sábado, 22 de março de 2014

Ernandes, um bombeiro que venceu o diabetes


Fonte: APAT  
Autor: Ernandes

Passavam poucos minutos da meia noite do dia 20 de fevereiro de 2014 quando aesposa de Ernandes, D.Leila, recebeu um telefonema urgente: “Por favor, o Sr. Ernandes se encontra? Surgiu um doador compatível e é preciso vir para São Paulo o mais rápido possível!”
Ernandes estava em Goiânia, mas sua esposa, que recebeu este telefonema, em Anápolis, que fica a 40 km da capital. Desde quando sua função renal piorou, ele passou a ficar a semana na casa do pai e voltar para Anápolis somente nos finais de semana. É que o lugar mais próximo para fazer hemodiálise era a Santa Casa de Goiânia.
O telefonema foi inesperado e o bombeiro Ernandes, acostumado a atenderemerg?ncias, agora se via em um caso em que a emergência era sua própria vida!
A mobilização foi grande. Em menos de duas horas conseguiu que um sobrinho comprasse passagem para São Paulo enquanto D. Leila juntava todos os resultados de exames, laudos médicos, roupas e o encontrava no aeroporto da capital. A passagem foi parcelada no Cartão de Crédito do sobrinho (àquela hora da noite não havia tempo para acionar o TFD e ele não tinha nenhum dinheiro disponível). Às 7 horas da manhã da sexta-feira, dia 21 de feverreiro de 2014, Ernandes estava entrando no Centro Cirurgico do Hospital Bandeirantes, em São Paulo.
Cinco horas depois ele não era mais diabético!
Assim como a maioria dos diabéticos tipo 1, sua doença começou ainda jovem e, mesmo assim, conseguiu estudar e ser aprovado para o Corpo de Bombeiros da Polícia Militar. Trabalhou até não conseguir mais exercer a profissão. Como ele mesmo resume: “Fui afastado...”.
Quando seus rins pioraram a um estado crítico, foi indicado para fazer hemodiálise na Santa Casa, em Goiânia e lá foi informado de que havia um transplante que, além de resolver sua insuficiência renal, o deixaria sem diabetes.Sua médica, a Dra. Gerusa, marcou consulta com a equipe HEPATO para o dia 20 de dezembro de 2013. Uma semana após a consulta, já em Anápolis, recebeu telegrama confirmando sua inscrição na fila para transplante duplo pâncreas e rim.
Agora, realizado o transplante, outro problema surgiu: Ele iria ter alta e não havia dinheiro para manter o casal em São Paulo durante os primeiros dias necessários para o acompanhamento inicial pós cirurgia. D. Leila foi informada que havia uma Casa de Apoio, mas era preciso falar com a equipe.
Por sorte, ou por algo inexplicável da vida, ao dirigir-se à sala da equipe, encontrou com a Coordenadora da Casa de Apoio da APAT, a Andréa, e explicou sua situação. Novamente seus olhos brilharam e tudo se resolvia!
O Sr. Ernandes recebeu alta em apenas 15 dias e os dois estão na Casa de Apoio da APAT, onde dentro em breve devem estar de volta para Anápolis... Só que desta vez sem diabetes, sem hemodiálise e com uma vida nova pela frente!
Fica uma mensagem de perseverança para quem pensa em algum dia desistir quando aparecem dificuldades na vida e uma homenagem a todos que ajudam a manter esta obra que exige tão pouco de cada um, mas que representa tanto para tantos: a nossa Casa de Apoio!

Ernandes e sua esposa D. Leila
Ernandes e D. Leila - Uma prova de força de vontade e companheirismo

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