A Dra. Vivian Ellinger, ex-presidente do Departamento de Diabetes, esclarece algumas dúvidas sobre a relação entre a gripe e o diabetes, lembrando que a automedicação é sempre condenada e que não existe qualquer diferença do tratamento da gripe em diabetes tipo 1 ou tipo 2. Veja, abaixo, um artigo escrito pela especialista.
A gripe, apesar de ser uma infecção do trato
respiratório bastante comum pode trazer complicações como a pneumonia, em
indivíduos mais idosos e em pessoas com doenças crônicas, como é o caso do
diabetes.
Em alguns estudos controlados, a vacina reduziu a
internação de pacientes relacionados ao diabetes em até 79% durante epidemia de
gripe. Pessoas diabéticas podem ter um risco aumentado de infecção
pneumocócica. Existem atualmente vacinas seguras e efetivas que podem reduzir o
risco de complicações.
As respostas imunes diminuídas nestes pacientes
podem predispor aos efeitos diretos e indiretos da gripe, incluindo infecção
bacteriana secundária. A gripe e suas complicações podem desestabilizar a saúde
e o controle glicêmico de pacientes cronicamente enfermos, provocando a
hospitalização por uma série de complicações. Desta forma, a vacinação de
pacientes diabéticos contra a gripe reduz a hospitalização e mortalidade de
pacientes diabéticos.
Em estudo publicado este mês na Public Library of
Science, sobre a morbidade e hospitalização relacionadas à gripe em Hong Kong,
além de mostrar o impacto sobre o número de internações por complicações
cardiovasculares, também mostrou que os pacientes diabéticos internados tiveram
um aumento da mortalidade durante períodos de epidemia de gripe.
A American Diabetes Association recomenda a
vacinação anual contra “Influenza em todos os pacientes diabéticos a partir dos
6 meses de idade”. A vacina pneumocócica também deve ser tomada por adultos
diabéticos ao menos uma vez na vida. Uma revacinação é recomendável para
indivíduos com mais de 64 anos previamente imunizado, quando a vacina foi feita
há mais de 5 anos. Outras indicações para repetir a vacinação são quando o
paciente tem síndrome nefrótica, doença renal crônica e outros estados de
imunodepressão, como após transplante.
http://www.endocrino.org.br/gripe-e-diabetes-uma-relacao-delicada/
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