Todos nossos tecidos e órgão são supridos por nervos e vasos.
Uma prova disto é o que acontece na pele: um cortezinho em qualquer lugar sangra, e nós sentimos estímulos sempre que há qualquer contato sobre nosso corpo.
Uma prova disto é o que acontece na pele: um cortezinho em qualquer lugar sangra, e nós sentimos estímulos sempre que há qualquer contato sobre nosso corpo.
Os nervos que controlam nossos órgãos internos são chamados autonômicos, e eles controlam a digestão e a circulação sem que o indivíduo tenha consciência ou tenha que pensar a respeito
O corpo também responde a estímulos sexuais involuntariamente, governado pelos nervos autonômicos que aumentam o fluxo de sangue nos genitais e relaxam a musculatura.
No Diabetes Mellitus (DM), nossos vasos sofrem endurecimento e diminui o diâmetro por onde passa o sangue.
Os nervos também sofrem lesões no diabético, pois eles ficam intoxicados com o açúcar, e com o tempo perdem sua capa protetora e deixam de funcionar.
Por isso, tanto homens quanto mulheres diabéticas podem desenvolver problemas sexuais secundários a lesão de pequenos vasos e nervos.
A diminuição do fluxo sangüíneo causada pela lesão neurológica ou vascular, associada à alteração do controle autonômico muscular, pode levar a disfunção sexual neste pacientes.
Em homens, a disfunção sexual mais freqüente é a disfunção erétil, que é a inabilidade de ter uma ereção firme o suficiente para fazer a penetração.
A porcentagem de disfunção erétil em homens diabéticos gira em torno de 50 %. Homens com diabetes têm 2 a 3 mais chances de desenvolver impotência do que os não-diabéticos.
Esta costuma a aparecer 10 a 15 anos antes dos não-diabéticos e pode ser o primeiro sinal de diabetes em indivíduos com menos de 45 anos.
Além do DM, também podem causar impotência a hipertensão arterial, doenças renais, alcoolismo, tabagismo, alterações hormonais e alguns medicamentos.
Ás vezes, também, a impotência ocorre em quadros psicológicos graves.
E as mulheres?
Muitas mulheres com DM apresentam problemas sexuais.
Cerca de 30 % das mulheres com diabetes tipo 1 e 40 % com o tipo 2 podem apresentar problema sexual em algum grau.
Em geral, as queixas são diminuição do desejo (libido), diminuição da lubrificação, dor à penetração e ausência de orgasmo.
Outras causas de disfunção sexual feminina incluem as mesmas que as masculinas e também a gestação, menopausa e infecções ginecológicas.
Desta forma, durante a consulta com seu endocrinologista, você deve relatar se tem alguma disfunção sexual.
Cabe ao seu médico investigar a causa, usando exames clínicos e laboratoriais.
O controle glicêmico adequado, uma dieta saudável, atividade física regular e tratamentos para depressão e outros problemas emocionais podem melhorar o desempenho sexual de mulheres e homens diabéticos.
Bibiana Prada de Camargo Colenci
Médica Endocrinologista – CRM 93718
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