terça-feira, 19 de outubro de 2010

Mitos sobre o diabetes


O diabetes pode se desenvolver de forma assintomática. Sim. Os sintomas só aparecem quando a concentração de glicose no sangue está muito elevada. Por isso, pessoas com fatores de risco, como obesidade, hipertensão, sedentarismo, histórico familiar da doença, antecedente de diabetes gestacional ou filhos nascidos com mais de 4 quilos, devem fazer regularmente dosagem de glicemia.

O diabetes tipo 1 é mais grave que o tipo 2. Não. A gravidade do diabetes não depende do tipo. Quando controlado, tanto o tipo 1 quanto o tipo 2 são compatíveis com uma boa qualidade de vida. A diferença é que o uso da insulina começa mais cedo para controlar o diabetes tipo 1, que ocorre em idade mais precoce que o tipo 2.

O tipo 1 atinge apenas jovens e o tipo 2 apenas adultos. Não. Apesar de ser mais comum em crianças e adolescentes, o tipo 1 acomete também adultos. O tipo 2, por sua vez, em geral vinculado ao ganho de peso e associado ao aumento de colesterol e hipertensão, vem ocorrendo cada vez mais entre jovens, incluindo crianças e adolescentes, devido ao progressivo ganho de peso e sedentarismo da população.

O aumento de peso pode levar ao diabetes. Sim. Em pessoas com risco elevado da doença, o consumo excessivo de carboidratos pode resultar em ganho de peso e aumento da taxa de glicose, desencadeando o diabetes tipo 2. O segredo da prevenção é consumir uma quantidade de alimentos proporcional ao gasto energético do dia, com porções de carboidratos equilibradas em relação aos outros nutrientes.

Evitar açúcar significa controlar o diabetes. Não. Além de alimentação saudável e atividade física, o controle pode ser feito por meio de medicações orais, para aumentar a produção ou melhorar a ação da insulina, e reposição de insulina, conforme a indicação médica individualizada.

Ao engravidar, mulheres que nunca tiveram problemas de glicemia podem desenvolver o diabetes. Mulheres que possuem antecedentes de diabetes na família e nasceram com mais de 4 quilos ou tiveram filhos com mais de 4 quilos podem desenvolver diabetes gestacional com a elevação da taxa de hormônios relacionados à gravidez, que dificultam a ação da insulina. O distúrbio aumenta o risco de complicações para a mãe e o feto, mas pode ser prevenido com orientação nutricional e atividade física para controle de peso, conforme recomendação individualizada do ginecologista.

O excesso de glicose faz com que o diabético tenha muita sede. Sim. A alta quantidade de glicose faz com que o sangue retenha mais água das células, por meio de um fenômeno chamado osmose. Sem água, células e tecidos ficam desidratados, aumentando a necessidade de reposição de líquidos.

A disfunção sexual em diabéticos está ligada ao uso de insulina. Não, ao contrário. A insulina, quando necessária, controla o diabetes, evitando complicações. Em geral, a impotência em pessoas com diabetes está ligada ao descontrole da doença.

Fonte http://www.einstein.br/espaco-saude/

Sugestão:

Antonia Alzira Seraphim

Presidente da ABAD



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