- -British Medical Journal Open 2014;4: e004549. doi:10.1136/ bmjopen-2013-004549
terça-feira, 29 de abril de 2014
Menos sal é igual a coração mais saudável
Doença cardíaca é uma das principais causas de morte no mundo. O estilo de vida moderno, com muito estresse, ausência de atividade física e alimentação pouco saudável é responsável por aproximadamente 80% das doenças cardiovasculares. Dentre os vários fatores de risco que contribuem para doença cardiovascular, o principal é a pressão alta, responsável por 62% dos derrames e 49% dos ataques cardíacos.Um dos fatores alimentares que é crítico para a o aumento da pressão arterial e suas consequências indesejáveis é o elevado consumo de sal. Resultados de estudos que avaliaram a redução do consumo de sal por um curto espaço de tempo indicam uma relação direta de dose resposta entre a ingestão de sal e a pressão arterial. A redução de 1 g de sal por dia contribui para a queda de um ponto (medido em milímetros de mercúrio - mmHg) da pressão sistólica (a mais alta das duas).
Cientistas usam clonagem para criar células-tronco produtoras de insulina
Por
meio de um pulso elétrico, o óvulo começa a se dividir até formar um
blastocisto, um estágio primitivo do embrião formado por cerca de 150 células
contendo o DNA do doador do tecido.
-
Tecnologia de clonagem -
Denominada
de transferência nuclear de células somáticas (ou SCNT, na sigla em inglês), a
técnica é utilizada na pesquisa terapêutica, mas também é o primeiro passo da
clonagem e foi empregada para criar a ovelha Dolly.
O
método é proibido em muitos países.
Neste
novo estudo, cientistas de Estados Unidos e Israel afirmaram ter feito
"melhorias técnicas", alterando as substâncias químicas usadas na
cultura na qual as células são desenvolvidas.
As
células-tronco poderão ser induzidas para dar origem a diferentes tipos de
células adultas, inclusive células beta, explicou a equipe.
"Ver
os resultados de hoje me dá esperanças de podermos, um dia, alcançar a cura
para esta doença debilitante", afirmou a diretora-executiva da NYSCF,
Susan Solomon.
A
mesma equipe tinha, anteriormente, produzido células beta com um método
semelhante, mas utilizando óvulos com seus núcleos ainda intactos, resultando
em células-tronco com três conjuntos de cromossomos que não poderiam ser usados
terapeuticamente.
Com
o novo método, as células-tronco originadas continham os habituais pares de
cromossomos, escreveram os cientistas.
Hyun
alertou que um estudo como esse pode alimentar temores de um futuro em que
bebês humanos serão clonados ou embriões insensivelmente criados e destruídos
em pesquisas, e pediu um fortalecimento das estruturas de supervisão.
Mas
Solomon disse que o estudo era "estritamente para fins terapêuticos"
e apoiou uma supervisão ética estrita do procedimento.
"Em
nenhuma circunstância nós, ou qualquer outro grupo científico responsável,
temos a intenção de usar esta técnica para a geração de seres humanos, nem isto
seria possível", afirmou à AFP.
Segundo
os cientistas, as células beta produzidas no estudo não podem ainda ser usadas
em terapias de substituição.
O
sistema imunológico dos diabéticos ataca as células beta e ainda é preciso
encontrar formas de protegê-las.
https://br.noticias.yahoo.com/cientistas-usam-clonagem-criar-c%C3%A9lulas-tronco-produtoras-insulina-205139734.html
Por
meio de um pulso elétrico, o óvulo começa a se dividir até formar um
blastocisto, um estágio primitivo do embrião formado por cerca de 150 células
contendo o DNA do doador do tecido.
-
Tecnologia de clonagem -
Denominada
de transferência nuclear de células somáticas (ou SCNT, na sigla em inglês), a
técnica é utilizada na pesquisa terapêutica, mas também é o primeiro passo da
clonagem e foi empregada para criar a ovelha Dolly.
O
método é proibido em muitos países.
Neste
novo estudo, cientistas de Estados Unidos e Israel afirmaram ter feito
"melhorias técnicas", alterando as substâncias químicas usadas na
cultura na qual as células são desenvolvidas.
As
células-tronco poderão ser induzidas para dar origem a diferentes tipos de
células adultas, inclusive células beta, explicou a equipe.
