quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Farmacêuticos aprendem mais sobre diabetes

Farmacêuticos aprendem mais sobre diabetes

A percepção de que o paciente com diabetes procura muito mais que um simples ponto de venda quando vai à farmácia está motivando farmacêuticos de todo o País a buscar maior capacitação e informação sobre diabetes. Quem fala sobre essa experiência é José Vanilton de Almeida, que integra o Grupo Técnico de Diabetes do Conselho Regional de Farmácia de São Paulo e é coordenador do Departamento de Farmácia da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD).
Starbem – Por que é importante que o farmacêutico busque mais informação sobre diabetes?
José Vanilton de Almeida – O farmacêutico é muitas vezes o primeiro profissional de saúde que o paciente com diabetes procura. Isso porque é mais fácil falar com esse profissional: não é preciso marcar consulta nem ir ao posto de saúde e é possível encontrar farmácias com facilidade. Por isso o farmacêutico precisa estar preparado para orientar a pessoa com diabetes, no sentido de sugerir que ele procure um médico ou que se consulte com um nutricionista ou, até mesmo, que busque um profissional de educação física para orientá-lo em relação à atividade física.
 Starbem – O que a pessoa com diabetes procura principalmente?
José Vanilton de Almeida – Muitas vezes ele quer medir a glicemia – o que é permitido ao farmacêutico fazer por regulamentação da Anvisa – ou quer entender os dados mostrados no glicosímetro. Às vezes quer orientação sobre como administrar o medicamento prescrito pelo médico ou outras informações relativas a seu tratamento.
Starbem – Como o Conselho de Farmácia está preparando o profissional para o bom atendimento?
José Vanilton de Almeida – Estamos promovendo um curso de capacitação gratuito. Ele é realizado duas vezes por mês, cada vez em uma das 27 seccionais espalhadas no Estado de São Paulo. O curso dá noções de diabetes e suas complicações, de questões específicas relativas ao tratamento e orientações sobre o atendimento ao paciente. Já formamos cerca de quatro mil farmacêuticos. Esse curso também é realizado pelo Conselho Federal de Farmácia, com aulas à distância, e conta com o apoio de diversas instituições ligadas à saúde.



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