sábado, 22 de maio de 2010

Peso Corporal x Nutrição



Olá queridos associados é com muita alegria que escrevo sobre assuntos de nutrição neste blog, acredito que hoje não há meio de comunicação tão eficaz como a internet para interagirmos e aprender sobre diversos assuntos, atualização e entretimento.
Venho por meio desta enfatizar um assunto bastante discutido entre profissionais da saúde “O PESO CORPORAL ” e que vem sofrendo mudanças de perfil nas ultimas décadas. Atualmente estamos vivendo uma Transição Nutricional que é caracterizada pela diminuição da desnutrição e pelo aumento do excesso de peso.
Muito se tem estudado sobre o “Peso Corporal” e como este tem afetado a saúde da população.
O Estilo de vida e a alimentação é o principal responsável pelo controle do peso corporal.
Pesquisa (2004) de Orçamentos Familiares (POF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicou que pelo menos 40% dos brasileiros estavam acima do peso ideal e estavam obesos, porém 60% estão em risco de obesidade. Para detectarmos qual seria nosso peso ideal usamos vários parâmetros um deles é o IMC- Índice de Massa Corporal.
A Organização Mundial da Saúde identifica como excesso de peso o aumento do IMC que é o padrão de massa corporal que o nosso organismo suporta de acordo com a altura de cada individuo.
Este é calculado da seguinte forma: Peso dividido pela altura², o resultado acima de 25 kg/m2 é considerado acima do ideal e como obesidade quando o IMC está acima ou igual a 30 kg/m2. É claro que este não é o único parâmetro, pois um atleta, por exemplo, por ter uma alta composição corporal de massa muscular pode se identificar como acima do peso não sendo prejudicial a sua saúde e não sendo parâmetro adequado para o mesmo.
Por isso é necessário na avaliação da composição corporal identificar o percentual de gordura e massa muscular do individuo.
Vale lembrar que a incidência de doenças crônicas, como as cardiovasculares e diabetes aumentam consideravelmente a partir do IMC 25 kg/m2 quando esta prevalece uma composição corporal de gordura no tecido adiposo (barriga).
Quando atingem valores acima de 30 kg/m2, o paciente é considerado Obeso estado nutricional que não proporciona saúde podendo levar a um quadro de varias doenças crônicas.
A Obesidade pode aumentar a glicemia no sangue (Diabetes Melitus) por motivos metabólicos e hormonais como: leptina, resistina, fator de necrose tumoral-alfa (TNF-alfa), e adiponectina.
A gordura visceral (barriga) outro parâmetro que pode identificar o acumulo de massa corporal localizada na região abdominal por ter a taxa de lipogene mais alta e aumenta o fluxo de ácidos graxos livres para o fígado faz crescer a resistência insulínica e a produção anormal de partículas lipídicas no sangue (Dislipidemias) e conseqüentemente Hipertensão outro fator desencadeante do excesso de gordura no tecido adiposo (barriga) .
A obesidade visceral ou “a famosa barriga” é assim determinada pela OMS Organização Mundial da Saúde quando a circunferência abdominal excede 88 cm em mulheres e 102 cm em homens.
Por tudo isso a Alimentação e o Controle de peso é importante para prevenir doenças e/ou no tratamento dessas complicações metabólicas decorrente do excesso de peso não sendo viável a terapia rápida e restrições excessivas de alimentos no tratamento.
Para a promoção da saúde e prevenção de doenças se faz necessário termos uma ativa e “Alimentação saudável” que vai proporcionar uma melhor qualidade de vida e controle de doenças crônicas por toda a vida.

Atenciosamente;

Dra. Aline Nascimento de Oliveira Ribeiro
Nutricionista CRN3:24954
Especialista em Obesidade e Emagrecimento

Consultório: Rua Djalma Dutra,530
Centro Botucatu
Tel: 14-96022712
Colaboradora voluntária da ABAD


Referencias Utilizadas
_Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica. Métodos de avaliação de obesidade e alguns dados epidemiológicos. Disponível:www.abeso.org.br/revista/revista11/metodos.htm.
_Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Diretoria de Pesquisas. Coordenação de Índices de Preços Pesquisa de Orçamentos Familiares 2002-2003: Análise da disponibilidade domiciliar de alimentos e do estado nutricional no Brasil. Rio de Janeiro, 2004. Disponível:www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/pof/2002analise/pof2002analise.pdf.
_Ministério da Saúde. Coordenação-Geral da Política de Alimentação e Nutrição. Boletim Sisvam. Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF). Disponível http://dtr2004.saude.gov.br/nutricao/bs_1/bs_pof.php.
_Monteiro C A, Mondini L; Souza ALM;Popkin BM.Da desnutrição para obesidade: a transição nutricional no Brasil, São Paulo,1995.
_Tracy RP. Is visceral adiposity the "enemy within"? Arterioscler Thromb Vasc Biol. 2001;21(6):881-3

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