"Ver
os resultados de hoje me dá esperanças de podermos, um dia, alcançar a cura
para esta doença debilitante", afirmou a diretora-executiva da NYSCF,
Susan Solomon.
A
mesma equipe tinha, anteriormente, produzido células beta com um método
semelhante, mas utilizando óvulos com seus núcleos ainda intactos, resultando
em células-tronco com três conjuntos de cromossomos que não poderiam ser usados
terapeuticamente.
Com
o novo método, as células-tronco originadas continham os habituais pares de
cromossomos, escreveram os cientistas.
Hyun
alertou que um estudo como esse pode alimentar temores de um futuro em que
bebês humanos serão clonados ou embriões insensivelmente criados e destruídos
em pesquisas, e pediu um fortalecimento das estruturas de supervisão.
Mas
Solomon disse que o estudo era "estritamente para fins terapêuticos"
e apoiou uma supervisão ética estrita do procedimento.
"Em
nenhuma circunstância nós, ou qualquer outro grupo científico responsável,
temos a intenção de usar esta técnica para a geração de seres humanos, nem isto
seria possível", afirmou à AFP.
Segundo
os cientistas, as células beta produzidas no estudo não podem ainda ser usadas
em terapias de substituição.
O
sistema imunológico dos diabéticos ataca as células beta e ainda é preciso
encontrar formas de protegê-las.
https://br.noticias.yahoo.com/cientistas-usam-clonagem-criar-c%C3%A9lulas-tronco-produtoras-insulina-205139734.html
Diabetes: entenda a ação do excesso de carboidratos no paciente
Diabetes: entenda a ação do excesso de carboidratos no paciente
Infográfico mostra como a glicose reage no sangue do diabético
Acrescente brócolis ao prato e colha sete benefícios
Acrescente brócolis ao prato e colha sete benefícios
Estudos indicam que o vegetal ajuda no controle do diabetes e até previne câncer.
Tem gente que torce o nariz só de olhar para eles, mas a quantidade de nutrientes que osbrócolis fornecem é um bom incentivo para mudar de ideia e incluir o vegetal na dieta. "Ele é ótima fonte de ácido fólico, antioxidantes, fibras, cálcio e vitaminas A e C", afirma a nutricionista clínica e esportiva Myrla Merlo, da clínica Da Matta Fisio, em Belo Horizonte. Diversos estudos científicos apontam os benefícios dos brócolis à saúde: proteger o coração, melhorar o funcionamento do intestino e até reforça r imunidade estão na lista. Confira a seguir sete dessas vantagens e as melhores formas de consumir mais essa alternativa saudável.
1 DE 8
Mais imunidade
"Em 100 gramas de brócolis cozidos, há aproximadamente 50 mcg de ácido fólico ou vitamina B9", afirma a nutricionista Ingrid Bigotto, da Oligoflora SPA. Segundo ela, há estudos apontando a ação dessa vitamina na regulação das concentrações de homocisteína - quando esse aminoácido está presente no sangue, em grandes concentrações, aumenta o risco de doenças cardíacas.
"O ácido fólico também é importante para garantir uma gravidez saudável, melhorar aimunidade do organismo, beneficiar o sistema nervoso e permitir o bom desenvolvimento das células sanguíneas, ou seja, evitar a anemia", afirma a nutricionista Myrla.
Contra células cancerígenas
Ricos em antioxidantes que ajudam no combate aos radicais livres das células, os brócolis podem ser potente contra o câncer. São eles: isotiocianatos, flavonoides, carotenoides e, principalmente, sulforafano. "Eles participam dos processos de transformação de substâncias dentro do organismo, facilitando a eliminação de toxinas", afirma a nutricionista Ingrid.
O sulforafano é alvo de diversos estudos por ter grande eficácia na prevenção e no tratamento de tumores. Uma dessas pesquisas foi conduzida pelo Instituto Linus Pauling naOregon State University (EUA) e publicada na revista Molecular Nutrition & Food Research. Os resultados apontam que o sulforafano consegue destruir apenas as células cancerígenas, deixando intactas as demais células saudáveis do órgão afetado pelo tumor. Os pesquisadores usaram como base homens que apresentavam câncer de próstata e constataram que, após o consumo do vegetal, esses participantes tinham uma inibição da enzima HDAC - algo que é conseguido com medicamentos para tratar o câncer.
