Alguns cuidados são aconselháveis para quem optar por esse tipo de atividade física. É preciso primeiro avaliar a condição do candidato à musculação para verificar se há algum tipo de comprometimento, como retinopatia ou neuropatia diabéticas. Isso não significa que quem tiver alguma sequela do diabetes esteja proibido de fazer exercícios de resistência, mas eles terão de ser adequados à condição física de cada um.
"A recomendação é começar lentamente para preparar músculos e tendões e, gradativamente, que se vá aumentando a sobrecarga e, ao mesmo tempo, diminuindo o número de repetições", ensina o especialista. Ele também recomenda manter a respiração em ritmo normal, evitando a manobra de prender a respiração no momento em que se faz o esforço. "Essa prática aumenta a pressão intraocular e pode provocar hemorragia na retina", explica.
Quem deseja obter ganho de massa muscular precisa praticar musculação pelo menos quatro vezes por semana e o treinamento não difere daquele de uma pessoa não diabética. Entretanto, é aconselhável buscar orientação nutricional, porque o diabético deve evitar o uso de suplementos alimentares que podem sobrecarregar suas funções renais.
"A orientação nutricional é importante também porque os exercícios resistidos exigem maior gasto de glicogênio muscular e sua reposição pode levar até 72 horas, contra apenas três ou quatro horas quando o exercício é aeróbio, como em caminhadas ou corridas", afirma Komatsu.
O educador físico recomenda ainda a alternância entre os grupos musculares trabalhados em cada sessão. O aconselhável é dar dois dias de descanso aos músculos exercitados em cada aula. Outra dica é fazer bastante alongamento antes e depois da atividade e alternar a musculação com exercícios aeróbios que beneficiam o sistema cardiovascular.
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