A cetoacidose diabética é uma das
complicações agudas mais graves do diabetes. Acontece em diabéticos do tipo 1 e
muito raramente no tipo 2. Se não tratada, leva os pacientes a óbito em 100%
dos casos, porém, se tratada corretamente, menos de 5% dos acometidos terão
esse desfecho triste.
POR ISSO É MUITO IMPORTANTE O CONHECIMENTO DESSA
CONDIÇÃO POR TODOS OS DIABÉTICOS E PELOS SEUS CUIDADORES.
Como já sabemos, a insulina é fundamental para a
sobrevivência do organismo, pois é ela que coloca a glicose (energia) para
dentro de quase todas as nossas células.
Quando a insulina está em extrema falta na corrente
sanguínea (como no caso dos diabéticos tipo 1 que não tomaram insulina, ou que
ainda não sabem que são diabéticos) a glicose não consegue 'entrar' nas células
e fornecer energia. Infelizmente, nosso organismo não entende que está faltando
insulina e para não ficar sem energia lança mão de outras maneiras de produzir
glicose e outros compostos também energéticos.
É assim que os hormônios cortisol, adrenalina e
glucagon entram em ação e promovem a formação de mais glicose pelo fígado
através da utilização do tecido adiposo (gordura). Nesse processo de quebra da
gordura são produzidos alguns compostos chamados corpos cetônicos que também
fornecem energia, juntamente com os ácidos B- hidroxibutírico e o ácido
acetoacético. Esses dois últimos acidificam o sangue e é isso que traz enorme
risco a vida.
Nessa condição o paciente vai apresentar uma
glicemia muito alta podendo alcançar até 600mg/dL. Os sintomas iniciais são
poliúria (urinar demais), muita sede e fome. Posteriormente o paciente irá
evoluir com desidratação, ritmo cardíaco acelerado (sensação de 'batedeira'),
pressão baixa, náuseas, vômitos, dor na barriga, fraqueza, confusão mental e o
famoso hálito cetônico que é justamente o cheiro de cetonas proveniente desses
ácidos que estão aumentados no sangue.
O tratamento é feito com reposição de líquidos
através do soro fisiológico, insulina na dose correta e potássio que se
encontra diminuído no sangue devido à grande quantidade de urina eliminada. A
falta de potássio pode levar a sérias arritmias cardíacas que geralmente levam
ao óbito. Por isso é muito importante que o tratamento seja realizado pela
equipe médica o mais rápido possível.
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