Menos complicações do diabetes
Especialistas da Universidade de Warwick, no Reino Unido, apontam mais um benefício do sulforafano: produção de enzimas que protegem os vasos e de moléculas capazes de reduzir danos causados às células pelo excesso de açúcar. Segundo o estudo, o composto reduziu em até 73% o nível de moléculas chamadas Espécies Reativas do Oxigênio, que são produzidas em excesso quando o organismo concentra altos níveis de açúcar. A descoberta interessa, especialmente, os pacientes comdiabetes, vítimas de danos aos vasos sanguíneos.
Os autores do estudo, divulgado na publicação científica da American Diabetes Association, afirmam que pessoas com a doença têm um risco até cinco vezes maior de apresentar ataques cardíacos e infartos, que podem ser provocados pela má circulação do sangue.
Pulmão protegido
Mais um ponto para o sulforafano: eliminar bactérias que afetam os pulmões. É função deles limpar pequenas partículas de pó, resíduos e bactérias estranhas que entram através do ar, mas pessoas que fumam ou possuem doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) não conseguem exercer essa tarefa muito bem, porque a capacidade pulmonar está prejudicada.
Um estudo publicado na revista americana Science Translational fez uma análise das células do sistema imunológico de mais de 300 pacientes com DPOC. Os pesquisadores, da Universidade Johns Hopkins (EUA), constataram que os brócolis são capazes de melhorar a condição dessas pessoas ao ajudar os pulmões na eliminação de substâncias nociva.
Fora gastrite!
Os brócolis também são aliados do bom funcionamento do estômago e do intestino. De acordo com um estudo publicado na revista Cancer Prevention Research, o sulforafano do vegetal reduz o nível de infecção pela bactéria Helicobacter pylori, que infecta a mucosa do estômago e pode provocar úlcera, gastrite e até mesmo câncer de estômago.
Já o benefício para o intestino é indicado por uma pesquisa da Universidade de Liverpool (Reino Unido). Os autores sugerem que as fibras solúveis dos brócolis podem se fixar nas paredes intestinais, ajudando a evitar o progresso da Doença de Crohn - caracterizada por inflamações locais que causam diarreia, vômito e perda de peso.
Cérebro saudável
O ácido fólico dos brócolis pode ser um ótimo protetor cérebro. Especialistas do US National Institute on Aging analisaram 579 pessoas com mais de 60 anos de idade. Eles observaram que os adultos habituados a consumir, pelo menos, 400 microgramas de ácido fólico por dia tinham um risco 55% menor de desenvolver Alzheimer, doença característica da velhice e que prejudica a memória.
Cientistas da Dundee University (Reino Unido) também estão investigando as propriedades do sulforafano do brócolis contra doenças degenerativas, conforme uma publicação no jornal britânico Daily Mail. Eles acreditam que essa substância pode ajudar o cérebro a se manter ativo e em ótimo funcionamento com o avanço da idade, podendo retardar e até mesmo parar a progressão do Mal de Alzheimer.
Prevenção e combate de artrite
Artrite é uma inflamação em uma ou mais articulações, causada pela quebra da cartilagem que as protegem. Especialistas da Universidade de East Angliaum, na Inglaterra, incentivam o consumo de brócolis para ajudar a prevenir e tratar esse problema, uma vez que o sulforafano pode diminuir essa destruição da cartilagem. Eles ainda pretendem realizar mais pesquisas para confirmar se essa substância pode penetrar nas articulações e reverter o desenvolvimento da doença.
Embora o sulforafano também seja encontrado em outros vegetais, como couve-flor e repolho, está em maior concentração nos brócolis. "A quantidade encontrada nesse vegetal varia de 214mcg/g a 499mcg/g", afirma a nutricionista Myrla.
Melhor forma de consumo
"Para preservar ao máximo os nutrientes dos brócolis, prefira prepará-lo cozido ou no vapor, mas mantendo a sua característica tenra para preservar as fibras", afirma a nutricionista Karina Barros, da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres (Abiad). Temperar com alho e azeite dá um sabor especial ao vegetal, mas, se ainda assim não agradar o paladar, vale inclui-lo em sopas, suflês ou no preparo do arroz.
domingo, 27 de abril de 2014
Rúcula, alface-americana e agrião: qual desses vegetais traz mais benefícios para a saúde?
