver um pedido para que você expresse sua opinião, considere o tipo de respostas que a pessoa está preparada para ouvir. "Evitando dar conselhos muito específicos em momentos de crise", afirma Odair.

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