sábado, 4 de janeiro de 2014

Pesquisa no RS estuda tratamento alternativo para diabetes tipo 1

Pesquisa no RS estuda tratamento alternativo para diabetes tipo 1
Hospital de Clínicas de Porto Alegre cria opção ao transplante de pâncreas.
Tratamento injeta células que produzem insulina no fígado dos pacientes.
Do G1 RS

Um tratamento inédito no país pode reduzir a necessidade de transplantes de pâncreas para pacientes com diabetes tipo 1. A pesquisa está sendo desenvolvida no Hospital de Clínicas de Porto Alegre e oferece uma alternativa mais segura ao procedimento cirúrgico. Somente no Rio Grande do Sul, nove mil crianças e adolescentes sofrem do transtorno, como mostra reportagem do RBS Notícias, da RBS TV (veja no vídeo).
Normalmente, os sinais da doença aparecem a partir das mudanças do nível de glicose no sangue. O estudante João Gonçalves Pereira conta já conhecer as variações no próprio corpo. “Quando está muito baixa, eu me sinto fraco. Quando está muito alta, eu sinto forte dor de cabeça, sede”, relata. Embora para o jovem os sintomas sejam claros, nem todos os diabéticos são assim. A maioria deles precisa passar por um transplante de pâncreas, órgão que produz insulina no corpo humano.
O objetivo da técnica estudada na capital do Rio Grande do Sul é oferecer uma alternativa mais segura para o paciente. Em um laboratório, as células do órgão são separadas para diferenciar as que produzem e as que não produzem insulina. É um processo demorado, cerca de 8h de trabalho diários para conseguir uma quantidade menor do que o tamanho de uma moeda, mas suficiente para substituir um transplante de pâncreas.

O processo custará mais caro inicialmente, mas a tendência é que o valor do procedimento diminua, aponta a médica nefrologista Andrea Bauer. “É muito mais vantajoso porque diminui muito o risco de internações, de complicações crônicas que o paciente de diabetes acaba desenvolvendo ao longo da vida”, explica.No procedimento, as células saudáveis são injetadas no fígado, conforme explica a bióloga Daisy Crispim. “Elas grudam no fígado e ficam ali a longo prazo, secretando insulina. Funcionam como se fossem no pâncreas normal”, fala.

De acordo com o hospital, os primeiros pacientes devem receber os transplantes de células em um ano e a ideia é disponibilizar o tratamento também pelo SUS. O Dia Mundial do Combate ao Diabetes

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