Rúcula, alface-americana e agrião: qual desses vegetais traz mais benefícios para a saúde?
Os três são boas fontes de potássio, fibras e minerais - mas um deles é mais vantajoso do que os outros. Descubra quem ganha essa batalha.
sábado, 26 de abril de 2014
Por que estamos engordando?
Publicado em Diabetes
A cada ano que passa estamos engordando mais. Novos estudos mostraram que cerca de 30% das mulheres e 15% dos homens brasileiros já são considerados obesos e têm riscos para outras doenças como diabetes, infarto do coração e AVC (derrame cerebral). Esse movimento de ganho de peso vem ocorrendo na maior parte do mundo e a causa disso todo mundo já sabe: estamos comendo demais e gastando de menos.
Alimentos ricos em carboidratos (açúcares) e gorduras possuem um alto valor energético e são os mais consumidos recentemente. São capazes de nos fornecer energia por muito tempo. Exemplo: um copo de refrigerante de 500 ml tem em média 300 calorias o que é equivalente a 1h e 30min de corrida.
Como quase ninguém tem hábitos de maratonistas ou tem trabalho que requer intensa força física e quase todos tem dietas calóricas o excesso de energia se transforma em gordura e se acumula no corpo.
Mas por que o nosso organismo, tão complexo e inteligente, comete esse erro em guardar energia?
O ser humano só conseguiu sobreviver aos períodos de fome (durante o processo evolucionário) e chegou onde estamos hoje, porque o nosso corpo estocava energia, na forma de gordura, nos tempos em que havia comida farta e usava essa energia nos tempos de carência alimentar.
Agora, porém, com excesso da quantidade de alimentos, o tiro saiu pela culatra e o que era vantagem, se tornou um dos maiores problemas de saúde.
Sobra comida, altamente calórica, fazemos muito menos atividade física do que há 30 anos atrás e em conseqüência pagamos o preço engordando....
terça-feira, 22 de abril de 2014
Diabetes sem sustos
Muitos temores em relação à diabete não passam de fantasmas. A rotina com a doença não exige dieta exagerada, mas disciplinada. Veja os novos exercícios indicados para diabéticos, saiba se você descompensou e como entrar na linha
O diagnóstico da diabete cai como uma bomba na vida das pessoas e alimenta muitas dúvidas limitações na dieta, autocuidados necessários e a influência do p eso no controle, as complicações e os gastos com a doença. São os principais receios que vêm à mente dos diagnosticados há menos de três meses, segundo pesquisa publicada no fim de 2012 pelas universidades de Rocky Mountain, de Utah, e Angelo State e Texas Woman’s, do Texas (EUA).
Bem-vindo ao clube de 246 milhões de sócios
Em todo o mundo, cerca de 246 milhões de pessoas foram diagnosticadas com diabete. Até 2025, segundo dados do Ministério da Saúde, a previsão é de que esse número alcance 380 milhões. No Brasil há 12,4 milhões de diabéticos, de acordo com a Federação Internacional de Diabetes, colocando o no topo dos países do sul, seguido pela Colômbia, Venezuela e Argentina. Aqui, há 6,3% de diabéticos em todas as faixas etárias. Destes, 12% estão entre os 30 e 60 anos e 20% acima dos 70 anos.
RótulosSem amarras alimentares
Restrições exageradas e proibições não são mais sinônimos da alimentação do diabético. Tudo é possível, desde que em quantidade reduzida. “Mesmo o açúcar de mesa pode fazer parte de um plano alimentar saudável”, diz a professora de Nutrição da UFPR e educadora em diabete pelo International Diabetes Center (EUA), Deise Baptista.Além do açúcar, os carboidratos, gorduras totais e saturadas influenciam na quantidade de glicose produzida pelo organismo, afetando o nível glicêmico. Como estes elementos não estão presentes apenas nos doces, aprender a ler rótulos é a primeira lição que o recém-diabético deve ter, especialmente o hipertenso, sedentário ou obeso. “Por mais trabalhoso que seja no início, este processo melhora a adesão ao tratamento, pois a contagem de carboidratos flexibiliza as escolhas: o diabético deixa de se limitar a um cardápio fixo, abrindo-se a outros alimentos”, diz a enfermeira Leliane Vazquez.
Dúvidas
Veja alguns mitos e verdades relacionados à doença:
Todas as pessoas com diabete precisam de insulina.
Mito. Alguns casos são tratados com medicação oral. Em geral, portadores do tipo 1 precisam de injeções diárias de insulina e os que têm a tipo 2 não necessitam de doses diárias, mas têm de controlar os níveis de glicose no sangue, manter uma dieta saudável, praticar exercícios e seguir a terapia medicamentosa
O tratamento com insulina deve ser feito continuamente.
Verdade. O tratamento para diabete é para o resto da vida e, por enquanto, não existe nenhum tratamento que faça o pâncreas voltar a produzir insulina. No entanto, diversos estudos nesse sentido estão em andamento.
Pais com diabete terão filhos com diabete.
Mito. A hereditariedade existe, mas não é determinante. No tipo 2 a hereditariedade é mais acentuada.
Diabete é uma doença de pessoas idosas.
Mito. O tipo 1 pode aparecer em qualquer idade, mas é mais comum em crianças, adolescentes e adultos jovens. O tipo 2 é mais comum em adultos acima de 45 anos, mas em razão dos maus hábitos alimentares e do sedentarismo, tem acometido pessoas cada vez mais jovens. Ainda assim, dados de 2007 do Ministério da Saúde apontam prevalência da diabete em pessoas acima dos 65 anos – 18,6% dos casos no Brasil.
O exercício exerce o mesmo papel da insulina.
Verdade. Mas ele atua por vias diferentes. A prática regular preserva o pâncreas. Ao começar a atividade, a musculatura passa a captar a glicose do sangue, diminuindo a necessidade do hormônio. Porém, o ritmo de exercícios e a dieta devem ser mantidos. Como a relação do diabético tipo 2 com o sedentarismo e excesso de peso é frequente, os exercícios aeróbicos com menor impacto são os ideais.Fonte: médicos e enfermeiras da Farmácia Dassette, especializada em atendimentos a pessoas diabéticas, dados do Ministério da Saúde e Organização Mundial da Saúde (OMS).
Cuidados
Apesar de a atividade física ser uma das primeiras recomendações dos médicos e especialistas para os diabéticos, é preciso tomar os seguintes cuidados quando a glicemia estiver:
Pouco alterada
Seja a diabete tipo 1 ou 2, a pessoa pode começar a fazer os exercícios tranquilamente.
Muito alterada
O exercício fará com que a glicemia suba mais, sendo recomendado estabilizá-la e, só depois, iniciar a prática. Em atividades mais leves, como as caminhadas, a glicemia tende a reduzir. Nas mais intensas, há maior liberação de glicose no sangue, porque o organismo “entende” que será necessário consumir mais açúcar, elevando assim a glicemia.
Fonte: Claudio Cancellieri, coordenador do Departamento de Educação Física da Anad.
sábado, 19 de abril de 2014
PÁSCOA E DIABETES: UMA PARCERIA POSSÍVEL?
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Em outros tempos, a Páscoa poderia ser sinônimo de sacrifício, privação e até mesmo descontrole da glicemia para quem tem Diabetes. Vários sabores e cores recheiam as prateleiras, fazendo dos ovos de Páscoa uma grande atração nesse período, para todas as idades.
Mas qual tipo de chocolate é mais indicado para quem tem diabetes? O ovo de páscoa tem que ser diet? Vamos aos esclarecimentos!
Apesar do chocolate diet não conter açúcar refinado em sua composição, ele possui outros carboidratos, como por exemplo a frutose - açúcar natural do cacau - que também pode aumentar a glicemia. Além disso, frequentemente o chocolate diet apresenta alto teor de gordura, fator que pode contribuir para o aumento de peso e mau controle glicêmico.
Desde 1994, a American Diabetes Association – ADA, demonstra que a sacarose não aumenta a glicemia mais do que qualquer outro tipo de carboidrato. Sendo assim, dentro de um contexto saudável, o chocolate convencional pode sim ser inserido no plano alimentar de quem tem Diabetes.
Com relação às propriedades nutricionais do chocolate, destaca-se a presença dos polifenóis - antioxidantes presentes no cacau que fornecem benefícios à saúde cardiovascular. Estudos recentes sugerem que esses antioxidantes, mais presentes no chocolate amargo (70% de cacau), auxiliam na diminuição dos níveis de LDL (mau colesterol) e da pressão arterial. Há ainda a presença da feniletilamina, substância que auxilia na melhora do bem-estar geral e alívio da tensão.
Contudo, mesmo com tantas propriedades, o chocolate deve ser consumido com moderação por todas as pessoas, independente da presença ou não do Diabetes. Isso porque, trata-se de um alimento calórico e versões como o chocolate ao leite e o chocolate branco apresentam um alto teor de gordura saturada em sua composição, prejudicando a saúde cardiovascular e o bom controle glicêmico.
O Departamento de Nutrição da SBD deseja a todos uma Feliz Páscoa!
Luciana Bruno é nutricionista, com Especialização em Nutrição Materno Infantil pela UNIFESP, treinamento em Diabetes na Joslin Diabetes Center e vice-coordenadora do Departamento de Nutrição da SBD- gestão 2014-2016
Maristela Strufaldi é nutricionista, mestranda em Ciências Endocrinológicas pela UNIFESP, com Qualificação em Educação em Diabetes pela SBD / IDF / ADJ e membro do Departamento de Nutrição da SBD -gestão 2014-2016
sexta-feira, 18 de abril de 2014
Diabetes-Tuberculose: epidemia silenciosa e desconhecida!
O dr. Carlos Eduardo Couri explica como a tuberculose e o diabetes – duas doenças aparentemente tão diferentes – estão associadas. Aprenda neste incrível texto!
Há cerca de dois meses atendi um paciente diabético em meu consultório que se queixava de tosse seca e indisposição leve. Ele já era meu paciente há vários anos e disse que ele que poderia se tratar de uma gripe que deveríamos observar. Ele manteve apetite normal, conseguia fazer exercícios e trabalhar normalmente. Entretanto, com o passar das semanas os sintomas continuavam. Devido à persistência dos sintomas aprofundei os exames e, para minha surpresa, dei o diagnóstico detuberculose para este paciente. Havia um bom tempo que não atendia um paciente com tuberculose resolvi rever os dados científicos da associação entre tuberculose e diabetes.
Dados epidemiológicos recentes apontam para a associação de duas epidemias silenciosas: aepidemia de DIABETES e a de TUBERCULOSE.
Esta associação é ainda mais preocupante quando detectamos que a maioria dos casos de tuberculose do mundo se encontra em países em desenvolvimento (países que concentram 80% dos casos de diabetes em adultos no mundo).
Considerada como uma doença “ruim” e letal no início do século XX, muito estigma sempre existiu sobre o portador da tuberculose. Felizmente, com a melhora das condições sanitárias e com o desenvolvimento dos antibióticos, a tuberculose passou a ser uma doença controlada e curável.
Um fato novo, porém, fez elevar os números de casos de tuberculose na década de 80 e 90: a AIDS. Como os portadores da AIDS possuem deficiência imunológica, eles ficam mais suscetíveis à tuberculose e com isso começou a haver uma nova epidemia mundial. Este epidemia foi novamente controlada com melhor tratamento e prevenção da AIDS mundo afora.
Recentemente, epidemiologistas detectaram uma nova associação: a da tuberculose e diabetes.
Não temos dados atuais brasileiros e por isso citarei alguns dados internacionais. Na Índia, em 2010 estima-se que cerca de 12,6% dos casos de Tuberculose ocorreram em pessoas diabéticas e isto representa cerca de 250.000 novos casos somente naquele ano. A tendência é que, em 2030, 16% dos diabéticos indianos adquiram tuberculose.
Dados semelhantes são vistos na China e em países africanos e todos com tendência de crescimento até 2030.
Para entender melhor esta associação entre diabetes tuberculose, especialistas se reuniram em Londres em Abril de 2013 para criar um time chamado TANDEM. Por meio deste estudos, poderemos saber qual a melhor maneira de fazermos a pesquisa de tuberculose nas pessoas com diabetes e também rastrear diabetes nas pessoas com tuberculose.
Apesar de sabermos que a pessoa com diabetes tem maior predisposição a infecções, o estudo TANDEM tentará elucidar os mecanismos exatos que levam à união nefasta destas duas doenças.
Vamos aguardar os resultados nos próximos anos.
Enquanto isto, devemos ficar atentos com sintomas de tosse persistente por mais de 3 semanasassociada a sintomas como perda do apetite, febre, desânimo e fraqueza.
E não custa nada relembrar: ter uma alimentação saudável e uma atividade física regular, associadas a um adequado controle glicêmico, ajudam a prevenir inúmeras doenças.
Leia mais sobre vacinação contra pneumonia e contra gripe neste link.
PhD em Endocrinologia pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-USP, pesquisador da Equipe de Transplante de Células-Tronco da USP-Ribeirão Preto. Conceituado e premiado autor de pesquisas – inclusive em publicações internacionais -, materiais educativos e livros sobre o diabetes, em especial o tipo 1, e terapias com células-tronco.
Este homem é um “testador” de pâncreas artificiais!
Acompanhe as aventuras de Thomas Brobson, diabético tipo 1 que testa há mais de 5 anos pâncreas artificiais. Será que a tecnologia pode mesmo melhorar a vida?
Brobson testa pâncreas artificiais desde 2007!
Com notícias recentes sobre o desenvolvimento de pâncreas artificiais, uma dúvida talvez passe pela cabeça de quem tem diabetes: como seria usar um pâncreas artificial? Para tentar responder essa pergunta, vamos conhecer Thomas Brobson. Hoje com 54 anos, Thomas é o Diretor Nacional de Pesquisas da JDRF (Juvenile Diabetes Research Foundation, ou Fundação de Pesquisa para Diabetes em Jovens), uma instituição de caridade dedicada a financiar pesquisas sobre diabetes. Mais do que isso, Thomas tem diabetes tipo 1 e participou de testes clínicos de pâncreas artificiais em 2007 e 2012. Agora, através de depoimentos seus, vamos trazer a história dele até vocês. Além de contar suas experiências, Thomas também revela a grande evolução da tecnologia nos últimos anos e fala sobre o atual estágio de desenvolvimento do pâncreas artificial.+ NOVIDADE QUENTE: “Novo pâncreas artificial faz sucesso em feira e ganha prêmio“COMO TUDO COMEÇOUThomas se juntou à equipe da JDRF em 2005, um ano depois de ser diagnosticado com diabetes. Em 2006, a instituição decidiu financiar pesquisas relacionadas ao desenvolvimento de pâncreas artificiais e Thomas se voluntariou para ser uma “cobaia”. Em 2007 ele participou, pela primeira vez, de testes clínicos na Universidade de Virginia.A PRIMEIRA EXPERIÊNCIADepois de ser conectado ao pâncreas artificial, Thomas lembra de um engenheiro lhe dizer que “o sistema está controlando sua glicemia agora” e de ele pensar “como assim?”. Em sua cabeça, não paravam de passar as perguntas tão frequentes a ele: “preciso comer mais agora?”, “como está minha glicemia?”.“São as primeiras perguntas que eu me faço depois de acordar e as últimas antes de dormir”, contou Thomas, em entrevista para o siteDiabetes Mine. “Foi um momento marcante na minha vida, pois eu percebi que não precisava pensar sobre diabetes. Após algumas horas, eu estava comendo e vivendo, e pensando que o sistema realmente estava em controle. Eu tinha permissão para ver os dados de glicemia, mas não precisava fazer nada a respeito. Foi uma sensação inacreditável e bastante emocionante para mim”.Entretanto, apesar de funcionar bem, o sistema tinha desvantagens. A falta de praticidade era uma delas – Thomas precisava ficar com agulhas intravenosas em ambos os braços, uma para insulina e uma para glucagon. “Ir ao banheiro envolvia eu e mais três pessoas”, ele lembra. Além disso, Thomas não pôde sair do hospital e vivenciar situações do “mundo real”. Isso mudou em sua segunda experiência, cinco anos depois.A EVOLUÇÃO DA TECNOLOGIA E OS TESTES CLÍNICOS EM 2012Quando Thomas voltou para novos testes clínicos em dezembro de 2012, a diferença em relação ao procedimento de cinco anos atrás não poderia ter sido maior. “Eles, literalmente, apenas me deram um celular e falaram ‘vá viver sua vida’”, diz ele.A grande evolução da tecnologia e da internet sem fio dos últimos anos ajudou, e muito, no desenvolvimento do pâncreas artificial. Agora, com bombas de insulina inteligentes e monitores de glicose contínuos, o novo design do pâncreas artificial era prático e discreto, e não tinha a necessidade das desconfortáveis agulhas intravenosas. Tudo se resumia, basicamente, a um dispositivo parecido com um smartphone, com poucos parâmetros para serem ajustados pelo paciente. Dessa vez, não apenas ele poderia sair do hospital, como foi obrigado a fazer isso. Não foi exatamente um grande sacrifício para Thomas seguir essa recomendação médica.Logo após sair do hospital, Thomas foi a um restaurante e pediu um cheeseburger e um sundae. O sistema de pâncreas artificial funcionou perfeitamente, mantendo seus níveis de glicemia estáveis automaticamente. Durante o curto período de teste – de três dias – Thomas precisava apenas ajustar as bombas de insulina ocasionalmente, através de dois simples botões em seu dispositivo.“Durante esses três dias vivendo com o pâncreas artificial, eu não precisava pensar no diabetes. Para mim, a cura do diabetes é justamente não ter que pensar sobre diabetes. O pâncreas artificial não é a cura, mas através dele pude vislumbrar como seria a cura – e essa foi a parte mais poderosa de toda a experiência para mim”.Atualmente, Thomas continua buscando financiamento para novas pesquisas relacionadas ao tratamento do diabetes tipo 1 e ao desenvolvimento de pâncreas artificiais. A próxima etapa, segundo pesquisadores da Universidade de Virginia, é testar o sistema durante um período de 6 meses. Quando os testes clínicos irão acontecer e quando teremos um pâncreas artificial disponível no mercado, ainda não podemos dizer. Mas, se precisarem de voluntários, os cientistas provavelmente saberão onde encontrar um.Ricardo Aguiar é biólogo (UNICAMP), especialista em divulgação científica (LABJOR/UNICAMP) e colabora com o Diabeticool trazendo para a gente as últimas e mais empolgantes novidades da Ciência relacionadas ao diabetes, à saúde e a um estilo de vida mais saudável.
quinta-feira, 17 de abril de 2014
Monitores de glicemia: como eles ajudam o paciente com diabetes?
Saber como está o nível de açúcar no sangue é chave para bom controle.
ESCRITO POR:
ANDRESSA HEIMBECHER SOARESEndocrinologia
Os monitores de glicemia são pequenos aparelhos que foram desenvolvidos para que as pessoas pudessem testar seus níveis de açúcar no sangue de forma rápida e precisa, sem precisar depender dos exames de sangue coletados em laboratório. Eles funcionam por meio do mesmo princípio básico: fazem a leitura da glicose no sangue, sendo para isso necessário que a pessoa fure o dedo da mão com uma lanceta, que nada mais é do que uma pequena agulha, e então insira uma pequena gota de sangue na fita de leitura da glicose, que será inserida no monitor. A partir daí o aparelho realiza a leitura e o resultado aparece na tela.Os monitores podem armazenar vários dias e horários diferentes de resultados. Alguns mais modernos podem ser conectados ao computador via cabo USB ou wireless e fornecem um gráfico das medidas da glicose ao longo do dia para o paciente e para o médico.
Quando falamos em diabetes, é muito importante entender que os níveis de açúcar no sangue deverão estar controlados, para que a pessoa não sofra as complicações da doença, como problemas na retina e nos pés, infartos, derrames ou problemas renais. Ao realizar as medições de forma frequente, o que chamamos de automonitoramento glicêmico, o paciente diabético se torna mais consciente dos seus níveis de açúcar no sangue e também fornece ao médico dados mais precisos dos horários em que os níveis estão mais altos ou baixos.Além disso, é sabido que os pacientes que medem regularmente sua glicemia aderem mais ao tratamento: aplicam insulina e tomam os medicamentos em horários mais regulares, além de apresentarem menos complicações da doença em longo prazo, porque estão mais informados sobre quais alimentos elevam mais seus índices de açúcar no sangue, por exemplo.Infelizmente, medir glicemia é ainda um procedimento um pouco doloroso e desconfortável, ainda mais nas pontas dos dedos. Para minimizar este desconforto, alguns monitores permitem que o sangue seja coletado em outro local, como braços e antebraços, palmas das mãos e coxas. Para saber se isto é possível, basta consultar o manual que acompanha o seu monitor e verificar se existe esta possibilidade, chamada de ?locais alternativos para testes?.Em resumo, o que desejamos para o diabetes é o controle da glicemia. Saber como está o nível de açúcar no sangue é o primeiro passo para controlar a doença!
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